Banco vazio, cansado, sempre esperando

Sobre um banco em abandono de estação

Caem as folhas de uma rotina em tristeza 

Coloridas, ressequidas, e sem a vegetação

Que todos querem, desta tão bela natureza

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Banco vazio, cansado, sempre esperando 

Novas estórias, segredos, loucos amantes 

Que por ali passam, cansados, observando

O banco vazio, onde se sentam, delirantes

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Quantas folhas esvoaçam, triste abandono

Quantas pessoas olham e anseiam da vida

Pelos  momentos, que a vegetação convida

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Os beijos trocados neste banco sem dono.

As juras de amor feitas, e nada foi em vão

Neste banco vazio, onde outrora era verão

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Cidália Ferreira