31 de julho de 2016

Iluminavam-me o coração, raios dourados

Iluminavam-me o coração, raios dourados
Neste lugar tão belo e muito  aconchegado 
Sentia-me alguém de sentimentos fechados
Onde ao meu coração, o carinho foi negado
.
Deixei  que um  misterioso banco de jardim
Desejasse o nosso  encontro, deslumbrante
Espalhei pelas  águas  fragrâncias  de mim
Para que tu  deixasses de estar tão distante 
.
O raios  pareciam florescer, qual esplendor
Em águas dançantes sobre a beleza e a cor
Arrancando sorrisos, desejos, tanta saudade
.
Apenas o tempo não passa, mas ali sozinho
No nosso banco d'outrora recordo o carinho
Onde tantas vezes jurámos a nossa lealdade.
****
Cidália Ferreira.

29 de julho de 2016

Sentias o meu corpo fogoso

Sentia a meu lado a tua presença
A frescura perfumada do teu corpo,
Sentia que tocavas ardentemente
Em meu corpo, desejoso, carente 
Pelos dias em que nos entregávamos 
Intensamente, só nós sabemos,
Sentia as tuas mãos delicadas
Percorrendo meu corpo suavemente
Estremecendo, despertando o desejo
Dos momentos imaginários que vivemos.
.
Sentias o meu corpo fogoso
Olhavam teus olhos em pensamento
Percorriam em desejo caloroso
Deixando marcas da tua frescura
Em cada recanto da minha loucura,
São desejos meus inconstantes
Ouvir tua voz de olhos vendados,
São tão leais como diamantes 
Os sentimentos que por ti guardo,
Sentia meu corpo, a frescura do gelo
Das tuas mãos sussurrantes ao fazê-lo
Deixando o perfume carinhoso, de amante.
***
Cidália Ferreira

27 de julho de 2016

Voltei ao lugar onde havia deixado lembranças

Voltei ao lugar onde havia deixado lembranças
Onde haviam existido os momentos de solidão
A brisa soprava mansinho, tocava meu coração
E meu pensamento não ia além das esperanças
.
Névoas carregadas tapavam o sol do meu rosto
O pensamento alcançava o limite do horizonte  
Os meus olhos brilhavam  para o mar e defronte
Nesta solidão onde a minha reflexão é desgosto
.
No silêncio das ondas libertava minha voz muda
Saída de minha garganta tão cansada e desnuda 
Tal como sentia minha alma num momento triste
.
Voltei a cair por  tantas coisas eu querer abraçar
Fugi do  meu  mundo, precisava do mar alcançar
Para meditar, desabafar, de tudo o que me assiste 
****
Cidália Ferreira

25 de julho de 2016

Deambulando pelo calor na noite

Deambulando pelo calor na noite
Pelo silêncio dos meus sentidos,
Preparando meu corpo para te receber
E esperar teu afago em corpo meu,
Deixar escorrer o suor da nossa pele
Rebolar pelos lençóis de pura seda 
Sentir dos nossos corpos, o prazer
Sussurros entre gemidos contidos
Neste meu corpo que deambula no teu,
.
E no calor da noite peço-te mais
Quero entregar-me a ti por inteiro,
Da nossa pele suada sentem-se os ais
Que perturbam todo o nosso silêncio, 
São pensamentos que perduram no tempo
E desejos nossos que tanto ansiamos,
Até o perfume que partilhamos
Nos leva ao mais louco limite,
Num deambular, um só sentimento
Do meu corpo que desejo transmite
Pelo teu, que incendeia o momento.
***
Cidália Ferreira.

22 de julho de 2016

Esperei na noite como quem espera a paz

Esperei na noite como  quem espera a paz
Saí sem destino refugiei-me  na escuridão
A lua é  cúmplice desta  minha  inspiração
O seu brilho, ilumina minha mente incapaz
.
Momentos onde vagueio pelas lembranças
Que  meu coração guardou  religiosamente 
Olho a lua, ainda brilha como antigamente
E na escuridão reforço minhas  esperanças 
.
Esperei pela noite, com ela, o meu sossego
Não existe ninguém que  me retire o apego
Meu pensamento vai  longe nesta quimera 
.
Na escuridão solto o grito, tanta ansiedade
Sinto a brisa fresca, trazendo-me liberdade
Na noite, a conselheira de  quem desespera
****
Cidália Ferreira.

19 de julho de 2016

Preciso de encontrar a minha calma.

Preciso de respirar em liberdade
Ir ao encontro de um lugar refrescante
Para acalmar esta ansiedade
Que me sufoca, me rouba o sorriso
E aperta o meu peito sem noção
Tornando-se uma constante,
Preciso, de aliviar este sufoco
Nem que fosse o tempo, tão pouco
Mas que me deixasse leve, no tempo
Sem este nó que me aperta o peito
Fazendo de mim a tristeza sem jeito
.
Preciso de respirar salpicos da beleza
Apreciar no silencio o som da cascata
Olhar, contemplar e esquecer a tristeza
Abraçar os momentos que rodeiam
Sentir o orvalho lavando meu rosto,
Preciso, deste momento, não sozinha
Respirar bem fundo tirar esta ânsia
Libertar-me das coisas que afectam a alma
Entregar-me ao destino que comigo caminha
Sem absorver as coisas em demasia,
Preciso de ti, aqui,  nesta cascata
Preciso de encontrar a minha calma.
***
Cidália Ferreira.

17 de julho de 2016

Sentada, entre as recordações, lembranças

Brincamdo meus pés em águas ondulantes
Mornas, límpidas, em  reflexos de ocasião
Sinto uma brisa que perfuma meu coração
E me acalma apesar de estarmos distantes
.
Sentada, entre as recordações, lembranças
Em  meditação das nossas vidas proibidas
Onde a saudade é uma constante tão ávida
Que me leva ao encontro  das semelhanças
.
As águas ondulam  em espelhados reflexos
O sol, um complemento que me traz alegria
O perfume que me completa, é o da maresia
.
Respiro e penso, o que faço a  tanta saudade
Que entra em  meu coração, é cumplicidade 
Que nos move e me faz viver sem complexos
****
Cidália Ferreira

15 de julho de 2016

Vagueio por entre espaços do teu sentir

Vagueia minha mente, que areja
Por mares de absoluto silêncio
Onde não se ouve voz de gente
Mas espera por alguém, talvez ninguém,
Pelo fresco da maresia que seja
Pelo silêncio, pensamentos que vagueiam
Que são tantos, ou talvez nenhuns,
Olho em volta não te encontro
Apenas permaneces em minha mente
Em todos os momentos sem restrições
Onde nossas estórias são tão comuns
E podem unir-se pelas emoções,
.
Vagueio por entre espaços do teu sentir
Por entre adornos do teu lindo coração
Que me deu tanto, ou talvez nada
Sensações, alegrias, deixa saudade,
Talvez eu peca por palavras ditas
Saidas em vão, mas sem profundidade,
Sei, que apenas tu me fazes sorrir
Nos pequenos momentos de solidão,
Vagueia minha mete em reflexão
Neste praia onde me sinto só
Refugiei-me apenas para meditar
E minhas atitudes para contigo, mudar.
****
Cidália Ferreira

13 de julho de 2016

Páginas em branco que poderão ser rabiscadas

Páginas em branco que poderão ser rabiscadas
Com a melhor caneta, beleza em  pena robusta 
Sentimentos d'alma em folhas  esbranquiçadas
Em sua  candura  timbro o orgulho de ser justa
.
De tantas páginas vazias no qual vou escrever 
A minha, a tua, a nossa vida, em  outras vidas
Onde  cada  estória escrita  nos  pode comover
Se as lermos, olhos nos olhos e mentes cálidas
.
Dos livros que não  escrevi, mas  que imaginei
Que  neles  podia gravar os sentimentos sem lei
Onde lessem, compreendessem minhas atitudes
.
Guardo só para mim o melhor da nossa estória 
Agradeço à vida, que alterou a nossa trajectória
E neste livro puder escrever outras vicissitudes.
****
Cidália Ferreira 

12 de julho de 2016

Pedido de desculpas...



Por por motivos óbvios, tirei o post do ar.. aparecerá noutra altura.  Peço desculpa a todos... Não era para sair já... tinha que ser ainda arranjado.

Obrigada pela compreensão
Beijo

11 de julho de 2016

Um País pequenino, Mas Enorme. Viva Portugal

"Musica de fundo, o Hino de Portugal."
.
Num País pequenino, como é o nosso
Conhecido, como o paraíso sossegado
Onde milhões aplaudem sem limites
Cantam o Hino, comovem-se, são emoções
De quem diz ser, um cântico sagrado,
Erguem bandeiras, com fé, acreditando
Fazendo da união a grande força
De uma corrente jamais inesgotável 
Onde acreditaram tantos milhões,
Que Portugal seria implacável. 
.
Num País pequenino, que nos deu
A alegria de poder acompanhar
Passaram horas, dias e semanas
Unhas roídas e corações apertados
Cânticos de força para os confortar,
E o resultado foi que nossa Selecção
Fez história, neste lindo Europeu
Trazendo a Taça do merecido Campeão
Para o nosso pequeno Portugal.
***
Cidália Ferreira
.
VIVA PORTUGAL

8 de julho de 2016

São meus sentimentos, tristeza em naufrágio

A tristeza bateu-me à porta, quis magoar-me
Invadindo pensamentos  que me atormentam
Entristecem-me a alma ao tentar sufocar-me 
Fecho o meu coração aos que me abandonam
.
Fujo dos meus receios não consigo enfrentar 
Que vivo num mundo irreal e talvez perigoso
Refugio-me algures pela natureza, a meditar 
Sobre o nevoeiro, num dia triste e misterioso
.
Bateu a tristeza, deixei que o coração falasse
Lágrimas de revolta em sufocado sofrimento 
São as partículas d'um sentimento de impasse
.
Quando sozinha em  parte incerta me refugio
Nunca esquecendo que foste o meu momento
São meus sentimentos...tristeza em naufrágio
****
Cidália Ferreira.

6 de julho de 2016

Contemplar, a dança das águas contigo.

Encontro marcado.  Há hora certa, eu estava lá
Local vazio, a noite caia em águas serenas
Estavas sozinho, olhar distante
Com tão carregado semblante
Em noite morna, temperaturas amenas
Nada dizias, continuavas tão relutante,
.
Esfregavas as mãos olhavas em volta
Sentia-te, quão triste estava teu coração
Olhavas as águas com olhar esquecido
Deixavas transparecer a revolta
Do teu peito saiam suspiros, tristeza
Baixavas o rosto de aborrecido
 .
Apreciava de perto com emoção
Seguia teus gestos, lia-te o pensamento
Pensava em dar-te meu ombro amigo
Sentia receio em me aproximar,
Precisavas de algo naquele momento
Em que o teu silêncio era o abrigo
E eu te encontrei  na hora marcada
Para demoradamente te abraçar
Contemplar, a dança das águas contigo.
***
Cidália Ferreira

4 de julho de 2016

Surpreendeste-me no meu mundo encantado

Surpreendeste-me no meu mundo encantado
São as tuas surpresas, o balsamo que preciso
Só tu entendes o valor de me ter apaixonado
És o meu imaginário  e nunca serás indeciso
.
Tocaste a minha pele macia com teus lábios
De olhos vendados sentia teu cheiro sedutor
Sentia o teu desejo  ir além dos mais sábios
Sei, que dos desejos do meu corpo, és autor
.
Beijaste meu corpo, deixaste-me na loucura
Imaginar-te  desnudado  seria a minha cura
Deste coração que te acolhe constantemente
.
Surpreendeste-me, como nunca imaginaria
Vendastes  meus olhos, jogaste com luxuria
Marcaste meu corpo de forma intensamente
****
Cidália Ferreira,

1 de julho de 2016

As horas passavam, eu esperava...

As horas passavam, eu esperava
Com o rosto faminto, saudoso,
Ver-te chegar era um desejo
Poder olhar-te nos olhos, sorrir
Dar-te meus lábios que tanto te anseiam
Sem fugir deste meu sentimento
De acabar o tão desejado beijo,
.
Esperava desnudado, meu corpo louco
No nosso quarto, sentada à janela
Via o tempo passar,  não chegavas
Não vias, quão para ti estava bela
Corpo perfumado para devorares
Com aquele beijo que tanto desejamos
Sendo eu a tua Donzela,
.
As horas passavam, eu entristecia
Da minha janela, já escurecia,
O silêncio da noite deixou-me sozinha
No meu sonho de bela adormecida
Onde a cortina se fecha com glamour,
No meu rosto, fica o sorriso do sonho
Porque afinal tu existes, meu amor.
***
Cidália Ferreira