E pronto, no dia 12 ficou concluído
finalmente o meu processo sobre o meu acidente já não era sem tempo.
É triste quando sabemos a
diferença entre um acidente de trabalho e um acidente de viação, ou mesmo a
desvalorização da idade.
Claro, se tivesse 30 anos recebia
bem mais… se tivesse sido um acidente de viação, também, até a roupa me
pagavam, mas são assim estas leis tristes em Portugal.
Por um lado fiquei “feliz” de chegar
ao final de um processo que se arrastava à 4 anos e meio.
Fiquei com o direito de exigir
uma consulta de Psiquiatria trimestralmente, tal como o creme que uso para
hidratar desde o acidente…isto pela sentença do tribunal.
Desloquei-me em 14 de Janeiro aos
balcões da seguradora, onde me ficaram de dar uma resposta essa semana, até
hoje… Teve que intervir o meu Advogado.
Onde lhes foi dito que, a tal
consulta será atribuída, mas ao final de um ano da data da sentença, pode? Só
em Portugal!!
É claro que o Advogado vai estar
atento à falta de “comparência das obrigações para comigo” por parte deles.
Mas acreditem que neste momento
correm-me as lágrimas, é como se não tivesse recebido nada, preferia que me
pusessem como eu era dantes… Chego à conclusão que o dinheiro não é tudo…Porquê?
Porque me falta algo para ser
feliz.
Dinheiro não me traz felicidade, embora seja muito importante!
Não me julguem, por estar a falar assim em tempo de crise...Apenas é a revolta do meu coração... Preciso de ajuda...
Nada paga o sofrimento que passei, e o que a minha cabeça ainda não consegue esquecer, muito menos a exposição.
Apesar de que o mais importante é estar viva! Mas, sem gosto.
Bom fim de semana.
Ass: Cidália Ferreira