31 de janeiro de 2017

É a chuva, lágrimas do meu pensamento

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Enquanto vejo a chuva escorrer na vidraça
Meus olhos choram, tristes, desorientados 
Sinto, que à minha  volta reina a desgraça
Pelos pingos que  escorrem tão apressados
.
Neste cinzento a  minha vida faz sentido
Quando por  perto te  sonho e me entrego
Aos desvairos, meu imaginário escondido
Sonho meu, incompreensível, não o nego
.
É a chuva, lágrimas  do meu  pensamento
Que cai sobre mim, deixa-me em tormento
Neste vidraça molhada onde  vou esperar 
.
Mas enquanto  desespero pela tua chegada
Falta-me o sol e sinto-me  desaconchegada 
Neste canto onde a solidão acaba de chegar
****
Cidália Ferreira 

28 de janeiro de 2017

Espero-te, como quem espera a esperança

Espero-te, como quem espera a esperança
Das ondas do mar sem tempestade
Das gaivotas que caminham em liberdade
No silêncio do areal molhado,
Lugar vazio, talvez marcado
Onde te espero sozinha, esperançosa, 
Escrevo na areia as notas imaginadas
Onde nós dois temos afinidades
Como a música cantada mas silenciada
Deixando-me nesta espera, ansiosa,
.
Espero-te sobre imaginados pensamentos
Como melodia tem as ondas do mar
Formando versos, desejos de encantar
Num silêncio que desejamos ter,
As ondas abrandaram, as nuvens voltaram,
E nesta espera de melodia e desejo
O brinde levava-nos a um doce beijo,
Mas neste momento não te vejo chegar
Meu imaginário acordou e pensou,
A espera é a saudade, e o medo te perder.
***
Cidália Ferreira 

26 de janeiro de 2017

Noite fria, lareira acesa e coração apertado

Noite fria, lareira acesa e coração apertado
No sentimento, a culpa, uma lágrima caída
Nas chamas onde me aqueço estou retraída
Imagino o brinde no momento desesperado 
.
Em noite fria, meu pensamento atormenta
Preciso da tua chama  para poder respirar
Esta lareira, não é  mais  que um recordar
Das lembranças, onde a saudade aumenta
.
Imaginava-nos  assim num brinde caloroso
Onde as palavras fossem beijos silenciados
E os corpos sentissem o impacto afectuoso 
.
Mas fica apenas no coração de quem sofre 
Que entre chamas, tempestades e amuados 
Ficam sentimentos gravados  no meu cofre
****
Cidália Ferreira 

24 de janeiro de 2017

Senti que a tua voz beijou meu coração.

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Senti chegar o calor do teu abraço
Quando a tua voz me oferecias ouvir,
Imaginei-nos no silêncio do embaraço,
Senti uma vontade de correr ao teu encontro
Mostrar-te que meu coração tem mais luz
Quando ouve da tua voz, a sedução
Deixando-me saudosa ao insistir 
E lembrar os momentos de outrora 
.
Sinto que me confortas quando preciso
É teu carinho o bálsamo que me alimenta
Quando me encontro nesta dura solidão,
São tantas as vezes que me apetece desistir, 
Tua presença dá-me alento, dá-me força
Dá-me esperança, para o melhor que possa vir
Neste imaginário onde está minha ilusão,
Senti que a tua voz beijou meu coração.
***
Cidália Ferreira

22 de janeiro de 2017

Gela meu pensamento em sonho e delírio

Gela meu pensamento em  sonho e delírio 
Quando em tempestades se soltam desejos
Gelam os meus sentimentos, qual martírio
Neste mar  revolto onde  deixo os ensejos 
.
Correm nuvens negras em grande sintonia
Como brisa fria que se isola em meu rosto
 Cai gélida a chuva no momento de agonia 
Deixando meu corpo tão triste de desgosto
.
Gela meu corpo, delirio, sonho ou silusão
As águas espelham sentimentos tão tristes
Onde tantas vezes chego a uma conclusão 
Que tristemente ultrapasso os meus limites
****
Cidália Ferreira

19 de janeiro de 2017

Onde existe uma verdade. É a minha vida, uma sentença.

Foto de Cidália Ferreira.

Não havia frio, não havia perfeição
Não apareceram as aves para me consolarem,
Não havia sol, ainda, apenas uma frescura
Do silencioso amanhecer em meu corpo
Despido de nadas, ou talvez muitos,
Não havia ninguém para alegrar meu coração
Onde neste lugar te esperava por loucura
.
O sol acabara de nascer, meu olhar enterneceu
Ainda que fossem apenas uns raios espreitando
Meu corpo recebia-os como alguém que conheceu
E na memória do meu corpo as coisas foram ficando
.
Não havia frio, porque imaginava tua presença
Imaginava-nos rodeados, de flores silvestres, perfumadas
Ainda que o momento me faça lembrar com saudade
Aquela, que só tu sabes, porque sou a lealdade
Sou um corpo despido onde tudo é transparecia
Como notas musicais e poesias orvalhadas
Onde existe uma verdade. É a minha vida, uma sentença.
***
Cidália Ferreira

17 de janeiro de 2017

Neste murmurar a tua chegada é a recompensa

Foto de Cidália Ferreira.
Murmuram as ondas  naquele mar silencioso
Que me inspira, me leva a meras  divagações
Correm as  nuvens carregadas de recordações
Onde meu  sentimento é grande e tão saudoso
.
Na brancura da espuma que agita o momento
Sinto a brisa gélida no meu rosto, que espera
Com muito gosto porque a diferença tempera
Mesmo que os momentos sejam o isolamento
.
Murmuram as ondas que depressa se desfazem
Onde meu olhar se prende às areias, e reluzem
Por pensar que a minha espera pode ser intensa
.
Nesta espera entreguei meu coração ao destino
Senti um esvoaço, qual mensagem em desatino
  Neste murmurar a tua chegada é a recompensa  
****
Cidália Ferreira.

15 de janeiro de 2017

Coisas de uma vida. Saudade...

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Caminho, procurando atenuar a saudade
Os passos são meu alento que não causam cansaço 
Iluminas meu dia quando apareces de mansinho
São tuas palavras, o elixir, mas na verdade
A saudade permanece no meu peito que guarda
Sempre os melhore momentos que traçam o nosso caminho
.
Dá-me um sinal de ti, atenua a minha dor
Estás no meu coração noite e dia, qual flor,
.
Uma palavra tua, de carinho, me reconforta, são
Momentos de solidão onde tantas vezes anseio  
As verdadeiras palavras, podem doer, nada importa
.
Volta ao meu cantinho, tira-me deste tormento
Ilusão da minha mente que te espera com amor
Dou a vida, se preciso, para a tua protecção, 
Amando, de forma estranha. Coisas do meu coração.
***
Cidália Ferreira 

13 de janeiro de 2017

Ao entardecer...

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Quando ao entardecer  remexo sentimentos
Que me levam a vaguear por encruzilhadas
Soltam-se em pura  liberdade os momentos
Em que recordo as manhãs tão orvalhadas  
.
Ao entardecer esperava-nos um banco vago
Onde tantas vezes sobre as nossas emoções
Deixávamos os lábios se tocarem em afago
Mas o sol desapareceu e deixou recordações
.
Na esperança do sol voltar, num amanhecer
As árvores são o alento para não esmorecer 
Onde cada ramo são memórias de uma vida
.
Passe o tempo que passar, a saudade aumenta
Olho o banco vazio, o passado me atormenta 
Mas neste entardecer,  tua falta é tão sentida.
****
Cidália Ferreira

11 de janeiro de 2017

Nos dias cinzentos em que o sol não abre

Foto de Cidália Ferreira.
Nos dias cinzentos em que o sol não abre
Nem o meu sorriso se manifesta,
Apenas lembranças, palavras banais 
Aquelas, que fazem falta ouvir
Para que meu coração consiga sorrir
Em dias que amanhecem nublados 
Onde és o meu sol, e muito mais, 
.
Nos dias cinzentos em que te espero
Porque ao meu sentir fazes falta
Tal como o sol para me aquecer
Que não aparece quando mais preciso,
Cresce em meu corpo uma revolta
Por não conseguir fortalecer
A cumplicidade existente à nossa volta,
.
Nos dias cinzentos em que a tristeza chega
Estão meus olhos cansados de esperar
Talvez lacrimejados pelas lembranças
De outrora, que me traziam esperanças 
De coração cheio, quantos sentimentos, 
Era o sol que iluminava o meu ser
Agora, o cinzento do dia me desassossega.
***
Cidália Ferreira 

10 de janeiro de 2017

Vives no meu olhar, que tanto ama em segredo

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Alcançam mistérios e sentimentos em silêncio
Meus olhos, que te  oferecem pequenos nadas
São os gestos do olhar, reflexões apaixonadas 
Que se escondem  nas palavras que pronuncio
.
São tantas as palavras que te quero murmurar
Mesmo que entendas meus  gestos, nada chega
Ao desejo que sufoco, mas que me  aconchega 
Saber que ainda existes em mim, vai perdurar 
.
Vives no meu olhar, que tanto ama em segredo
Esvoaçam aves, mensageiras de tantos desejos
É brisa que acalma o mar revolto, doces beijos
Alguns dados no silêncio do meu olhar, a medo
****
Cidália Ferreira.

8 de janeiro de 2017

Maior Pai Natal do Mundo..

Foto de Cidália Ferreira.
Foto de Cidália Ferreira.

Como nem tudo se resume a poesia, decidi mostrar-vos, apesar da má imagem, o maior Pai Natal do Mundo, pelo segundo Ano em Águeda, a minha terra Natal...  A partir de amanhã já será desmontado.. espero que gostem... Este evento trouxe a Águeda muito visitantes..

6 de janeiro de 2017

És a chuva onde caminho com noção

Foto de Cidália Ferreira.
Esvoaçam folhas em chuva que cai
Sobre uma brisa silenciada,
Caem pingos, é minha saudade
Que fica guardada no peito, 
A chuva cai suavemente 
As folhas dançam em meu redor
A brisa suaviza-me o rosto
Trazendo à saudade, o teu jeito
E os pedacinhos do teu amor,
Quero. Quero encontrar-te outra vez
.
Caem as folhas, mensagens de vida
Sinal, de tantas vidas vividas,
Caminho, procuro-te, em reflexão
Quero entregar-me de corpo e alma
Ás emoções do meu sentir,
Entre ventos e folhas caídas
És meu respirar, a minha calma
És como as folhas que dançam na chuva
O colorido que me alegra, o elixir
És a chuva onde caminho com noção.
***
Cidália Ferreira.

4 de janeiro de 2017

Meu tesouro intocável. És o meu alento

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Caminhamos pelas veredas do desejo
Não importa, se de nós  querem falar
Eu preciso de sentir que  teu gracejo
Alimenta  meu coração, meu doce lar
.
Podem  roubar-me a alegria  de viver
Roubar até, o sorriso dos meus  olhos
Mas não  roubam o que me faz mover
Lembranças minhas  de tempos velhos
.
Caminhamos pelas veredas da emoção
Recordando tanta coisa, sem cobrança
E com teu jeito me falavas ao coração
.
Faço das veredas, inspiração, o alimento
Que me faz gostar de ti, és perseverança
Meu tesouro intocável. És o meu alento
****
Cidália Ferreira.

2 de janeiro de 2017

Deambulas comigo em pensamentos

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Deambulas comigo em pensamentos
Por céus misteriosos, estrelados, 
Deambulas em meu corpo que deseja
Abraçar o teu,  é minha carência,
És meu sonho, minha estrela maior
És a imaginação, o meu pormenor
De toda a minha grande vivência,
.
Deambulas comigo, são ensejos 
De ter nossos corpos entrelaçados
Em meus braços que carecem dos teus,
.
És o desejo que minha mente quer ter
A estrela que me guia o caminho
Até te encontrar em pensamentos meus,
Podermos estar em olhos nos olhos
Que falam tanto e deixam entender
Quão belo é o nosso carinho,
Quando somos união e prazer de viver.
***
Cidália Ferreira