No silêncio do tempo...

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O dia adensa-se e a brisa torna-se intensa
As folhas em branco vão ficando rabiscadas
Das mãos trémulas saem palavras apuradas
E da mente, cada sentimento compensa
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Soltam-se as palavras com esmero e atitude
E dos olhos molhados escorre a saudade
O lápis, vai desenhando em liberdade
Mas do tanto e nada junto a inquietude
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No silêncio do tempo que o sol viu terminar
Está a brisa, acompanhada do meu eu
Os dedos gelados que o tempo ergueu
E não deixam a minha mente desacreditar
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Nesta folha em branco que quero preencher
Haverá uma ilusão de outras leituras
Deixar vaguear a mente por outras loucuras
E rabiscar o improviso para se reconhecer.

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Cidália Ferreira