31 de dezembro de 2017

FELIZ ANO NOVO.


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Com:
.
Paz
Amor
União
Saúde
Alegria
Partilha
Amizade
Harmonia
Esperança
Humildade
Sinceridade
Prosperidade 
.
E muito mais, é o que vos desejo para mais um ano que vai começar. Que todos possamos continuar a partilhar bons momentos de poesia e nem só. Sem vocês este "meu mundo virtual" não faz sentido. Se podia viver sem vocês? Poder podia, mas não era a mesma coisa!  Sejam felizes, hoje e sempre... FELIZ 2018

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Por motivos de ter a casa cheia na passagem de Ano e dia de Ano novo, regressarei a 2 de Janeiro. 

29 de dezembro de 2017

Leve brisa, renovadora.

Viajo em leve brisa que me instiga
Que me persegue, me leva ao limite
Faz variar o sentimento mais triste
Quando tudo o que eu quero agora
É tudo o mesmo que  me transmite 
Mas faz-me reflectir até me castiga
Num sentimento breve pela aurora
*
Quando a brisa é minha ebriedade
Minha inspiração, breve devaneio,
Sigo o rasto do vento, por lucidez
Com que me inspiro nesta solidão,
Num contratempo do vento alheio
Onde me abro, te dou meu coração
Para renovar o nosso amor, de vez.
****
Cidália Ferreira

27 de dezembro de 2017

Nem todos somos sortudos...

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O Natal já lá vai... nem todos o passaram como desejariam, como é normal acontecer. Nem todos lá chegaram. Nem todos viram um sorriso amigo, uma visita familiar. Nem todos receberam presentes. Nem todos tiveram uma mesa farta. Uma lareira acesa para se aquecerem. Nem todos somos sortudos, é uma realidade! 
Mas, temos que reflectir no que se pode fazer, a fim de contribuir para a felicidade de alguém, através de pequenos gestos. Cabe-nos a nós começar a mudar, nem que seja a vida de um alguém, que esteja ao nosso alcance.

Continuação de festas felizes.

24 de dezembro de 2017

Para vocês, que estão desse lado, Feliz Natal


Este ano, o Natal é passado em família, em minha casa. Com o meu Filho, Nora e neta. A Mana mais nova, Marido e filhos. Pois se passamos o ano inteiro sempre juntas, nos nossos almoços, não ficaria feliz se na noite de Natal não estivéssemos juntas.
Resultado de imagem para gifs feliz natal[A minha filha, marido e filhos, não estão presentes à mesa, mas, estarão certamente, na tela do meu computador...]

Não vamos entrar em exageros, apenas umas coisitas melhores, ou mais bem elaboradas. Pois sou, por natureza, cautelosa, pensando no enorme mês que vem a seguir. Espero ter, a casa quentinha, e a mesa com o necessário que nos faça entrar no espírito Natalício e com muito boa disposição.

"Deveria ser o Ano inteiro"...Desejo para NÓS, e para todo o Mundo: Paz; Amor; Harmonia; Fraternidade; Compreensão; Saúde; Fé; Honestidade; e que nunca nos falte a Esperança. Extensivo aos meus, e vossos familiares e amigos.

Nunca esquecendo daqueles que o destino colocou nas ruas gélidas, protegidos com cartões do lixo....sem um cobertor, "sem uma mesa..." Esperando sempre alguém que lhe possa dar uma simples sopa quente. Devemos reflectir a ano todo. Pois infelizmente, as associações (algumas) já não são de confiança. Triste!

Como o nosso Natal este ano, vai ser em família, cá em casa, vou tirar uns dias de "férias" do blogue. Mas, nunca esquecendo, que vocês existem, desse lado.

Para os meus visitantes, seguidores, leitores, e comentadores, dos quatro cantos do Mundo, desejo-vos em dobro tudo o que desejo para mim. 
Para todos, um Santo E...

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Cidália Ferreira 

21 de dezembro de 2017

Janela aberta, à Paz.

Abro a janela aos meus sonhos
Que são tão poucos, mas valiosos 
Não pedia mais, apenas um
Mas fica no sonho que espero,
Passa o vento mensageiro
E o sol para me aquecer, 
E nos momentos mais ansiosos 
Abro a janela, respiro 
Vejo o sol resplandecer 
Fecho os olhos, abro o coração
E confesso, que o meu sonho seria
Que todos pudéssemos, em oração,
Pedir paz para o mundo inteiro.
***
Cidália Ferreira.

18 de dezembro de 2017

Coração vagabundo em reflexão

Foto de Cidália Ferreira.
Passam as nuvens em reflexão constante
Iluminam as estrelas, algures escondidas
Entre denso nevoeiro, fim do dia distante
Dos olhares, meras palavras, desiludidas
*
Na aridez do ramos despidos, é tanto frio
Por amor, as aves partem, procuram calor
Como o coração quando sente um calafrio
Pela ausência do amor, e seu devido valor
*
A luz, a reflexão da minha ansiosa mente
O frio, balsamo que refresca a minha alma
Quando medito num sentimento, profundo
*
Passam as nuvens levando o sol, mormente
E sobre um denso nevoeiro que me acalma
Os sentimentos do meu coração vagabundo
****
Cidália Ferreira 

Entrevista em "Chá para Dois"

Pela primeira vez, tive o privilégio de receber o convite para uma entrevista, e sou sincera, não a daria, se não fosse à Diana Fonseca, do blogue [ A Vida de Diana  ] Uma moça da minha zona, embora longe, e porque, sempre me  despertou curiosidade  e por quem nutro um certo carinho... 
***********
D:. Conhecem pessoas com jeito para escrever, não conhecem? Mas, depois, há a Cidália Ferreira. Uma poetisa. Uma trovadora, de verdade. Uma senhora dos versos. A minha próxima convidada da, habitual, rubrica Chá Para Dois está desempregada há quase nove anos, depois de um terrível acidente de trabalho que quase lhe roubou a vida. E, sabiam que já conta com dois livros publicados? Eu sei que ficaram curiosos para conhecer a autora do blogue Coisas De Uma Vida. Então, continuem a ler... tudinho.

D.: Para ti, chá de...
C.: Cidreira.

D.: Qual é o teu blogue?
C.: O meu blogue é o Coisas De Uma Vida. Inicialmente, criei-o para escrever sobre coisas da minha vida, como o nome indica. Mas, a vida já é tão triste que resolvi "fugir". Não sei se sabes mas, há uns anos tive um acidente de trabalho. Ia indo desta para melhor. Graças a Deus, hoje, são só cicatrizes profundas. Gosto de falar sobre gastronomia também; sou tão bom garfo como cozinheira. Sou muito dada às tecnologias porque sou viciada na internet e no Facebook.

D.: Escrever, é uma paixão?
C.: Sim, é uma paixão. O que tenho está à vista no meu blogue. Dois livros lançados. Mas, sou sincera, se fosse hoje, só teria lançado a minha primeira obra agora. Acho que com o tempo me aperfeiçoei. E isso, deve-se a estar em casa e ter mais tempo livre. Mas tornou-se um vício, um vício bom.

D.: Conta-me... Qual é o teu maior sonho?
C.: Olha, não tenho grandes sonhos. Depois do meu acidente, aprendi a valorizar o pouco. Vivo com pouco. O meu sonho é ter os meus filhos bem na vida. E ver os meus netos crescer, saudáveis. Mas vou confessar, tenho um sonho impossível de realizar. A minha neta mais velha, com treze anos, é uma criança diferente. Não fala, não come sozinha, usa fralda e chupeta. Enfim, é um bebé grande. O meu sonho era ouvi-la falar... esse sim, era o meu maior sonho.

D.: O amor é...
C.: Melhor.

D.: A amizade é...
C.: Cumplicidade.

D.: A tristeza é...
C.: Solidão.

D.: Para nós, bolo de...
C.: Ananás.


Obrigada, Diana. Foi um gosto partilhar estes "pedaçinhos" com quem nos lê.
Sou eu: Cidália Ferreira 

16 de dezembro de 2017

Carta de aniversário.

Foto de Cidália Ferreira.
MARCELO!
16-12-2000 =17 Anos

Vi-te crescer na barriga da tua Mãe. Nasceste. Vi-te crescer. Visitava-te quase todos os dias, quando, ao fim de um dia de trabalho, quase era uma obrigação parar o carro para te visitar. Dei-te alguns banhos. Mudei-te as fraldas. E quando começaste a falar, algumas vezes dizias, e eu? Querias vir comigo. Mas quando começaste a falar, quando eras a luz dos nossos olhos, com a tua tenra idade (2 anos), foste embora, deixaste-nos... Mas foste para melhor. As saudades eram muitas. Sabes Marcelo, inicialmente, eu chorava de saudades tuas.../vossas. O teu Batizado, foi na minha casa, lembraste? Lembras pois! Oh se lembras...não falo em coisas tristes, sabes do que falo. Marcelo, lembraste quando foste ao mercado com a tua Mãe e, numa banca de plantas tu pegaste uma e “fugiste”, dizendo que era para a tia Cidália? Não imaginas que felicidade me deste. Essa planta durou muitos anos, era lilás....E muitas coisas mais.

Os anos passaram... Tu cresceste... parece mentira, mas já fazes 17 anos...Sabes Marcelo, és humilde, e um doce de menino. És o filho que, certamente, muitas Mães desejavam ter. (apesar de seres ainda um bocadinho infantil), é verdade. Mas não se pode ser doce em tudo, nem perfeito em tudo.
.
Sabes Marcelo; Não parece, mas és o meu/nosso orgulho. Tens uns excelentes Pais, que te educam para um dia não teres dificuldade em nada. Tu ajudas nas tarefas da casa...tu gostas de cozinhar, tu gostas de trabalhar. Não é bom ser assim, Marcelo? Agradece pelos Pais que tens. Nunca nos desiludas. Adoramos-te.

Sabes Marcelo, isto não é poesia, mas é prosa. Desejamos-te o melhor do mundo neste teu dia de aniversário. És o meu sobrinho (quase) perfeito. Felicidade, hoje e sempre.

Ass; Cidália Ferreira.
(Tios)

PS:  Esta carta em prosa, porque o Marcelo queria uma poesia. Ele nem sonha. Logo à noite, a mesma, ser-lhe-à  entregue em mãos, com a respectiva nota. Lol

14 de dezembro de 2017

Chove na minha alma.

Foto de Cidália Ferreira.
Chove lentamente na auréola da minha alma
Chove no jardim, onde havias resplandecido
O meu olhar já não te encontra e entristecido
Olha o chão, em pranto esquecido, sem calma
*
Chove no silêncio dos meus loucos devaneios
Molhando as páginas já escritas em esplendor
Apagando os rabiscos, os sentimentos de amor
Onde a chuva me fez despertar loucos anseios
*
Esperava um chapéu sozinho em chão molhado
Havia sido largado por um alguém apaixonado
Que não esperou a chuva passar e foi-se embora
*
Chove no meu coração, o réu deste sentimento
Como as goteiras entranhadas neste pavimento
  Entristecendo meu jardim, ao romper d'aurora.  
****
Cidália Ferreira.

12 de dezembro de 2017

Ilusório Sentimento

Foto de Cidália Ferreira.
Chamo-te, através das notas musicais 
Sobre as ondas do mar, que imagino
Beijando as nuvens douradas, sem rumo,
Foge o sol, cansado do dia
Esconde-se na noite que se aproxima
Onde deixo segredados sentimentos
Nas águas calmas, qual poesia
Onde canto e encanto, em pranto
Elevando a sedução imaginária
Desejando tanto ver-te chegar
E não voltar a perder-te, jamais
*
Soltam-se meus sentimentos sãos
Solta-se a minha vontade, de ti
Olho as águas e tão serenadas
Brilhantes, apaixonadas
Onde deixo cair com emoção
A lágrima que limpo com as mãos,
Ilusório momento em que te quero
Chamo-te através das notas que toco
Juntam-se as águas e as nuvens num só
Observam-me num sentimento sem dó
Onde te espera, meu apaixonado coração.
***
Cidália Ferreira

10 de dezembro de 2017

O meu medo...

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Ouço o zunido do vento que não olha a meios
Ouço os barulhos estranhos, folhas que voam
Olho e entristeço, medo dos ventos que soam
Levando consigo as folhas, deixando receios
*
Sente-se nas vidraças a chuva sem orientação
Exagerado medo, de enfrentar tal tempestade
Olham meus olhos, apavorados, sem vontade
De assistir...momentos entristecido da estação
*
Nunca estarei preparada para enfrentar o medo
Talvez o meu medo, seja  de mim, a coisa pior
Talvez as folhas na sua dança, sejam o melhor
Mas que se afaste este temporal e seu degredo.
****
Cidália Ferreira.

Feliz Domingo.

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Bom dia. 
Hoje, não me encontro na poesia...Talvez o medo esteja instalado dentro de mim, e por isso, desejo-vos a todos um excelente Domingo. Muita Paz... Serenidade e muita saúde para todos.

FELIZ DOMINGO

7 de dezembro de 2017

Cala-me esta voz que te sussurra

Foto de Cidália Ferreira.
Cala-me, esta voz que prenuncio,
Calam-me as palavras, os desejos
Os sentimentos que escondo
Os olhares que denuncio
Nos meus pensamentos vãos,
Cala-me esta voz que te sussurra
Palavras atrevidas em doçura
E no silêncio da vida desejada
Amar-te é prioridade, é felicidade
É a voz silenciada em lealdade
.
Não importa o que recebo em troca
Conheces a minha voz como ninguém
A intensidade, o puder que tem
Mas só tu a consegues calar,
Voz meiga, desejo intenso
Quando as palavras não consigo decifrar
É no teu beijo, que sempre penso,
Lê nos meus lábios sussurros de amor
Desejos que escondem meus dedos
Cala-me esta voz, com teu beijo, com fervor.
***
Cidália Ferreira.

5 de dezembro de 2017

Felicidade incompleta.

Se esta minha  felicidade fosse completa
Abraçaria o meu mundo com intensidade
Gritaria aos quatro cantos d'meu universo
Mostraria a vontade em felicidade repleta
Concorreria...com as mensagens em verso
Mostrando em desagrado alguma saudade
.
Se a felicidade fossem  sorrisos e flores
E o sol fosse os beijos que me consolam
Traduziam, o quando extasiada eu estou
Por poder abraçar de novo meus amores
Ainda que não possa abraçar quem ficou
Fica a promessa, nas palavras que voam
****
 Cidália Ferreira 

3 de dezembro de 2017

Sentes o febril do meu corpo que arde

Foto de Cidália Ferreira.
Nas águas que banham meus desejos
Onde os deposito em segredo
Ficam as marcas dos nossos abraços
E o perfume dos beijos
Que em segredo queremos dar,
Ilumina-me os sentimentos
Este sol que ofusca e aquece
Quando meus olhos entrelaçam nos teus
E o teu sorriso me ofereces
.
Sentes o febril do meu corpo que arde
Não de dor, mas sim de paixão
Sentimos o desejo na aproximação
Nas águas que nos banham aos dois
É o toque, o desejo, a paixão, a carência
É a alegria dos nossos corações
Saber que te tenho e que nunca é tarde
Para as mais lindas declarações,
Porque o teu amor, é a minha apetência.
***
Cidália Ferreira. 

1 de dezembro de 2017

Nesta noite gélida.

Nesta noite gélida, meu pensamento vagueou no frio
E pelas estrelas, que em noite escura me iluminavam
Quando meu pensamento vislumbrou uma luz no rio
Era o farol que me seguia, e meus medos amainavam
.
São as luzes, vindas da fortaleza de todo o meu amor
Qual farol, onde meu pensamento aconchegado, sorri
Na escuridão da noite, numa aragem gélida e sem cor
Vagueei pela imensidão das águas por onde me perdi
.
Existem faróis no meu caminho em reservado destino
Existe em mim, amor, quando um sentimento é o hino
Que me guia e acalenta a voz do meu solitário coração
.
Nesta noite gélida, esperei pela estrela guia, imaginava
Vagueando pelo rio, iluminado, a manhã se avizinhava
Mas o meu pensamento adormeceu em triste saturação.
****
Cidália Ferreira.

29 de novembro de 2017

Queria, nas minhas longas caminhadas

Foto de Cidália Ferreira.
Queria, nas minhas longas caminhadas
Poder escolher o passadiço, a companhia
Os locais, os recantos, na praia
Escolher as horas que me inspiram
As estórias que gostava de partilhar
Mas nunca sozinha,
E nos meus momentos de solidão
Nas manhãs frescas, e sorridentes
Conturbadas marés, insistentes
Como longo é o caminho que me leva
Aos recantos da inspiração
Por onde as ondas parecem caminhar
.
Queria, nas minhas longas caminhadas
Saborear o orvalho das manhãs
Sentir a brisa, do iodo do mar
De mãos dadas, contigo, com a vida,
Caminhar sem destino, vaguear
Mas o entardecer me fascina,
Existe um sol distante de mim
Enquanto o caminho se faz o sol me ilumina,
Belos são os momentos, inspiradores
Caminhando, pela manhã, mas ao entardecer
Fica a saudade dum caminho sem fim
E eu, deslumbro o imaginário até ao anoitecer.
***
Cidália Ferreira.

27 de novembro de 2017

Quando todo o mundo dorme...

Quando todo o mundo dorme, existe em mim solidão
Uma dor que me atormenta, nesta noite fria, chuvosa
Luzes que se acendem, outras se apagam e o coração
Arranja forma de descontrair deste noite tempestuosa
.
Quando todo o mundo dorme, olho a lua, apaixonada
Espelham as águas, serenadas, em noite de lua cheia
As estrelas desaparecem no meu sorriso, e encantada
Nesta solidão da noite me debruço na melhor plateia
.
As luzes que ainda permanecem acesas iluminam-me
As águas espelhadas, reflexos de beleza, inspiram-me
Enquanto o silêncio é arte, que meu coração agradece
.
Rabiscos, em noite de lua cheia, saem de meus dedos
Escrevendo o que pensam e libertando belos segredos
Quanto todo mundo dorme a minha alma engrandece.
****
Cidália Ferreira

25 de novembro de 2017

Silencio o meu olhar, ao anoitecer

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Silencio o meu olhar, ao anoitecer
Quando deambulo pelo mar 
Onde o sol me permitiu observar 
Contemplando o seu desvanecer,
Serenas, as águas, outrora agitadas
Por onde meu olhar navegou 
E me fez acreditar na sua essência 
Onde mergulha minha solitária alma
E sobre meu olhar entristecido
Que este silêncio tão bem guarda.
Fica a doçura da tua calma
.
Quantas vezes num olhar silenciado
Uma lágrima, um sufoco
E um coração magoado
E nestas palavras exclamadas 
Está uma certeza, um amor
Nas águas turbas, agitadas
Neste fim um pouco louco,
O sol se esconde ao entardecer,
Na profundidade do meu olhar
E todas as palavras, ditas, sem cor
As deixo, nas serenas águas deste mar
***
Cidália Ferreira 

23 de novembro de 2017

Sopra o vento em deserto de areias movediças

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Sopra o vento em deserto de areias movediças
Brilha o sol, a alvura  nos areais abandonados
Passam nuvens  dançantes, em marés mortiças
Onde outras tempestades afastam enamorados
.
Sendo a única  planta que sobrevive ao agreste
Raios de sol protegem dum destino aventurado
Que um deserto carrega num momento nordeste
Ficando por vezes o mais belo deserto marcado
.
Voam areias em sentido desnorte e em desatino
Sopra um vento procurado pouso, tão repentino
Onde amontoam areias por pequenos caminhos
.
Toda a beleza  peculiar merece a contemplação
O céu azul celeste é reflexo de qualquer emoção
Quando o vento é a fúria de grandes remoinhos.
****
Cidália Ferreira 

21 de novembro de 2017

Posso ser a última navegante...

Posso ser a última navegante
Por vezes incompreendida
Posso ser solitária, desmedida
Apaixonada pela vida
Sem transparecer, ser amante
Que um mar deserto acolhe
.
Posso ser sensível, durona
Por vezes fria, silenciada
O segredo escondido, a flor
Que desfolho em alto mar
Ser o desejo, o amor
Por onde desejo navegar
.
Posso ser a última navegante
Ser onda que se forma e se desfaz
E em momentos ser incapaz
De evitar a lágrima de aflição,
Posso ser dura, instigante
Mas de transparente comoção.
***
Cidália Ferreira.

20 de novembro de 2017

Banco vazio, cansado, sempre esperando

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Sobre um banco em abandono de estação
Caem as folhas de uma rotina em tristeza 
Coloridas, ressequidas, e sem a vegetação
Que todos querem, desta tão bela natureza
.
Banco vazio, cansado, sempre esperando 
Novas estórias, segredos, loucos amantes 
Que por ali passam, cansados, observando
O banco vazio, onde se sentam, delirantes
.
Quantas folhas esvoaçam, triste abandono
Quantas pessoas olham e anseiam da vida
Pelos  momentos, que a vegetação convida
.
Os beijos trocados neste banco sem dono.
As juras de amor feitas, e nada foi em vão
Neste banco vazio, onde outrora era verão
****
Cidália Ferreira 

19 de novembro de 2017

Bom Domingo

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Tudo isto é tão pouco perante aquilo que vocês merecem. Mas hoje, é apenas isto...Desejo-vos um  Domingo, de felicidade plena, junto que quem vos é querido.

Estarei em Família...

Beijinhos mil...

17 de novembro de 2017

Gosto de ti...e das tuas palavras exemplificativas.

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O dia levantou-se, comigo, sorriso nos lábios
Quis olhar o sol antes de nascer
Mas denso era o nevoeiro
Frio, de fazer estremecer
Tempo apenas para os mais sábios
Eu prefiro o tempo soalheiro
.
O dia nasceu senti saudades de te falar
De acariciar-te, com quem acaricia uma flor
De mostrar-te o meu sorriso
Que sente, que o teu calor
Me é na verdade, tão preciso
Como o sol, quando resolve encantar
.
O dia nasceu, eu preciso pedir perdão
Pelas névoas que passaram, tão negras
Não são de chuva, nem de vento
São apenas desabafos sem maturação
Desconhecimento infeliz das regras
Mas que uma mudança, quero e tento
.
O dia levantou-se, calmo e sereno, comigo
Esperei o nevoeiro passar, vi o sol sorrir
Aprendi, e barrei as coisas negativas
Porque o mais importante é viver contigo
As flores mais belas, somos tu e eu, a florir
Gosto de ti...e das tuas palavras exemplificativas.
***
Cidália Ferreira.

15 de novembro de 2017

Serenam as águas, quando meu desabafo liberto

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Na turbulência de um tempo que nunca desejei
Onde minha alma sofre de um passado, destino
Não será de arrependimento, e jamais rastejarei
Porque, existem momentos, em que eu desatino
.
Todas as lágrimas que já secaram por saturação
Deixaram um vazio de uma revolta sem retorno
Refugiei-me no meu mundo ilusório, uma opção
Que arranjei para refletir de todo este transtorno
.
Serenam as águas, quando meu desabafo liberto
Onde surgem as palavras do meu coração aberto
Quando existem momentos de pura  necessidade
.
Tudo será um passado, se o meu coração refletir
Tudo é perdoado, porque se não, estaria a mentir
  Mas de momento, sinto mágoa e muita ansiedade.
****
Cidália Ferreira

13 de novembro de 2017

Tenho medo do improvável

Foto de Cidália Ferreira.
Tenho medo...
Tenho medo do improvável
Dos dias nublados, ventosos,
Tenho medo da multidão
Do vazio
Das tempestades, da solidão,
Tenho medo, medo de te perder
Medo do meu acordar
De fazer sofrer meu coração,
Medo no nada, da desconfiança
Medo da minha  própria sombra,
.
Tenho medo das tempestades do mar
Do anoitecer
Medo, de poder ficar sozinha
E da tua pessoa, eu precisar,
Tenho medo de não ver o sol nascer
De ver teu lugar ficar vazio,
Tenho medo das coisas estranhas, anormais
Que não voltes mais
Tenho medo, medo da ingratidão
De ficar sem ti...e não me conseguir erguer,
Tenho medo...
***
Cidália Ferreira.

12 de novembro de 2017

Noite atribulada

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Dia atribulado na realidade d'meu viver
Onde não consigo ser diferente, do nada
Fico sufocada ao ver o sol desaparecer 
E volto à tristeza nesta noite atribulada
.
Silenciosos ramos secos e entristecidos
Silenciosa noite onde quero sobreviver
Momentos que jamais serão esquecidos
E meu pensamento espera poder-te ver
.
Na noite atribulada e lágrimas sentidas
Sonho de tristeza e alguma turbulência
Nesta noite terrivelmente mal dormida
Onde foi notável tua dolorosa ausência
****
Cidália Ferreira

10 de novembro de 2017

Olha-me, meu amor, e diz-me o que sentes.

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Dispo meu corpo de qualquer preconceito 
Dispo meu pensamento das agruras
Dispo-me sem pudor de qualquer defeito,
Meu corpo, teu alimento, teu desejo
Como pérolas que satisfazem as loucuras
.
Cobre-me de pérolas, desejos meus
Cobre-me de palavras, belas, sensuais
Cobre-me meu amor de carinhos teus
Atende aos meus insanos delírios banais
E não me digas que não, por favor
.
Quero sentir nos teus beijos suaves
Arrepios constantes, doces, cálidos,
Sente meu amor, a minha voracidade
O ritmo, a fragrância, a ternura
Que cada poro que transpira de verdade
.
Quando despida de preconceito, entrego
Desnudado, corpo meu, em liberdade
Isento de qualquer outra maldade,
Cobre-me de pérolas e teus beijos quentes
Olha-me, meu amor, e diz-me o que sentes.
***
Cidália Ferreira.

8 de novembro de 2017

São os raios de sol, pureza da terra, em esplendor

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Sendo única, em cumplicidade com a terra agreste
Destacada pela fresta, secura estrema, da natureza
Mesmo sendo tratada com gentileza, flor silvestre 
Não deixa de causar dor profunda, qual estranheza
.
São os raios de sol, pureza da terra, em esplendor 
É a chuva, tão desejada, que teima em não chegar
São as pétalas de flor, fonte de vida, mas castrador
Num ermo, onde não existe humidade. Triste olhar
.
São as fissuras a causa de tanta ansiedade humana 
É a água, o desejo, em oração sentida. Necessidade
Das fortes chuvadas em ermos que um olhar emana 
.
Sendo única em iminência, com partículas de secura
Beleza tão desejada, como a chuva, com assiduidade
Deixando a humanidade deprimente e na amargura.
****
Cidália Ferreira 

6 de novembro de 2017

Nesta noite em que a chuva deixou de cair

Foto de Cidália Ferreira.
A noite chega, sempre, de mansinho
Como chega a inspiração ao poeta
Que se fecha, reflecte, qual o caminho 
Que deve seguir para melhor meditar,
A noite chega, e os momentos de encantar 
São o silêncio onde se escutam  murmúrios, 
O brilho da noite, beleza do momento
O  silêncio em que observo calmamente
Mesmo que a noite me traga tristeza
.
Nesta noite em que a chuva deixou de cair
O brilho da lua encantou meu coração
A tua chegada seria a minha serenidade,
Mas a noite chegou de mansinho, e sozinha
Elevo o meu imaginário ao além
Olho o horizonte, recordo um alguém,
Meu olhos enchem-se, lágrimas, emoção
Nesta noite que me trouxe alguma saudade,
Onde em silêncio, me debruço, para reflectir.
***
Cidália Ferreira. 

4 de novembro de 2017

Em cada dia que nasce, és o meu raio de luz

Das lembranças que me acompanham na vida
Existem algumas,  de que não quero esquecer
Existem aquelas que me fazem feliz, atrevida
E com pensamentos mais ousados, estremecer
.
Em cada  dia que nasce, és o meu raio de luz
Quando anoitece, agradeço-te  pelo momento
Cada sonho que tenho é teu nome que conduz
Minhas lembranças, tão ricas, no sentimento 
.
Em cada  momento do meu  sorriso, desperto
As emoções  que meu coração  quer esconder
Porque existe um sol no  meu  sorriso aberto 
.
Das lembranças que ainda guardo, eu recordo
Momentos de pura ilusão e podem reacender 
Ao fazeres parte da felicidade quando acordo.
****
Cidália Ferreira.

1 de novembro de 2017

Na eminencia de poderes partir sem mim,

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Na eminencia de um dia poder ver - te partir
Como as nuvens que chegam carregadas
Onde a brisa é saudade, é mensagem,
São as folhas das páginas, já escritas
Esvoaçam pensamentos, lágrimas esquisitas
Quais nuvens que chegam, parece que choram,
.
Peço-te que não vás, para parte inserta
Imploro, que fiques neste cantinho pequeno
Que é meu coração, mas grande, por tanto sofrer,
Peço-te, como peço aos céus que me protejam
Que não vás, a tua partida faz doer
Como a saudade, que em meu peito aperta,
.
Na eminencia de poderes partir sem mim,
Deixa-me o teu coração para emoldurar
As tuas palavras de carinho para recordar
O som da tua voz que jamais irei esquecer
Porque existem momentos assim
Em que a saudade, antes de partires, faz enlouquecer.
***
Cidália Ferreira.

30 de outubro de 2017

Que cheguem as ondas em calma brandura

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Que cheguem  as ondas em calma brandura
Na manhã que chegou com denso nevoeiro 
E chegues, ao meu pensamento, porventura 
Em tempo que ainda se encontra  soalheiro
.
Que cheguem os ventos, te tragam de volta 
E junto, os salpicos da perfumada  maresia 
Onde os meus sentimentos se sentem à solta
Apenas porque ainda te espero, com cortesia
.
Que chegues de mansinho, qual mar sereno 
Que me beijes o rosto  com um sopro ameno
Onde teu  abraço é meu desejo em cadência
.
E nestes breves momentos da minha solidão
Meus  pensamentos vagueiam em exactidão
Esperando o momento da nossa irreverência 
****
Cidália Ferreira.

27 de outubro de 2017

Desassossegado sossego...


O tempo passa, meu pensamento não sossega
As folhas caem ressequidas,
Lá longe, as nuvens passam, desaparecem
O sol nem sempre brilha em mim,
Este tempo incerto desassossega o meu eu
Faz calor, eu sinto frio
Um frio no desassossego da minha mente,
O tempo passa, tu não vens
Ainda te espero, como quem espera a chuva
Como quem espera o impossível
Numa tarde de outono, imaginária, docemente, 
.
Neste meu desassossegado sossego, onde guardo
As recordações que me fazem sonhar
Onde tantas vezes as olhos, lacrimejando, 
Mas meu olhar distante, vagueia
Por entre folhas ressequidas onde penso
Que seria de mim, sem teu apoio
Imaginação minha, por tanto amar,
Neste desassossego, infindável, constrangedor
Onde vives dentro de mim, apenso 
Mesmo que tempestades surjam de vez em quando
Existe, em meu desassossegado pensamento, amor.
***
Cidália Ferreira.

25 de outubro de 2017

Sou apenas o sonho, que me desencaminho.

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Sou apenas,  um pequeno sonho, que vive 
Com as ilusões à flor da pele, e por magia
Atravesso o infinito procuro o que não tive
Abraço-me ao imaginário que me contagia
.
Sou a sombra do caminho que te persegue  
O carinho escondido que nunca te mostrei 
Sou o sonho imaginário de quem  consegue
Caminhar no suspenso, até que te encontrei 
.
As nuvens carregadas nunca serão tormento
Os caminhos  bloqueados são aprendizagem
Em cada sonho que vivo, és o meu alimento
.
Sou o sonho deambulando em teu caminho 
Onde nos cruzamos  a meio de cada viagem
Sou apenas o sonho, que me desencaminho.
****
Cidália Ferreira.

22 de outubro de 2017

Nestas águas navegamos lado a lado

Nestas águas perfumadas da nossa essência
Onde navegamos e nos olhamos serenamente
Trocamos sentimentos sem falarmos
Através do nosso olhar de inocência
Onde demonstramos uma intensa saudade,
Somos cumplicidade de uma vida
Onde tantas vezes nos entregamos à loucura
E nestas águas navegamos lado a lado
Acompanhados da carinhosa fragrância 
.
Este perfume que exala a flor de lotus 
Tem um sentido especial à nossa volta,
Alegram nossos dias, mesmo que haja revolta
Trazem recordações, sentimentos verdadeiros,
Podem passar as turbulências do momento
Podem as lágrimas escorrer, pouco importa
Podem as palavras, por vezes, amargar 
Mas se soubermos que estamos em sintonia
Não há nada que nos faça naufragar.
***
Cidália Ferreira.

19 de outubro de 2017

Deixa que chuva abrande, e olha-me no rosto

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Meu amor, deixa que a minha alma te ajude
Deixa que meu coração, em mim, te recolha 
Que a chuva  não nos  machuque, nem mude
Teu sentimento por mim. Lágrima que molha
Meu amor, és estrela que brilha na escuridão
E que ilumina meus pensamentos no silêncio
Ao cair da noite sinto-me no meio da solidão
Porque te vejo partir, e desistir, em suplício  
.
Deixa que chuva abrande, e olha-me no rosto
Diz-me que não desistes das agruras teimosas
Deixa que te ajude a superar esse teu desgosto
.
O tempo, e tudo o resto  deixam-me obstinada
Onde tantas lágrimas me caem e são ruidosas  
Meu amor, deixa-me ajudar, nesta caminhada.
****
Cidália Ferreira.

17 de outubro de 2017

Que a chuva chegue e abunde, e mate o ladrão.

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A chuva chegou, mansa, ao cair da noite
Onde é tão desejada, como nunca foi,
Seu barulho lá fora consolava os corações
De um povo que sofreu desilusões,
Olhando em volta, e apenas o negro
De um verde reduzido a cinzas
E o cheiro denso a terra queimada,
Porque tudo o resto, levou o inferno,
É abençoada num momento de pesar
Onde não existem soluções e vai continuar,
.
Lamentam-se, vidas perdidas precocemente 
Culpa, que ninguém quer assumir
Culpa-se a falta do tempo de Inverno
Que teima em não querer chegar
O tempo muda constantemente,
Ouviram-se gritos de puro desespero,
Teme-se que mais vidas se percam
Por erros humanos que não têm perdão,
Que esta tragédia nos faça reflectir
Que a chuva chegue e abunde, e mate o ladrão.
***
Cidália Ferreira

Foto de Maria De Fátima.

16 de outubro de 2017

Portugal em chamas...

Foto de Cidália Ferreira.
Foto tirada da parte de fora da minha porta.
Foto de Lena Nogueira.
Foto de Lena Nogueira.
Foto de Lena Nogueira.
Não queria estar a escrever isto, muito menos mostrar imagens que, para quem as vive de perto são verdadeiros momentos de terror. Mais uma vez escrevo de coração triste, abatido, cheio de "raiva", por existir ao cimo da terra gente capaz de tais barbaridades. Não chove à meses. As matas estão ressequidas. Existem poços onde a água é escassa e outros já secos. Ontem estiveram 34 graus na minha zona, ventos fortes, mais pareciam de tempestade. Estamos no Outono.  Por estes dias prevê-se chuva em todo o País, mas não creio que venha a tempo de salvar alguma coisa. Mais pessoas mortas por causa do fogo, casas ardidas, fábricas...Enfim uma catástrofe de mão humana.

Os Bombeiros estão esgotados, não chegam para as centenas de fogos que ainda existem  neste momento. 
Estas imagens que mostro foram bem perto de mim...

UM BEM HAJA PARA OS BOMBEIROS, GUERREIROS DA PAZ QUE LUTAM ESTE MOMENTO CONTRA AS CHAMAS.  "enquanto os assassinos andam à solta a gozarem o prato"
Foto de Cidália Ferreira.
Esta imagem foi uma realidade de ontem em Portugal: Vieira de Leiria.

Hoje é isto, a tristeza que sinto não me deixa escrever mais nada

Cidália Ferreira.

14 de outubro de 2017

Carrego no meu olhar a lágrima mais retraída

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Carrego no meu olhar, um amor incondicional
Como o carrego, no meu  coração, e não minto
Quanto digo que daria a vida de modo racional
Por ti, que vives em mim, mas sempre distinto
.
Carrego no meu  olhar a lágrima mais retraída 
Que se perde em palavras e agruras do destino 
Quando me escorre  na alma leva-me à recaída
Restando-me mendigar o teu amor, clandestino
.
Olho-te com meu olhar sufocado pelo desprezo  
E meu coração  num reboliço, que menosprezo 
Por sentir, que o sol dá lugar aos dias cinzentos
.
Carrego-te no meu coração para todo o sempre
Mesmo que não te olhe, mas quem gosta, sente
Quando se precisa dum ombro, sem julgamentos
****
Cidália Ferreira

11 de outubro de 2017

Sinto arrepio dos ventos que me ofuscam

Sinto arrepio dos ventos que me ofuscam
Das tempestades que se aproximam
Como águas agitadas em mar longínquo
Que vão e vêm num sopro do pensamento,
Quero tréguas de vento que me sufoca
Quero encontrar o caminho, destino maldito
Quero vislumbrar-te no meu horizonte
E andar sem destino, qual lágrima que escorre
Percorrendo meu rosto que se sente aflito,
.
Sinto o arrepio do meu corpo cansado
Lutando contra a corrente, desanimado,
Este nevoeiro dilacera meu coração
Faz-me soltar a lágrima de aflição
O mesmo que te levou, incerteza do porquê,
Corri, fui atrás de ti, implorei aos ventos
Que voltasses, mesmo depois dos tormentos,
Fracassados momentos para esquecer
E esperar, que os ventos levem o nevoeiro.
***
Cidália Ferreira