Ilusão da alma que guarda segredos de si

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Quando a alma da poeta se sente triste
Por algo irreal que não desejava passar
Mesmo que a chuva caia não se desiste
Da verdade, que a alma, quer preservar
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Alma cinzenta, rodeada de inverdades
E ilusões, que os olhos transparecerem
Não há como mudar mentes e raridades
Quando na verdade de tudo se esquecem
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Escorrem gotículas pela vidraça da vida
E numa transparência que já é silenciada
Pode ferir a alma, que se encontra dorida
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Quando o olhar não se levanta, não sorri
Não consegue esconder a tristeza isolada
Ilusão da alma, que guarda segredos de si

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Cidália Ferreira