Santo António (Popular)

 

Santo António Anfitrião

Que casa mulheres solteiras
Traz-me vontade de escrever
Versos de todas as maneiras
Que saiam do meu coração.
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Não sejam só sardinhas assadas
Nem marchas em todas as ruas
Com musica para todos os gostos
Mas que elas nunca fiquem nuas
Mesmo que fiquem pingadas.
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Santo António casamenteiro
Escolhe bem quem vais casar
Anda por aí tudo à molhada
E a com sede que podem passar
Tem cuidado, não sejas matreiro.
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Vão casar, comer e festejar
Vão marchar até de manhã
Vão ficar as ruas perfumadas
De sardinhas e outras artimanhas
E agradecer o feriado Popular.

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Cidália Ferreira

A minha simples homenagem  ao Santo Popular.  Stº António (de Lisboa). Bom Feriado para quem reside em Lisboa.

Nas brumas do tempo...

Nas brumas do tempo envolto da areia molhada

Sobem as ondas, a inspiração dos mais solitários

Contemplando uma longa distância maravilhada

Com tanta beleza onde existem alguns desvarios

*

Praia vazia, e numa ausência de gente que se foi

Apenas pegadas fazem estória em meros olhares

E as ondas, num bailado sereno, mas se constrói

Cada momento exposto. Sentimentos peculiares

*

Nas brumas dum tempo onde a solidão compensa

Para meras inspirações, grandes memórias futuras

Ficarão sempre abrigadas em lembranças apensas

*

E na solitária praia acompanhada dum fiel amigo

Até as ondas, murmuram felizes, isentas censuras

Das brumas que são captadas com lente de abrigo

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Cidália Ferreira

16 -12-2019 - Reeditado.