28 de novembro de 2016

Meu rosto mostra o desejo inebriante

Não sinto o calor da  tua pele suave
Não sinto o sabor  dos beijos doces
Não sinto a tua  presença, qual ave
Que nos fazem uns loucos, precoces
.
Não sinto, mas  imagino tal  doçura
Dos teu lábios carentes, tão meigos
Que loucamente me deixam ternura
Mesmo sendo em pensamentos leigos
.
Meu rosto mostra o desejo inebriante
Os teus lábios, o carinho contagiante
Que num desejado encontro, sonham
.
Fecho os olhos e deambulo pelos céus
Sonhando ter-te debaixo de meus véus
Guardando nossos rostos que se olham
****
Cidália Ferreira 

26 de novembro de 2016

Chovia, naquela noite escura e fria

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Chovia, naquela noite escura e fria
Nossos destinos iriam-se cruzar
Naquela rua, tão escura, abandonada
Silenciosa, de luzes apagadas,
Cudadosamente a chuva caía
Para abençoar o encontro
Um desejo intenso nos possuía 
E nem a chuva nos impedia
De seguirmos a estrada da vida
Deixando as nossas pegadas
Como sinal de vida vivida,
.
Nossa cumplicidade flutua
Nos pingos da chuva, ensejos 
Onde secretamente nos abraçamos
Não importa se chove ou se faz frio,
Nesta rua onde o silêncio impera
Enquanto nos entregamos ao desejo
Sobre o reflexo duma estrela cadente,
Nosso carinho de entrega é notório
Não há chuva nem frio que nos impeça 
A nossa entrega, em sofregos beijos
Enquanto chove sobre nós, serenamente.
***
Cidália Ferreira

24 de novembro de 2016

Numa natureza colorida e tão cinzenta

Numa natureza colorida e tão cinzenta
Onde o cheiro  do frio me faz  ponderar
Eleva o meu pensamento mas afugenta
A tristeza que em mim se tenta refugiar
.
O cheiro das folhas e meras recordações
Em que outrora em mim se apoderavam
Como um sol que me eleva nas emoções
Quando na natureza sentidos esvoaçam
.
Nesta natureza tão fria mas onde habitas
Como a melhor flor nascida no meu jardim
Deixando de recordação o cheiro a jasmim
.
Perco-me em recantos que procuro no frio
Onde o sol se afastou das folhas  sem brio
Mas, alumina-te sempre, sei que acreditas
****
Cidália Ferreira.

22 de novembro de 2016

Confessando, nesta viagem, apensas sou tua

Embarquei na viagem de paz com a lua
Onde partículas do meu pensamento
Eram trilhos da vida em serena montanha
Onde o silêncio nunca se desfaz
Até ao romper da manhã
A brisa fresca que me acompanha
Me eleva, nos meus momentos de paz
.
Ainda a lua me acompanhava
Já as aves bailavam de alegria
Sentia-se a pureza como gargalhada,
A brisa sorria em silêncio
Esperando que nascesse um novo dia
Algures, em longa viagem
Por esta montanha de pura mestria
.
Grande, era a lua que me iluminou
Mostrou-me os caminhos mais certos,
Lá longe, um aceno, um sorriso
De alguém que comigo se cruzou
Quando embarquei na viagem com a lua,
Esperando de alguém aquilo que preciso
Confessando, nesta viagem, apensas sou tua
***
Cidália Ferreira 

20 de novembro de 2016

És o brinde à vida, a chama que me desperta.

Neste frio, onde toda a tua chama aquece
Como as labaredas  que ardem sem se ver
Nosso entrelace imaginário nos enternece
No momento da  nossa entrega, ao prazer
.
Não sou mais que  uma chama imaginária
Talvez a ilusão, que  nos eleva as emoções
Neste brinde, onde és a chama necessária
Que me deixa em êxtase, quais libertações
.
Quantas fagulhas libertamos em momentos
Em que brindamos, mostramos sentimentos
São como  suspiros da chama à descoberta 
.
Neste frio, és lareira acesa, tudo que preciso
És a labareda que nos  aquece no improviso
És o brinde à vida, a chama que me desperta.
****
Cidália Ferreira

18 de novembro de 2016

Espero-te mesmo ao entardecer

Espero-te mesmo ao entardecer
De coração aberto, disposto
Aos nossos anseios e desejos
Mesmo que sejam imaginação
De um vento que sopra serenamente
Sobre as águas que beijam sol 
E me fazem relembrar teus beijos
.
Espero-te, não importa o tempo
No silêncio há alguém que me escuta
Abro meu coração ao sentimento
Sinto que nele entras devagarinho
Qual vento sussurrando baixinho
Esperando a noite que vai chegar
Em serenidade absoluta, 
.
Ao entardecer entrego-me à loucura
Da imaginação, um brinde à vida
Contemplando o mar, como é belo,
Escuto em silêncio, as gaivotas
Dançando por nós. Pela vida vivida
Esperando que chegue a tua ternura
Mesmo que seja ao entardecer
***
Cidália Ferreira.

16 de novembro de 2016

Olhei o céu, era magia em seu esplendor

Olhei o céu, era  magia  em seu esplendor 
Caem as folhas sobre  meu corpo desejoso
Que sentia caírem em  mensagem de amor
Nas folhas, imagem um homem charmoso
.
Caem folhas coloridas sobre a tempestade 
Abrem-se as flores de belos tons angelicais
Aos meus pés, sinto o perfume da saudade 
A tua. Enchem-me de orgulho os teus sinais
.
Sorriem meus pensamentos quando ouvem
O som de uma voz forte, sensual, no ouvido
Com palavras  doces em timbre reconhecido
.
A solidão deste outono leva-nos à sofrência
Sinto falta do afecto, quero ser tua essência
Olho o céu e caem folhas que nos envolvem
****
Cidália Ferreira.

14 de novembro de 2016

Espero à janela pela chegada

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Espero à janela pela chegada
Dum sol que teima em não aparecer
Faz frio dento de meu peito
Preciso desse sol, qual flor perfumada,
Sente meu rosto a falta do teu
Como quem sente falta de alimento,
Espero à janela pelo lindo sorriso
Aquele, que me alimenta o coração,
Espero serena sem padecer
Que a nuvem escura desapareça
E dê lugar ao sol, se eu merecer,
Que me livre destas aflições
E traga o teu rosto ao meu,
E sobre um sol resplandecente
Qual jardim em pureza absoluta
Que chegue e aqueça minha alma
Me deixe leve, sem restrições,
Espero à janela pela chegada
De um sol, que mormente me escuta.
***
Cidália Ferreira

11 de novembro de 2016

As diferenças que nós temos é o que nos tempera

Desabrochei minha face atrevida frente ao espelho
Deixando meus preconceitos numa entrega sensual
Esperando que procures  no meu corpo, o conselho
E que te atrevas, sem receios, sem ser mero casual
.
Vem, despe-me, peça a peça, faz de mim a tortura
Da forma mais carinhosa como sempre eu desejei
Não esqueças dos momentos, sempre tive postura
Imperas em minha vida. Em teu corpo eu viajarei 
.
Não te vás, sem primeiro  saciares meu corpo são
Mesmo que a saudade acompanhe o meu coração
Aos meus olhos, és o êxtase, que em mim impera
.
Desabrochei, entrego-me com gratidão a alguém
Como tu que vais despir-me como mais ninguém
As diferenças que nós temos é o que nos tempera.
****
Cidália Ferreira. 

9 de novembro de 2016

Sejam felizes.

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É outono, caem as folhas cansadas
Ao sopro de um vento desesperado
Soltam-se e seguem-me as pegadas
Fazendo-me relembrar um passado
.
Sejam felizes.
Voltarei....

7 de novembro de 2016

Nesta noite mal dormida...

Nesta noite mal dormida
Perdida, pela escuridão da noite
Entre sonhos, pesadelos 
Lágrimas escondidas
Soluços e sobressaltos
Pensamentos tão perdidos,
De coração perturbado
Desgosto, magoado
Pelas mais duras palavras,
Que me deixou-me nesta ansiedade 
Nesta noite mal dormida...
.
Desejando a luz o dia
Lembrar-me do que foi bom
E chorar pelo pela lembrança,
Foste embora, fiquei em vão
Apenas quero ser a verdade
E nunca ser a traição,
Perdir... sei que perdi
Mas não traí a confiança,
Preciso do teu perdão
Mesmo de costas voltadas 
Para acalmar meu coração.
***
Cidália Ferreira 

5 de novembro de 2016

Eras o sol, em despedida, iluminando meu rosto

Em suave brisa, tua voz sussurra-me ao ouvido
Meu corpo tremia de exaltação, qual felicidade
Imaginava-me naquela praia onde havia vivido
Os sonhos  imaginários vincados por afinidade
.
Sentia minha voz tremula, palavras carinhosas
Sentia-me aconchegada ao imaginar teu cheiro
Até saudade das palavras quentes, voluptuosas
Me deixaram em delírio neste  mar aventureiro
.
Deixei que meu coração voasse ao teu encontro
Esperei pelo anoitecer,  e pelo nosso reencontro
Eras o sol, em despedida, iluminando meu rosto
.
Deixou-me em felicidade extrema o teu carinho
Um balsamo tão preciso, iluminando o caminho
Onde ambos nos cruzamos, olhando o sol-posto
****
Cidália Ferreira

3 de novembro de 2016

Quatro anos, de conhecimento e aprendizagem com uma pessoa especial.

Na vida nada acontece por acaso.
Neste blogue, nem tudo se resume a poesia nem a tristezas. Existem momentos, acontecimentos, no qual não posso deixar passar sem agradecer e partilhar convosco. Esta foto tem 4 anos. Quatro anos, parece que foi ontem que, tivemos a oportunidade de conhecermos pessoalmente, uma pessoa muito especial para nós. Principalmente para mim.
Neste dia, 3 de Novembro, estava combinado um passeio a Mafra fim de visitar o Convento/Mosteiro, tal como aconteceu. A visita foi pelas 10H da manhã. Tínhamos também um encontro marcado, com essa pessoa tão especial para nós, com direito a Almoço. Final da visita ao Museu do Mosteiro, na saída, lá estava esse ser humano maravilhoso à nossa espera... Seguiram-se os cumprimentos, a conversa animada e seguimos para o Restaurante mesmo ali em frente ao Mosteiro. Um almoço  muito divertido, onde estórias  sobre vida e risadas aconteceram.

Como o meu sonho e o do meu marido era conhecer o estádio da Luz, esse ser humano maravilhoso teve o gosto em nos levar a conhecer, apenas pode ser por fora. Nesse dia ia acontecer um jogo com o Vitoria de Guimarães, daí não podermos fazer visita ao estádio. Eu confesso, só pelo facto de ter conhecido essa pessoa maravilhosa, já tinha valido a pena o passeio, mas completou-me quando quis que meus olhos vissem "o amor em comum" O Nosso Benfica.Estádio...Fiquei de coração cheio. A partir daí, tudo que tenho crescido a nível de escrita e outras coisas, apenas agradeço a uma pessoa. O Ricardo. Que, embora apareça pouco, mas aparece sempre quando preciso e no momento certo.

Actualmente conhecemos também sua esposa filha e netas. Um casal de quem muito gostamos e respeitamos esperando que outras visitas aconteçam.

Quatro anos de muita alegria, cumplicidade,  de união pelo mesmo clube, e espero, que esta amizade verdadeira e saudável assim continue...

Existem momentos que nos engrandecem e nos enchem a alma. Tal como, existem imagens que dispensam palavras, como esta que vos ofereço. Existem pessoas que, não é por acaso que entram em nossas vidas e, dificilmente saem. Obrigada Ricardo

E já agora, Viva o Nosso Benfica.  Podem clicar.

Eu: CidáliaFerreira

2 de novembro de 2016

Cansada... já não tenho mais palavras

Cansada... já não tenho mais palavras
Que possam embelezar o livro
Falta a coragem, a esperança
A força de nele escrever,
Falta-me, a vontade de viver,
.
Cansada, não mais terei aquele valor
Escrever, talvez nos faça renascer,
Mas nem sei se virás ler,
Nesta angustia em que me encontro
Todas as folhas são poucas
Mesmo não estando escritas
Saberás o que querem dizer,
Cansada... de nada valer
De deixar lágrimas derramadas
Entre a candura das folhas
Que nada dizem, mas nada é muito,
.
É a saudade das tuas palavras,
E o desgosto de meu coração
Queimado pelas fagulhas,
É nestas páginas em branco
Onde tantas vezes tento entender a razão.
***
Cidália Ferreira.