28 de abril de 2016

Sopra suave o vento nas águas paradas

Sopra suave o vento em águas ondeadas
No silêncio da tarde  quente que findou
O sol, aquecendo  as  marés  encantadas
Banha a paisagem que no sossego ficou  
.
As árvores revigoram na sua folhagem
A brisa sorri, momento que se observa
No local ninguém viu passar a aragem
Porque as águas tinham feito a reserva
.
Entre  ramos verdejantes, o céu dourado
Onde reflexos brilham em águas serenas
Quando  as observo em sentido figurado
.
E num passadiço alagado pela natureza
Passeio,  procurando as coisas pequenas
Pois são as que meu coração tem certeza
****
Cidália Ferreira.

26 de abril de 2016

Subi de degrau em degrau, mas caí

Subi de degrau em degrau, encontrei-te
Abracei-te com toda a minha força
Amei em silencio e sofri, 
Tentei continuar a subir, entristeci
Ao cimo das escadas o pior aconteceu
Fechaste-me a porta, chorei,
A noite chegou e esfriou
Desci os degraus tristemente 
Mandas-te-me embora tão friamente
.
Nos degraus continuei, em desespero
As horas passaram, fechou a noite
A porta continuava fechada
O meu coração tremia sem frio
As lágrimas caíam, soluçando
Do meu peito saia o grito mudo, revolta
Que gelado estava meu corpo sem ti,
Subi de degrau em degrau, mas caí
Perdi tudo aquilo, que vinha alcançado 
***
Cidália Ferreira.

25 de abril de 2016

Eles comem tudo.....Abril sempre...!!!

"Faça um clique para ouvir a musica"

Bom dia
Hoje, fico-me por aqui; É feriado, dia da liberdade, para alguns foi até "um exagero" ...A Liberdade foi de tal forma que, "eles" tomaram posse, comeram tudo e não deixaram nada...Deixaram sim, as dívidas para o Zé Povinho pagar, e quem mais sofre, são os que menos podem, claro. Eles safam-se sempre, não têm vergonha, andam como se nada fosse. Continuam a cantar de galo...continuam a comer tudo...E nós? Nós pagamos as asneiras que eles fazem, sem hipóteses de fugir!

Escolhi esta musica, que me parece bem oportuna . Original do nosso sempre lembrado, José Afonso, ou Zeca Afonso.

Desejo-vos um excelente feriado, e cara alegre... Como vai estar sol, menos mal...
Cidália Ferreira.

23 de abril de 2016

Convidaste-me para ver o pôr-do- sol, à despedida

Convidaste-me para ver o pôr-do- sol, à  despedida
Onde até as ondas acalmaram com a nossa chegada
A brisa sussurrava baixinho, mas tão  surpreendida
Ao presenciar nosso amor, silenciado na madrugada
.
Olhávamos mutuamente, os nossos rostos brilhavam
Sentíamos o esvoaçar das gaivotas, e nas entrelinhas
Está o esplendor  de um céu dourado onde bailavam
Faziam coro ao nosso amor, sendo elas  testemunhas 
.
A noite  chegava e com ela, as amenas  tempestades 
Nossas vidas eram  relembradas e sem adversidades 
Os nossos  corpos  sentiam-se  em  deslumbramentos
.
Convidaste-me com carinho, tão  desejosa, eu aceitei
Sentir o perfume do teu sorriso lindo,  sempre sonhei
Amar-te junto ao mar, e confessar-me aos sete ventos.
****
Cidália Ferreira 

21 de abril de 2016

Regressavam felizes as ondas do mar

As águas agitavam-se para nos ver
Os raios de sol aqueciam o momento,
Na brisa sentia-se o teu perfume
Esperava desejosa, sem pressas
Dando tempo ao tempo,
Queria voltar a saborear teu beijo
Aquele, dado em fugidio desejo
Onde ficou a vontade
Das tuas mãos, do teu corpo.
De tudo o que me desse prazer
Dar-te-ei meu carinho, sei que regressas
.
Regressavam felizes as ondas do mar
Quando nos viram chegar,
Nosso corpos desertos de saudade
Dos abraços dados em liberdade 
Ao som da nossa canção,
Sussurram os nossos sentidos
Embriagados do cheiro da maresia,
E nosso olhar tão divertido
Procura o beijo sem rejeição,
Nossos corpos pareciam magia
Uniram-se num só abraço
Atenuando a saudade do coração.
***
Cidália Ferreira 

19 de abril de 2016

Ao som do amor, das palavras de poesia

Ao som do amor, das palavras de poesia
Dançam enferrujados os velhos teclados
Sente minha emoção o encanto da magia 
Que se encaixam nos versos declamados
.
Entre agudos e suaves e outras sensações
E entre palavras de amor que me disseste
Ouço a tua voz tão muda  nas confissões  
Que me fizeste ao ouvido em tons de teste
.
Ao som da poesia que liberto  em silêncio
Tocas com carinho as notas  preferenciais 
São odes abençoadas tuas mãos angelicais
.
Sinto-me  felizarda, és a minha inspiração
Sinto que tua alma entrou no meu coração
Ao som das palavras de amor, que silencio.
****
Cidália Ferreira.

17 de abril de 2016

Viajei no tempo, com tempo...

Viajei no tempo, com tempo
Fiquei sonhando acordada 
Entrei em minhas memórias 
Encontrei-me lá sentada
Na soleira da minha porta
Esperando do sol, a magia
Olhando as flores perfumadas 
Que existiam no momento
.
E nas memorias do passado
Onde a sombra e o silencio
Me acompanhavam na espera, 
E no tempo de criança
Viajei na inocência 
Onde as flores eram esperança
E o sol minha alegria
Passando tão apressado
.
Quando acabou a viajem
Já não era mais criança,
Os anos passaram depressa 
A soleira já não existia
Mas ainda com perseverança 
E de coração ocupado
Olho as flores que ainda vivem
E dentro de mim são paisagem.
***
Cidália Ferreira

15 de abril de 2016

Cai desalmadamente e num som ruidoso...


Amanheceu tristemente e muito chuvoso
Sem o brilhar e o perfume da Primavera
Cai desalmadamente e num som ruidoso
Deixando-me descontroladamente severa
.
Sons insistentes que me invadem a calma
Quando num olhar não encontro a alegria
Cai fortemente, afectando recantos d'alma
Que tristemente  me vai roubando energia
.
Olhava a janela, sentia de mim um arrepio
E no silêncio, imaginava as margens do rio
Que se enchiam apressadas, sem contenção
.
Amanheceu o meu dia em perfeita lucidez
Tanta chuva, que me provocou embriaguez
No meu pensamento, acordando na solidão.
****
Cidália Ferreira.

13 de abril de 2016

Hoje sou apenas o espinho, a dor

Vasculhei em todas as gavetas 
Que existem no meu coração
Não consigo encontrar explicação
Para não merecer a luz do teu caminho
Tua voz carinhosa que falava baixinho
.
Não quero viver sem o teu carinho
Não vivo, sem lembrar que te desejo
Não vivo, sem que me dês teu sorriso
Não vivo, sem que perdoes meus erros
Não vivo, sem lembrar o nosso beijo,
E se vivo, é sem alegria, sem paz
E viver de coração triste, mendigando
.
Queria encontrar no meu coração
Momentos que me fizeram feliz
O beijo, que ainda hoje saboreio
Mas recordo de lágrima caindo,
De coração apertado e triste
Recordo, que já fui a tua flor
Hoje sou apenas o espinho, a dor
Sentimento este, que me deixa infeliz.
***
Cidália Ferreira 

12 de abril de 2016

Ouvem-se remoinhos, palavras frias...

Sopram os ventos em chão molhado
Cai a chuva sobre  meu pensamento
Agita-se o meu coração apaixonado
Que chora num  sufocado tormento
.
Ouvem-se remoinhos, palavras frias
Sentem-se ventos, que desaparecem
Como os pingos em  manhãs tardias
Caindo sobre os corpos que padecem
.
Lentamente  deixei-me cair no chão
Senti o quanto sofreu o meu coração
Onde  deixei lágrimas de  ansiedade
.
Sopram os ventos em corpo ansioso 
Qual remoinho que  passa silencioso
Onde fico num pranto sem liberdade
****
Cidália Ferreira.

10 de abril de 2016

Sinto que deambulo ao som do melhor beijo.

Deixei-me levar  ao som das notas musicais
Que  saiam das tuas mãos puras, silenciosas
No seu aveludado sentiam-se  tão preciosas
Quando satisfeitas ofereciam-me seus sinais

Deixei-me levar pelo sabor de um bom licor
Teus olhos negros embriagaram minha mente
Que enlouqueceu, olhando-te, tão docemente
Esta musica que me ofereceste tem teu sabor

Deixei-me  levar pelo  encanto do teu gosto
Teus  olhos doces e sedutores  me despiram
Teus  dedos e a sua sapiência não resistiram
Ao encanto de meu corpo, um sonho oposto

Deixei-me embriagar pela musica  do desejo
Olho-te, saboreio de ti as melhores melodias
Encantas-me  com teu olhar, notas fugidias
Sinto que deambulo ao som do  melhor beijo
****
Cidália Ferreira 

8 de abril de 2016

Queria fazer parte do teu abrigo

Queria perder-me, passear contigo
Sentir o perfume da tua presença
Onde o sol fosse testemunha
E a brisa fosse comigo,
Queria fazer parte do teu abrigo
Queria sentir-te na minha mão
Poder levar-te além do infinito
Pelas margens da nossa indiferença.
.
Queria passear noutros horizontes
Olhar as águas, poder-te dizer
Quão importante é este momento,
Sinto o pulsar do meu coração
Quando imagino tua mão na minha
Podermos olhar na mesma direcção,
Respirar a brisa em calma marinha
Em serpenteadas nuvens douradas
.
Pelas margens do meu querer
É meu silêncio puro desejo
Onde por momentos te espero,
Ouvem-se ecos do longo silêncio
E nas palavras soletradas, desespero,
Neste sonho tão meu, onde quero
Passear contigo, poder-te oferecer
Neste paraíso, o meu melhor beijo
***
Cidália Ferreira.

6 de abril de 2016

Corre apressada, quais palavras de mero acaso

Corre apressada, quais palavras de mero acaso
Corre sem  medos, que lhe roubem a liberdade
Corre límpida, pura, cheia  de luz e sem atraso
Corre sobre a pureza, a essência sem maldade.
.
Deambulam os ventos sobre meu pensamento
Ouvem-se as águas num murmúrio dançando 
Ouço ecos da tua voz, para o meu sofrimento 
Deixei sufocar as palavras que fui alcançando 

Um olhar sobre as águas  límpidas que correm
Deixo meus  sentimentos, que  nunca morrem
Olhando as águas e vejo o teu  rosto  sorrindo
.
Cai apressada, levando atrás as palavras soltas
Levando uma lágrima minha, não sei se voltas 
Ao meu colo, onde te espero, não estou fingindo
****
Cidália Ferreira.

4 de abril de 2016

Vagueiam sonhos em flutuantes desejos

Vagueiam sonhos em flutuantes desejos
Sobre as nuvens do meu pensamento,
Adornados são os tufos que ansejo 
Onde subi, e senti um flutuar,
Procurando os sonhos no seu florear
Renascem raízes que adormecidas
Brotam, em sentimentos de emoção
Pequenos nadas em grandes momentos
Onde alimento vivências vencidas 
.
Vagueiam sobre desejos do meu querer
A minha vontade de te agarrar
Quando te cuido a entrega é total,
Flutuas comigo em orlados sonhos
Onde teu corpo teima em ficar
Preso, ao meu pensamento angelical
.
Vagueando nos sonhos que anseio
Quais nuvens carregadas de emoção
Renascendo do nada como uma flor,
São sentimentos, puros anelos
São minhas mãos escrevendo amor
São os sonhos flutuando sem se ver
É vontade de alimentar meu coração,
São os teus carinhos, o meu jardim
Quais folhas que acabam de nascer,
Vagueares em mim tem outro sabor.
***
Cidália Ferreira 

2 de abril de 2016

Queria desejar-te os Parabéns..

Queria dizer tanta coisas mas não consigo
Queria mostrar, o  que  meu coração sente
Queria mostrar o valor  de um bom amigo
Que é verdadeiro, meu coração não mente
.
Queria agradecer a coragem  que me deste
Queria homenagear-te, no teu  especial dia
Queria brindar a tudo o que me concedeste
Queria cantar-te  os parabéns, com  alegria

Queria ser uma poetisa como me  ensinaste 
Queria  narrar-te um poema mas demoraste
Queria  mostrar  minha verdadeira amizade
.
Queria dizer  tanta coisa, mas tudo é pouco
Queria dizer-te que a idade não te faz louco
Queria desejar-te felicidades, com lealdade
****
Cidália Ferreira
Um brinde a ti..Outro à vida.

Parabéns, Ricardo

1 de abril de 2016

Feliz dia das mentiras.


Se tudo o que há é mentira,
É mentira tudo o que há.
De nada nada se tira
A nada nada se dá.
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"Fernando Pessoa"
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Não é por ser dia das mentiras.. Mas estou gripada e não consegui escrever nada. Amanhã é outro dia...E espero que, melhor!

Cuidado com as mentiras! Pode deixar aqui sua, lol

Cidália Ferreira