30 de junho de 2018

Sentimentos com retas melodiosas

A nossa estrada pode se longa
Como longo é o sentimento
Que nos separa, ou que nos une
Como as nuvens passando em sentido
E, por uma ou outra razão
Me invadem a mente e o coração
*
A nossa estrada pode ser recta
Ou mesmo ter curvas perigosas
Mas o meu sentimento sem curvas
Apenas com retas, melodiosas
Numa distância que corrói
Mas, que me muito alegra na vida
*
E numa caminhada, qual quimera
Sinto-te no meu coração, tão profundo
No meu rosto, um sorriso, soslaio
Esperando por qualquer primavera
Em que as nuvens carregadas e turvas
Possam cuidar do meu coração vagabundo.
***
Cidália Ferreira

28 de junho de 2018

O verão está muito longe de ser o amante

Quisesse eu, seguir, caminhos sem rumo
Seguir o sol e pensando no meu destino
Observar à volta, e certamente presumo
Que este, será meu caminho clandestino
*
O verão está longe de ser o nosso amigo
O sol esconde-se num frio, nos aborrece
E nos leva pelos caminhos, qual inimigo
Mas sempre duvidando se o sol aparece
*
Quisesse eu encontrar nos meus recantos
A tua força, e coragem, que são encantos
E fazem crescer as arestas da minha alma
*
O verão está muito longe de ser o amante
Que outrora foi quente, mas não obstante
A beleza da paisagem, mesmo fria, acalma
****
Cidália Ferreira.

26 de junho de 2018

Barco abandonado...

Adormeci na saudade do teu regaço
Do teu carinho, do teu abraço
Das tuas palavras aconchegantes
Dos passeios imaginados à beira mar
E de todos os momentos inebriantes,
Sinto-te no mundo, tão distante
Sabes; tenho tantas saudades tuas
Todos os dias e a toda a hora
Até sinto saudade das tempestades
Queria, a tua força, d'outrora
*
Adormeci, sozinha e triste
Pelas veredas da imaginação
Como um barco no mar, abandonado
Qual coração triste magoado
Sem a brisa que o faz mover,
Mais nada no meu coração existe
Se esta saudade permanecer
Não quero perder o que me tens dado
Fazes-me falta ao amanhecer
Mas, mais falta fazes, ao meu coração.
***
Cidália Ferreira.

24 de junho de 2018

Recordações dum amor profundo. [ Poetizando e Encantando.]

Havíamos feito as nossas juras de amor
Amor sincero, e único, em simplicidade
Havíamos  prometido ser a honestidade 
Mesmo que fosse um sonho em desamor
*
Havíamos prometido o mundo perfeito
E todas as juras fossem, perfeita união
Havíamos prometido ao nosso coração
Que nada nos iria levar ao preconceito
*
Havíamos  ajustado detalhes das vestes
Mesmo que fosse apenas um sonho meu
Mas que entre lembranças, tu estivesses
*
Até as flores envoltas à musica de fundo
Notas perfumadas dum piano que tremeu
Ao recordar, as juras dum amor profundo.
****
Cidália Ferreira.



Chegámos à quadragésima primeira (41 ) Edição do Poetizando e Encantando...Interacção com a Profª Lourdes Duarte,do Blogue Filosofando na Vida. É com gosto que, mais uma vez participo ainda que, de forma simples. Mas como se costuma dizer, o importante é participar. Espero que gostem...Obrigada a todos pela visita.

Bom fim de semana

22 de junho de 2018

Segredos do pensamento

Do livro que tento escrever
Quando meu coração se sente
E em palavras não quer dizer
Porque o meu rosto não mente
Mas sente como ninguém
A falta que alguém nos faz
Como escrever em folhas brancas
Segredos do pensamento
*
Das flores que perfumam o livro
Quando fechado, e arrumado
Guardando segredos profundos
Mas minha alma adormece
Sobre as paginas amarrotadas
O sentimento não obedece
Aos sonhos mais moribundos
Quando, só queria um beijo
*
Abro o livro, apenas desejo
Que tudo já tenha passado
E tento voltar a escrever
Mostrar que não sou insensível
Mas se acharem que o posso ser
Nada será impossível
Haverá sempre um caminho
Por onde eu possa meditar...
***
Cidália Ferreira

20 de junho de 2018

Sons do silêncio me suavizam a alma

Deambulo, pelas sombras da floresta
Sons do silêncio me suavizam a alma
Nas árvores há algo que se manifesta
Levando-me, à extremidade da calma
*
A folhagem digna duma contemplação
O meu olhar silencia na tua lembrança
E cada folha que entra no meu coração
Parecem os teus sussurros de esperança
*
E neste silêncio inspiro toda a frescura
Abraço uma árvore, voltando à energia
Neste deambular onde tudo é a loucura
Mas sei, que me acompanhas na poesia.
****
Cidália Ferreira.

18 de junho de 2018

Sejamos sempre o motivo do verbo amar [ Poetizando ...]

Nosso amor, o verbo amar, em praia vazia
O mar acalmou, após o sol, seguir destino
O areal vazio recebia as ondas já desfeitas
Havia prometido por ficar ali, mas franzia
Uma espuma, orla de sentimento repentino
Momentos, onde as ondas são tão perfeitas
*
Desenhei meu coração em areia molhada
Esperar-te-ei, por aqui, com a convicção
De que, juntos, possamos apreciar o mar
E quando a noite chegar, seja abençoada
Para que conchegados, em contemplação
Sejamos, sempre o motivo do verbo amar
****
Cidália Ferreira.

POETIZANDO E ENCANTANDO

Chegámos à quadragésima (40) edição do Poetizando e Encantado. Um  pouco atrasada, mas por bons motivos. Apresento então, a minha humilde participação. Espero ser do vosso agrado. Um resto de um excelente Domingo para todos(as).

15 de junho de 2018

Deambulando num só sentido

Foto de Cidália Ferreira. 
Deambulando pelo meu universo
Sozinha, num redopio contagiante
Envolta de pensamentos, saudade
Sentindo uma brisa marinha
No meu expressivo semblante
E num sentimento angustiante
Solto o meu grito, em liberdade,
Procuro no meu eu, o sentido perverso
E deixo-me levar pelo vento
Até onde eu puder chegar
Sem nunca desistir de te amar
*
Nos passadiços que a vida me oferece
Onde deixo meu rasto,
Sinto uma solidão em volta
A praia deserta, o sol escondido
As ondas amenas, o cheio do mar
Nada te traz ao meu mundo,
Deambulando num só sentido
Sinto as areias à solta
Uma brisa forte, pensamento profundo
Algo de mim que se quer soltar
E na orla do teu coração, poder ficar.
***
Cidália Ferreira.

14 de junho de 2018

Medito até à exaustão da alma

Foto de Cidália Ferreira.
Escuto os ecos da água parada
E num reboliço em contradição
Corre uma aragem apaixonada
Pelo silêncio, do meu coração
*.
Sinto a brisa passar lentamente
E numa carícia pelo meu rosto
Deixando-me assim livremente
Numa reflexão, em livre gosto
*
Medito até à exaustão da alma
Em silêncio, que remete calma
Onde anseio, por te ver chegar
*
Sinto falta do teu alento devido
Abro a minha alma e sobrevivo
Ouvindo ecos do silêncio, no ar.
****
Cidália Ferreira.

12 de junho de 2018

Dentro do meu peito a chuva cai

Através da vidraça, no passar tempo
Vejo chegar a angustia
O desanimo,
Sinto chegar as lágrimas
Em pequenas recordações
Amargo momento
Olhar de tristeza, desilusões,
*
Dentro do meu peito a chuva cai
Olho a vidraça e tudo se esvai
Num sentimento de tristeza
Sinto um aperto no peito
Olho as palavras vãs
E num olhar tão vazio
Existe em mim, o preconceito,
*.
O tempo que passa em desgraça
Não existe amor maior
Que este, ao que me entrego
Sou grata, mas sinto desdém
Pelo meu eterno apego
Através da vidraça, lacrimejando
Meditando num tempo... sem graça.
***
Cidália Ferreira.

11 de junho de 2018

Abraço, em ambiente embriagado. [BC - Poetizando...]

Os teus abraços são o meu balsamo
Que se perdem, na minha ebriedade
Sussurras-me e toda  esta ansiedade
Se transforma... em gestos que amo
*
Ofereces-me flores num gesto único
Teus lábios tocam meu rosto e sorrio
Recordo momentos e tudo é notório
Que todo o teu amor puro, é irónico
*
Até o ambiente se sente, embriagado
Com o perfume das flores oferecidas
Recordando, outras vidas esquecidas 
Num abraço fraterno... e apaixonado.
****
Cidália Ferreira

POETIZANDO E ENCANTANDO

Chegámos à trigésima nona (39) edição do Poetizando e Encantando, com o Blogue da Profª Lourdes Duarte, Filosofando na Vida.  É sempre um orgulho enorme participar ainda que, de uma forma muito simples. Importa é a interacção/convívio, entre blogueiros amigos...

 Um excelente e perfumado Domingo, para todos.

9 de junho de 2018

O que meu coração quer escrever.

Foto de Cidália Ferreira.
Tenho vontade de escrever
O que me vai dentro da alma
O que é proibido
O que meu coração diz sem calma,
Tenho cravado no peito
Palavras carinhosas do tamanho do mundo
Outras amargas, não importa
Tudo faz parte da composição, do desejo
Do ser humano, do sofrimento
Dos meus momentos de solidão
Quando o sentimento é tão profundo
*
Tenho vontade de escrever
Todas as palavras que guardo
Todos os momentos de nostalgia
Os meus devaneio e puros sentimentos,
Não teria perdão, se não fosse eu
Quando entrego tanto de mim
Onde transformo lágrimas em magia
E gestos, em gratidão, mas sou assim
Tudo isto é tão teu, quanto meu
Escreveria toda a minha imensidão
Sobre a grandeza, do teu, e do meu coração.
***
Cidália Ferreira.

7 de junho de 2018

Quem me dera...


Quem me dera, voltar a ser outra vez
Aquela criança rebelde mas inocente
Cheia de vitalidade mas com timidez
Recordando falta de afecto. Carente
*
Quem me dera, olhar as fores e sorrir
Desfolha-las e numa outra primavera
Vê-las esvoaçar pelo vento e conferir
Que tudo faz parte da minha quimera
*
Quem me dera, que tudo fosse tão real
Como real é o sol quando nasce, e leal
Quando afaga, o meu sensível coração
*
Quem me dera regressar àquela criança
Abençoada, e num futuro de esperança
Sorrir com outra inocência e veneração.
****
Cidália Ferreira.

5 de junho de 2018

Deambulando em novas Primaveras

Deambulo em sonhos e devaneios
Pelas veredas da minha satisfação
Passo a ponte que me leva à tua procura
Uma felicidade ou desventura
Prefiro pensar que tudo é realidade,
Ao abraçar o perfume da natureza
Ouço as rãs no seu coachar
Nas margens, do esplendoroso rio
*
A brisa traz-me belas recordações
Dos tempos coloridos, das emoções
Das estórias contadas
Dos passeios conversados pelos campos
Em dias grandes e ensolarados,
Mas olho a água que corre apressada
Parece ter destino marcado
Deixando para trás, flores e quimeras
*
Deambulo sozinha em novas primaveras
Respiro a fragrância das flores
Das ervas bravias e árvores rejuvenescidas
Esqueço o tempo que me fez voltar no tempo
Incorporo-me nas vestes, qual donzela
Cativando o meu próprio coração
Mas ao acordar, a qualquer momento
Ficarei enternecida pela paisagem mais bela.
***
Cidália Ferreira 

3 de junho de 2018

Descalça de preconceitos sigo os trilhos. [Poetizando e Encantado]

Deambulo pelo caminho  mais distante
Tão sozinha, com meu coração apertado
Procuro pelo teu carinho mas é passado
E querer reencontrar-te é predominante
*
Sigo os carris  abandonados, e relembro
As vezes que viajei para te reconquistar
Os sorrisos que libertei para te confortar
Em viagem de paisagens que deslumbro
*
Descalça de preconceitos sigo os trilhos
Encontrar-te é meu objectivo primordial
Amar-te, é o meu carinho incondicional
*
A distância do amor entre os trocadilhos
Sentimentos à flor da pele, e na verdade
Deambulo pelos trilhos da cumplicidade
****
Cidália Ferreira.

POETIZANDO E ENCANTANDO
Chegámos à trigésima oitava (38)  Edição do Poetizando e Encantando, do blogue Filosofando na Vida. Mas uma vez participo com orgulho. Mesmo sendo da forma mais simples, espero que gostem... Obrigada...Bom Fim de Semana.

1 de junho de 2018

Sou apenas um pequeno mundo

A noite chegou ao meu canto, de mansinho
As estrelas esconderam-se na nuvens
A lua que espreita de vez em quando
Iluminando as paredes do meu quarto
E os meus pensamentos vãos,
Sinto que foste embora, devagarinho
Deixando a minha alma em pranto
Sentimentos delicados, nem sabes o quanto,
Guardo-os a vida inteira em meu peito
Silencio a minha voz, mas não te rejeito,
*
Todas as coisas que me entristecem
Provocam-me sérios calafrios
Existem momentos que não se esquecem
Dou voltas na minha almofada, não durmo
Sou a insónia das noites em branco
O pensamento, a distância,
Sou apenas um pequeno mundo
Sou a nudez na escuridão que aclamo
Mas permaneces no meu sonho profundo
A noite chegou, foste embora...sabes que te amo!
***
Cidália Ferreira.