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Tento erguer o meu pensamento
De degrau em degrau
Alcançar as dobras do tempo
Guardar as palavras mais vis
Fazer delas uma muralha sem fundo
Onde possa também recordar
Qualquer sentimento mais profundo
.
Degrau em degrau até alcançar o final
Aprender a subir, sem cair
E mesmo que haja um terminal
O cinzento tornar-se-á o alimento
Que a minha alma tanto almeja
Procurando neste refúgio
Serenar, o que de mim, fraqueja
De degrau em degrau
Alcançar as dobras do tempo
Guardar as palavras mais vis
Fazer delas uma muralha sem fundo
Onde possa também recordar
Qualquer sentimento mais profundo
.
Degrau em degrau até alcançar o final
Aprender a subir, sem cair
E mesmo que haja um terminal
O cinzento tornar-se-á o alimento
Que a minha alma tanto almeja
Procurando neste refúgio
Serenar, o que de mim, fraqueja
.
Tento erguer o que ainda me resta
Apago a sombra do tempo nefasto
Num contratempo que se manifesta
Onde, deste cinzento, eu me afasto
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Cidália Ferreira