29 de junho de 2022

Nas dobras do tempo...

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Tento erguer o meu pensamento
De degrau em degrau
Alcançar as dobras do tempo
Guardar as palavras mais vis
Fazer delas uma muralha sem fundo
Onde possa também recordar
Qualquer sentimento mais profundo
.
Degrau em degrau até alcançar o final
Aprender a subir, sem cair
E mesmo que haja um terminal
O cinzento tornar-se-á o alimento
Que a minha alma tanto almeja
Procurando neste refúgio
Serenar, o que de mim, fraqueja
.
Tento erguer o que ainda me resta
Apago a sombra do tempo nefasto
Num contratempo que se manifesta
Onde, deste cinzento, eu me afasto
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Cidália Ferreira

27 de junho de 2022

Ilusão da alma que guarda segredos de si

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Quando a alma da poeta se sente triste
Por algo irreal que não desejava passar
Mesmo que a chuva caia não se desiste
Da verdade, que a alma, quer preservar
*
Alma cinzenta, rodeada de inverdades
E ilusões, que os olhos transparecerem
Não há como mudar mentes e raridades
Quando na verdade de tudo se esquecem
*
Escorrem gotículas pela vidraça da vida
E numa transparência que já é silenciada
Pode ferir a alma, que se encontra dorida
*
Quando o olhar não se levanta, não sorri
Não consegue esconder a tristeza isolada
Ilusão da alma, que guarda segredos de si
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Cidália Ferreira

24 de junho de 2022

Pode chover sobre o tapete elegante

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Encantam-me as flores do campo
O cheiro da liberdade
A brisa peculiar da natureza
As lembranças,
E tudo o que pode parecer encanto
Deixa saudade,
Que ao fim de tantos anos, permanece
*
Até as nuvens escuras se pintam
De arco-íris
Venustidade em várias cores,
Parecem coisas de criança
Que no meu olhar se acalentam,
A liberdade é um ex-libris
Que enche de amor meu coração
*
Pode chover sobre o tapete elegante
E pelo meio eu andar perdida
Mas, perdida pelo bem querer
Procurando equilíbrio
Respirar saudável, mas ofegante
E numa grata despedida
Dançando ao som das flores, vou embora!
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Cidália Ferreira

21 de junho de 2022

A ilusão...

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Um perfume suave envolto num sonho
Um desejo ardente na pele que se eriça
Num momento, que outrora foi risonho
Uma noite dormida no silêncio que atiça
*
Uma vontade de acordar, sentir o cheiro
Um sonho envolvido numa alucinação 
O sono tranquilo, é um bom conselheiro
O sonho, é algo, que fomenta o coração
*
Uma vontade ávida de cheirar o perfume
E na pele macia depositar a sensualidade
Adormecer outra vez, e provocar o ciúme
*
Mesmo que os sonhos não façam sentido
O espírito engrandece com a tal liberdade
Numa ilusão que nunca se terá esquecido
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Cidália Ferreira

20 de junho de 2022

ATENÇÃO...SISTEMA


Como todos os amigos blogueiros já notaram, continuam a ir muitos comentários para o spam. Acontece-me comentar e certos blogues onde o comentário fica livre, e se lá voltar já não encontro o comentário. Peço que visitem diariamente o vosso spam. Por vezes podem até pensar que não são visitados (as). 

Uma dica importante; talvez, digo eu, para quem tem dificuldade em comentar, recorrendo ao anonimo. O sistema mudou. Quem não usar a Chrome talvez tenha mais dificuldade em comentar com o Nike. Para quem não usar, aconselho que baixem este motor de busca, coloquem o mail adiram ao vosso blogue através da chrome. Pode parecer confuso mas não é. Já 3 pessoas a contar comigo o fizeram e resultou. A maioria deve saber e estar corretamente. Alguma coisa disponham.

Cidália Ferreira. 
Tenham um Domingo Abençoado. 🌹

18 de junho de 2022

O silêncio é testemunha da realidade

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Observando as ondas tão exaltadas
Numa noite amena, de luar intenso
Permanece um murmúrio propenso
Em todos os recantos e madrugadas
*
Observando uma bela noite de luar
Numa cintilante e formosa simetria
Deixando, um olhar, preso à poesia
Tal como a textura das ondas do mar
*
O silêncio é testemunha da realidade
A beleza é sinal de qualquer natureza
E mesmo que a água mostre a firmeza
O cuidado, faz parte, da humanidade
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Cidália Ferreira

16 de junho de 2022

Dia mundial do vento.

da net

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Comemora-se, o dia mundial do vento
Do vento bom
Daquele que sopra com jeito
Daquela brisa que em jeito de sussurro
Vai... leva... e traz,
Os aromas da natureza, a alegria
A magia das flores que se desfolham
E que se deixam guiar pelo vento
*
Mas o vento, pode ser mau e ser bom
Pode destruir o que a Natureza tem
Ser, a amargura de todos e de ninguém
Porque só o vento tem esse dom
*
Mas vamos falar do vento com leveza
E esquecer os tempos nefastos
Não há coisa mais bela que um leve sopro
Fechar os olhos e desfrutar do momento
A Natureza é inexplicável, clamorosa
É uma caixinha de surpresas
É gratificante sentir o vento no rosto
Como é bom falar dele com leveza.
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Cidália Ferreira

14 de junho de 2022

Emoções esvoaçando no areal...

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Numa quimera de emoções positivas
Soltam-se pequenas, grandes estórias
Parecem labirintos entre as memórias
E da alma se soltam as mais decisivas
.
É num ambiente de alegria, e desejo
Que o meu olhar enternece de emoção
O tempo traz de tudo à minha ilusão
É o que alimenta o meu gentil gracejo
.
Tudo o que a memória de bom recorda
Mesmo, que sejam pequenos instantes
Existem momentos únicos, alucinantes
.
Nesta quimera a minha ilusão acorda
Olho em volta e num paraíso celestial
Sinto as emoções esvoaçando no areal
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Cidália Ferreira

11 de junho de 2022

Quando um olhar se sente perdido

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Quando um olhar se sente perdido
Quer olhar e não vê, não sente
Nem ofusca o horizonte
Mas, apenas, um sinal na mente
Faz despertar um outro sentido
*
Um sentido que é tão verdadeiro
Como sério e lacrimejando
No olhar, um sofrimento
Que a alma vai almejando
Quando sente a vida por inteiro
*
Quando um olhar é a única verdade
Que se pode mostrar sem mentir
Mil sensações ficam suspensas
Até um arrepio se pode sentir
Num olhar profundo, de lealdade!
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Cidália Ferreira

8 de junho de 2022

Rodeada de sonhos impossíveis ...

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Sonhava subir a montanha, mas não sozinha
Sonhava não ficar tanto tempo neste silêncio
O silêncio onde o ruído da multidão caminha
Deixando rasto da própria vida, que vivencio
*
Sonhava ocupar uma mesa com desejos meus
Escrever várias páginas duma estranha vida
Se uma lágrima caísse seria o incómodo adeus
E me abalava, no sonho, da vida entristecida
*
Sinto-me, tão rodeada, de sonhos impossíveis
Receio não ser capaz de acordar, para reviver
As emoções esvoaçando nos recantos imóveis
*
São estranhas as montanhas, assim desnudas
Onde o frio, o sol, e a brisa, se podem antever
Nos sonhos que são filhos das palavras mudas
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Cidália Ferreira

5 de junho de 2022

Não quero o silêncio nem a solidão...

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Sinto-me, na melancolia da vida
Lembrei-me, que a idade passa
E tantas coisas, ainda, por viver
*
Lembrei-me de alguns momentos
Outros tempos tão bem passados
Mas agora, o tempo, é muito curto
*
Por vezes, o sol brilha, não o vejo
E já nem corro atrás das ilusões
Porque a melancolia é madrasta
*
Não quero o silêncio nem a solidão
Não quero palavras frias, de ouvir
Não quero ser a pedra do caminho
*
E nesta melancolia que me tolhe
Existem sentimentos que se esvaem
E existe uma alma que se recolhe
*
Ainda, que as palavras, sejam vãs
Algumas ferem tanto como punhais
Mas, tempo cura, também fortalece
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Cidália Ferreira

2 de junho de 2022

Ergui as mãos para o céu e conferi


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Ergui as mãos para o céu e conferi
Que todas as nuvens eram brancas
Não foi por acaso, mas, não menti
Que as comparo às pétalas francas
*
Sinto que o tempo é um amigo fiel
Como as flores são puras, ao olhar
E embelezam no tempo mais cruel
Numa passagem por outro patamar
*
Mas, ergui meu olhar, fiz um pedido
Para que as pétalas não envelheçam
Que tudo na vida, tenha, um sentido
E as flores brancas não desapareçam
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Cidália Ferreira