27 de fevereiro de 2016

Peço-te que me perdoes, se eu errei.

Sinto que meu coração gelou
Neste momento frio, tão duro
Sinto que minha felicidade acabou,
Existem palavras que matam
Magoam um coração que sofre,
Não sou exemplo por defeito
E meu maior defeito é sofrer
Neste duro sufoco, incontrolável,
.
Agora sinto-me à deriva
Sem chão, sem nada, desconsolada 
Sozinha sem o teu carinho
De coração triste, que mendiga
Apenas alguns momentos
Agora, as lágrimas invadem meu rosto,
.
Sinto que meu corpo assim morreu
Não faz sentido, sente a solidão
Que me devasta duramente,
Recordo as palavras que guardei
Que me fazem sentir infeliz
Como se no mundo estivesse só,
E assim se sente meu coração
Neste momento de gélido sofrimento
Peço-te que me perdoes, se eu errei.
***
Cidália Ferreira.

26 de fevereiro de 2016

Aceitei a rosa que me deixaste, num sonho

Aceitei a rosa que me deixaste, num sonho
Onde meu corpo te presenteou com ternura
Mostravas-te feliz em meu corpo, e risonho
Ias-te perdendo pelos trilhos desta aventura

Mimavas  meu corpo com  teus doces beijos
Procuravas os  recantos onde eu sentia calor
Sussurravas docemente tão louco de desejos
Em meu corpo deixavas pedaços do teu odor

Meu corpo deseja encontrar-se com o mundo
Nada me faz separar do meu eu tão profundo
Neste sonho tão louco, fizeste sentir-me viva

Aceitei com carinho a tua flor, fiquei rendida
Existem  momentos em que  fico enternecida
Por me despertares desejos e sentir-me activa
****
Cidália Ferreira.

24 de fevereiro de 2016

No silêncio da noite que chega

No silêncio da noite que chega
Anseio pelo novo encontro
Mas encontro o fascínio do sol
Emoldurado de tanta beleza
Beijando as águas em calmaria
Em forma de despedida
Deixando por instantes a natureza.
.
Nas orlas do seu esplendor
É o brilho do sol feito magia
Numa dança bem ritual
Por águas pouco agitadas,
Vai se embora em forma de flor
Para voltar num outro dia
.
No silêncio das nossas palavras
Olhamos as águas abençoadas
Que murmuram de alegria,
Deixamos vaguear sentimentos
Entre carinhos, desejos contidos
Neste local que floreio e anseio
O teu encontro, para me abraçar
Porque sempre te lisonjeio,
No silêncio da noite que chega.
***
Cidália Ferreira.

22 de fevereiro de 2016

A beleza está num olhar que observa o mar

' Foto minha '
A beleza está, num olhar que observa o mar
Espelhos que reflectem em sonhos de amor
Perfumadas ondas, calmas, com seu brilhar
No coração de quem observa seu esplendor

Serenamente, ondulavam  em minha  calma
Sentimentos libertados de um coração cheio
Do meu pensamento sai um estado de alma
Enquanto olho o brilho d'um sol que anseio

Elas vão e vêm, como rainhas mensageiras
Onde tentei  impedir lágrimas mais ligeiras
Que dizem tanto em momentos de reflexão

Recebo como calmante, o cheiro da maresia
Nesta caminhada onde a reflexão foi magia 
Nesta paz de espírito reforcei  meu coração.
****
Cidália Ferreira.

20 de fevereiro de 2016

Cai a noite em fresco lugar, sereno

Cai a noite em fresco lugar, sereno
Vagueiam sonhos em solitários desejos
Ondulam águas em misteriosos segredos 
Aragem, doçura, sonhos de maresia,
Acalma o tempo que outrora se revoltou 
Contra a natureza que sempre observou
Recantos escondidos, tristes sentimentos 
Que vagueiam por lugares tão frios
Fazendo do vazio, o aconchego 
Que se perdem em palavras de poesia.
.
Cai a noite, naquele lugar vazio
Meu amor não chega, o sol vai fugindo
O vento suave provoca arrepio
No sonho, onde vagueia minha mente,
Sobre o brilho dos copos que esperam
Pelo brinde que alguém sonha fazer
Esta demora pode ser tão cruel 
Quanto é, meu sentimento deprimente,
Na espera de alguém para satisfazer
Desejos meus, que quero realizar,
Neste lugar deixei mesa posta
Para o meu amor, quando chegar.
***
Cidália Ferreira.

18 de fevereiro de 2016

Procuro por ti durante intensa tempestade

Procuro por ti durante intensa tempestade
Em que meu  coração se sente mergulhado
Cruzo caminhos árduos de intensa saudade
Apenas tua ausência me deixa neste estado
.
Nas intensas águas, são remoinhos cruéis
Que levam vidas em  dolorosos momentos
Onde à natureza  tantas  vezes somos fieis
Mas neste estado continuam os tormentos 
.
Sobre ventos e tempestades eu não desisto
Teimosia minha, e só eu sei porque insisto
Mas meu coração dilacera por tanto sofrer
.
Continuo  procurando pelos pedaços teus
Apesar da solidão nunca  me digas adeus
Nesta tempestade sinto que te vou perder.
****
Cidália Ferreira 

16 de fevereiro de 2016

Espreitava a lua, em silêncio

Espreitava a lua, em silêncio
Enquanto alguém dormia
Escutava as estrelas, baixinho
Com meu coração sorrindo,
Sussurrava-me o que via
E me deixava nos olhos
Lágrimas de pura alegria
Por sentir-te feliz dormindo
Tua ternura parecia magia,
Em noite calma de lua cheia
Onde estrelas não perdem o brilho,
.
São estes momentos precisos
E as reflexões que me ensinam
Na calma escuridão da noite
Onde emoções se libertam,
Sobre ventos já afastados
Olho a lua e serenamente
Abro as orlas do meu coração
Que no silenciar das palavras
Fico até ao entardecer
Observando-te com emoção
Olhando a lua no meu silêncio.
***
Cidália Ferreira 

14 de fevereiro de 2016

Existem partidas que provocam dor, na alegria

Na minha  ingenuidade sinto o chão a fugir-me
Como  sem eira nem beira, deambulando por aí
Sobre saudosos momentos onde vou redigir-me
Ficar apenas  flutuando nos momentos que vivi
.
Deambulando sobre plumas de branca candura
Onde o teu ar tão puro enterneceu meu coração
Lembro com sentimento, tu és a minha  ternura
Aquela, por quem dou a vida, és  minha  paixão
.
Sinto  teu cheiro aveludado, guardo-o em mim
Fazes parte dos meus sonhos, tenho esperança
O teu sorriso angelical é o meu jardim em flor
.
Existem partidas que provocam dor, na alegria
Inexplicável será o sentimento, sem lembrança
Ao recordar que ao meu colo, te dei meu amor.
****
Cidália Ferreira.

12 de fevereiro de 2016

Cai a chuva, sem ter a noção...

Cai a chuva, sem ter a noção
Da melancolia de uma folha caída
Que entristece o mais forte coração
E num um olhar para um ser sem vida
Esperando o vento para seguir viagem
Mas perdeu a força, ficando à margem,
.
Vai caindo assim, desalmadamente
Levando o que encontra na frente 
Corre nas sarjetas como em poesia
Levando pedaços de tudo e nada
Mas por teimosia se agarra ao chão
Este ser sem vida, mas deprimente 
Esperando abrandar a sua passagem
A chuva, que seja apenas uma miragem
.
Cai fortemente, a chuva que entristece 
E me deixa caída na melancolia 
Sopra o vento zangado com a natureza
Deixando todo mundo em alvoroço
Não existem sorrisos, nada me alegra
Que o sol volte para minha alegria.
***
Cidália Ferreira

10 de fevereiro de 2016

Belos são os meus momentos...

Belos são os meus momentos
Que me embalam, acalentam
E exercitam meus sentidos
Que me levam a sonhar
Com o teu toque sensual
Provocando o arrepio
Por imaginar o carinho 
Das tuas mãos tão suaves,
E num ardente ritual
Deambulam sensações
Em meu corpo desnudado
.
Belos são meus pensamentos
Que me levam a suspirar 
Vagueando na nudez
Desejando o corpo teu
Perdido nas minhas curvas  
Procurando a fragrância
E os segredos escondidos
Nos recantos mais contidos,
São tão doces meus desejos
De me entregar com ganância 
E ser brindada com doces beijos.
***
Cidália Ferreira.

8 de fevereiro de 2016

O Sol foi embora, e a minha saudade despertou

O sol me abandona deixando na sua passagem
Revivendo emoções, apelando à minha calma
Murmúrios escondidos embelezam a paisagem 
Onde flutuam as orlas dum sentimento d'alma
.
No silêncio do sol que morre e volta a nascer 
Ficam segredos da nossa viagem, de saudade 
Quando recordada nos faz reviver e fortalecer
Laços que apertam em odes de cumplicidade 
.
O sol navegou nos rios, beijando as margens
Foi-se embora levou com ele suaves aragens
Ficando parado, o barco que nos transportou
.
Viajamos na beleza, olhares que nos fascinam
Em toda a paisagem há emoções que ensinam
O Sol foi embora e a minha saudade despertou
****
Cidália Ferreira

6 de fevereiro de 2016

Caminho sobre cruzada saudade, remexendo emoções


Caminho sobre cruzada saudade, remexendo emoções
Onde tantas e tantas vezes acabo perdendo a razão
Isolo-me de todo o mundo, dando voz ao coração
Sempre no meu eu, em estados de alma, sentimentos
Atenta a cada palavra dita, a inspiração tem teu nome
São tuas as lembranças, que tanto me inspiram a alma
.
Dançam palavras sobre o vento, que não vejo
Emudece meu coração, que chora sem se ver
.
Uma palavra amiga, um abraço no momento certo
Momentos de carência que me fazem entristecer
Aceitar um conselho teu, fez de mim o que sou hoje
.
Vivo num mundo cruel onde a razão é proibida
Imagino-te nos meus sonhos, onde tanta coisa escrevo
Dou tanto de mim sem receber e também erro, mas
Amor, lealdade, sentimento puro, meu coração não abdica
***
Cidália Ferreira

4 de fevereiro de 2016

Tocavas baixinho no teu tom tão romântico

Tocavas baixinho num tom puro, romântico
Enquanto pensamentos afloravam o arrepio
Olhava-te nos olhos, viajava no teu cântico
Meu coração sorria, sentia-se num rodopio

Dos teus dedos saiam as estrofes mais belas
Tocadas da forma  mais sensual, eu rendida
Aos encantos, e com tuas  palavras singelas
Me sussurravas, que nunca será a despedida

Dos teus olhos saiam calorosas expressões
Que me deixavam estática, pelas vibrações
Em meu mélico coração feliz e esfuziante

Tocavas baixinho, só para nós, tua  melodia
Orgulhosa,  enternecida, pensava  na poesia
Saída dos teus dedos, a beleza emocionante
****
Cidália Ferreira.

2 de fevereiro de 2016

Sopra uma brisa em solitários montes

Sopra uma brisa em solitários montes,
Espreita o sol que envergonhado
Vai aparecendo, fazendo sorrir
Ramos vivos que esperam florir
Sentem que existe vida a chegar,
Por entre montes, vales verdejantes 
O cheiro da brisa, saudável natureza 
Onde vagueiam segredos de amantes
Ansiando que o melhor esteja para vir
Espalhando esperança pelos horizontes,
.
Sopra a brisa em solitário coração
Entregue aos encantos da natureza,
Até as nuvens que parecem dançar
Nos raios de sol que querem espreitar,
Saltam sentimentos deixando saudade
Sobre as nuvens que seguem destino,
Solto meu grito,  ninguém me ouve
Só meu imaginário que é de verdade
O sol e a brisa, onde perco o tino
Ao vaguear por montes de inspiração
***
Cidália Ferreira.