18 de outubro de 2015

Quero doar-te...

Quero doar-te com meu carinho
A mais bela rosa perfumada
Saída do meu pensamento
Colhida no meu canteiro
Regada a todo o momento
Onde só eu sei como te quero
Por completo, por inteiro,
Aceita de mim esta rosa 
Com pétalas do meu carinho
Quero que a leves contigo
Simbolizando ternura, saudade
Onde as pétalas recebam teus beijos
E se cruzem na realidade,
Se misturem odores, sentimentos
Mas com certezas de lealdade
Te lembres de mim num simples olhar
E possas sentir, assim, meus desejos.
***
Cidália Ferreira.
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"Nova musica de fundo, espero que gostem."

16 de outubro de 2015

Deambulando pelas margens do passado.


Deambulava pelas margens do passado
Apreciando as águas  como um espelho
Conversando sozinha, talvez ter errado
Por não te ouvir e seguir o teu conselho

Esperava-te como  quem esperava o sol
Enquanto escutava as águas no ondular
Nos reflexos escrevia teu nome, em prol
O que existe entre nós, não pode acabar

No local onde me encontro tão sozinha
Posso gritar e desabafar, por voz minha
Ninguém ouve um coração em carência

São amargas as lágrimas que deixo cair
Por gostar de alguém e nunca vou trair
Deambulava pelas margens da vivência
****
Cidália Ferreira.

14 de outubro de 2015

Saí porta fora, sem noção

Saí porta fora, sem noção
Do tempo, nem do momento
Sai por aí tristemente
Com uma dor no coração,
São palavras que caem e cortam
A alma de alguém que ama,
Entristecido coração, o meu
Que sai procurando refugio 
No meio tanto e tão vazia,
Vou silenciar minhas palavras
Que acabaram, perderam encanto
Que um dia já foi o teu,
Choram meus olhos perdidos
Não encontram o caminho
Fazendo-me perder os sentidos,
Sai porta fora chorando
Refugiei-me sozinha num canto
Desejando acabar com este tormento.
***
Cidália Ferreira.

13 de outubro de 2015

Por névoas frias sem cor...

Por névoas frias sem cor
Deixei vaguear meu pensamento
Por finas arestas da solidão
E entre montes da imensidão
Que passam deixando rasto
E marcas no meu coração,
Vagueio pela brisa do nada
 Entre pensamentos e segredos
Florestas vazias e arvoredos
Folhas caídas pisadas, esquecidas
Ausentes do sol e do calor
Onde se instala o tempo cinzento 
E a tristeza por falta de amor,
Vagueei, fazendo a procura
No meu sentimento tenho a certeza
Fazes parte da minha loucura
Dando-me sentido à vida,
Mesmo vagueando na incerteza
Das névoas frias sem cor.
***
Cidália Ferreira.

11 de outubro de 2015

Marcámos encontro durante o silencioso escuro

Marcámos encontro no silencioso escuro
Numa noite chuvosa e severa tempestade
Soltam-se palavras, quando por ti procuro
Carinhosos desejosos, nossa cumplicidade

Este encontro marcado pela tua ausência 
E de todas as estrelas e  do mais belo luar
Cai a chuva  sobre as margens da carência
Até o meu  coração mergulha no teu olhar

Cai a chuva, sobre meu triste sentimento
É o silencio que me  mostra o adiamento
De um encontro que sonho ansiosamente

Espero por ti a cada momento do meu dia
Mesmo a chover, és sempre minha alegria
É este imaginário que dói silenciosamente.
****
Cidália Ferreira

9 de outubro de 2015

Contemplava o horizonte

Contemplava o horizonte
E a beleza existente nas ondas,
E numa serena passagem
Deixei-me invadir pela aragem
E a frescura da maresia
Que me perfuma a alma,
Esperançosa sigo viagem
Esperando pela tua chegada,
Mas neste mar que me acalma
Não via chegar viva alma
Nem barcos no alto mar
Nem as gaivotas a esvoaçar,
Sorria para o horizonte
Apertado em minha mão
Um lindo bouquet perfumado
Com o carinho do meu coração
Que tenho para ofertar
Ao meu amor que irá chegar
***
Cidália Ferreira.

7 de outubro de 2015

Neste ermo abandonado e ao encontro da lua.

Neste ermo abandonado e ao encontro da lua
Contemplo a subtileza das nuvens que correm
Pintadas a várias cores, sorrisos de que amua
Das árvores abandonadas, outras que morrem

No crepúsculo, apanho o relento e a solidão
Fazem-me  companhia durante tua ausência
Sopram  os ventos em fúria  nesta escuridão
Sacudindo os ramos e toda a nossa essência 

Brilha a lua, num olhar de quem se enternece
Neste esplendor, o teu lugar sempre prevalece
Numa espera, neste ermo abandonado ao luar

Assim como as árvores se despem com tempo
As nuvens afastam-se trazendo-me o momento
Que desejo encontrar...ao contemplar teu olhar.
****
Cidália Ferreira.

5 de outubro de 2015

Num constante devaneio...

Num constante desassossego
Devaneiam sentimentos
Por solitários caminhos
E lugares desconhecidos,
Respiro-te noite e dia
Sonho contigo, abraças-me
Sussurras-me ao ouvido
Desassossegas-me a mente
Levando-me ao delírio,
Em cada gota de água
Vejo gravado o teu nome
E na imensidão de um lago
Onde meus braços se abrem
Para poder receber
Os mais loucos momentos
Que por ti sentem prazer,
Num constante devaneio
Gritando aos sete ventos
A vontade, de contigo me perder
***
Cidália Ferreira.

3 de outubro de 2015

Entre folhas escritas, outras por escrever.

Entre folhas escritas, outras por escrever 
O meu coração amolece  pelo sentimento
Sempre que chegas e apenas para me ver
Trazes-me a luz de volta  ao pensamento

Sinto de perto o teu perfume em presença
Saindo das pétalas, carinho que me aquece
Quero escrever as coisas da nossa vivença
E ter no meu livro quem não me esquece

És luz divina que me  acompanha na vida
Inspiração dos meus dias em que atrevida
Solto as frases sem rimas e em declaração

E em todas as folhas escritas para recordar
O que contigo cresci escrevendo sem parar
És a luz e força. que precisa  meu coração.
****
Cidália Ferreira

1 de outubro de 2015

As águas serenaram, o vento acalmou.

As águas serenaram, o vento acalmou
O dia acabou sem te ver chegar
As folhas caíram, o vento as levou
E eu continuei naquele lugar,
Sentindo o vento a sussurrar
Sozinha a desesperar
Ouvindo murmúrios vindos do ar,
Serena, eu espero um alguém
Que me faça companhia
Que me tire da solidão
E me mostre o brilho do dia,
Neste lugar de puro desejo
Onde espero pelo teu encanto
As águas pararam já sem esperança
Não observam os nossos abraços,
Ficou sozinho aquele banco
Onde noutro tempo e sem cansaço
Entre ventos e murmúrios das águas
E até as rãs no seu canto
Nos traziam belas lembranças.
***
Cidália Ferreira