31 de maio de 2015

Deixo que a minha alma vagueie

Deixo que a minha alma vagueie
Acompanhada pelo brilho do luar
E o escuro silencio me presenteie
Com salpicos de afagos a atenuar
.
Sem ruídos nem aves a esvoaçar  
Nem presença de algo para sorrir
Que encha meu coração ao adoçar
Momentos, em que me deixo cair
.
No silencio de todas as tempestades
A lua testemunha de tantas verdades
Que guarda no seu baú em reflexão
.
Não deixo que minha alma se apague
Nem que o nosso silencio se propague
Quero de volta a luz ao meu coração.
****
Cidália Ferreira.

29 de maio de 2015

Não sei se fuja se fique.

Não sei fuja se fique, se me abandone 
Não sou capaz de suportar o amargor
Não sei quem sou nem de onde venho
Não me reconheço neste duro ciclone
Não merecerei a luz do dia que tenho
Não sou digna, a alegria me consome
Neste turbilhão, sentimentos sem cor
.
Cai a lágrima, quando eu podia sorrir
Entre paredes e máscaras de demência
Pensamentos que fluem sobre tristeza
Das pulsações de um coração ao sentir
Tempestades, gotas da minha carência
Não sei se fique escondida, chorando
Mas não esqueço, que estou amando!
***
Cidália Ferreira

28 de maio de 2015

Deixo que mates tua sede

Deixo que mates tua sede
Em meu corpo nu, sedento 
Por tuas mãos, teus carinhos
Por teus sussurros meiguinhos
E por teu calor corporal,
Deixo que bebas de mim
O meu mel, meu sentimento
Toda a sede de momento
Do meu corpo tão carente
Desnudado em frenesim,
Deixo-te, comigo beber
Deste copo sedutor
Que contem um bom licor
Para nos embriagar
Desta sede que nos mata
E não nos deixa viver
O que há de lindo, no amor
***
Cidália Ferreira.

27 de maio de 2015

Segundo aniversário...


Hoje, o dia é vosso!
Passaram dois anos... e cada vez mais estou viciada neste, que é o meu terceiro filho que amo de coração.

Inicialmente abri o blogue com a ajuda de uma grande amiga, (Margarida) e o apoio de outro grande amigo, (Ricardo-águialivre). Mal escrevia, tinha apenas meia dúzia de poemas guardadas, mas fracos, a abertura do blogue foi mais uma aventura e curiosidade... cheguei a questionar-me se tinha capacidade de alimentar este blogue, confesso que me passou pela cabeça, fechar...tal não aconteceu.

Fui escrevendo, algumas coisitas idênticas a poesias, fui adquirindo seguidores, fui "crescendo"... fui fazendo as minhas visitas, tinha sempre o cuidado de retribuir visita, tal como ainda faço hoje, assim como o fazem comigo.

"Tinha/ tenho um grande poeta como meu maior critico, pela positiva, sim fez-me crescer no "mundo da poesia"" Sou-lhe muito grata.

Mas, os maiores responsáveis desta minha felicidade são vocês, que me são fieis desde inicio, juntamente com quem vai entrando que, com muito carinho recebo. Sinto-me com a responsabilidade de escrever para vós as melhores poesias, mas nem sempre acontece... uns dias mais tristes...outros mais alegres... uns dias melhores outros mais fracos...assim como há quem goste e quem não goste.

Mas uma coisa é certa, não tivesse eu leitores carinhosos, assíduos e "amigos" como tenho, este sucesso não seria possível... Os resultados estão à vista

[Mais de 235.000 visualizações e 431 membros e DOIS LIVROS, em dois anos... é super fantástico.]

Por isso hoje agradeço de coração a todos os que me visitam, principalmente a quem tem a paciência para me comentar, e estão sempre comigo aqui...O MEU MUITO OBRIGADA...

Se eu podia passar sem o blogue? Poder podia, mas não seria a mesma coisa.

PARABÉNS A VOCÊS...
Cidália Ferreira

26 de maio de 2015

Deitada na minha cama.

Deitada na minha cama, com esperança
Acompanhada de nada, mas com ilusão
Recordando toda a minha  insegurança
Ansiando o momento a dois, de coração
.
Pintei uma imagem na parede do quarto
Eras tu, meu anjo, meu grande protector
Dizer que não vivo sem ti, nem descarto
Este sentimento, és tu, minha grande dor
.
Espero no recanto dos meus pensamentos
Vestida de sedução para nossos momentos
Em que nos desejamos, mas que tu evitas
.
São desejos, em que minha alma vagueia
Sonhos coloridos, meu coração presenteia
Deitada na minha cama, só tu me excitas.
***
Cidália Ferreira.

25 de maio de 2015

O dia acabava sobre um sol dourado

O dia acabava  sobre um sol dourado
Que ao longe se apreciava e escondia
Nas nuvens que mostram serpenteado
E efeitos como carantonhas de um dia

E fazem-nos apreciar com gentileza
Os recantos, que oferecem o carinho
De um sossego desejado na natureza
E nos acolhe, mostrando o caminho

O dia acabava sobre um sol dourado
Que nos deixava loucos, enternecidos
Nos recantos, o ambiente apaixonado
Onde nos amámos loucos, enfurecidos.
****
Cidália Ferreira

23 de maio de 2015

O vento soprava.

O vento soprava
Fortemente em meu coração
Que frágil, murchava
Como flor em seca extrema 
Que se sente machucada,
Sem vida, sem nada,
Meu coração tombou sem força
De lutar contra tempestades,
O vento soprou fortemente
Levou-me o gosto de viver
Deixou-me o desgosto 
De não conseguir lutar 
Contra fraquezas, afetos
Que guardava num só lugar
Que o vento agora levou,
Até um pedaço de mim
O vento tirou,e deixou
Meu coração a sangrar.
***
Cidália Ferreira

22 de maio de 2015

O dia era de alegria e passava

(foto da net)
O dia era para ser de alegria e passava
Na minha solidão diária, que ia lendo 
As mensagens lindas que emocionava
O meu coração que triste vai vivendo

Coisas na vida que não fazem sentido
Como na inutilidade que me encontro
Quando este dia seria para ser  vivido
Esperei e fiz da ilusão o desencontro

Pouco importa o que faço, o que digo
Se o meu destino é caminhar sozinha
Pouco importa se é alegria ou castigo

Se o meu coração vive triste até carente
Fica olhando o horizonte pela noitinha 
Vai esperando com a saudade eminente. 
***
Cidália Ferreira

21 de maio de 2015

Cinquenta e dois...

Hoje oferecia-vos um poema
Mas não o consigo escrever
Não sei como sair deste dilema
Nem sei se mereço que me venham ver
.
Queria tanto recuar no tempo
Para recuperar o que perdi
Mas também gosto do momento
Em que escrevo só para si
.
Hoje é dia de festa para mim
É mais um ano para agradecer
Ofereço o bolo e um txim txim
Para si.. para ti...e para quem vier ler
.
Queria tanto escrever poesia
Mas não consigo rimar
O melhor é beber, aquecer o dia
Porque o momento é de festejar

Cidália Ferreira

20 de maio de 2015

Nesta janela de esperança.

Numa tarde em que esperava
E da minha janela te olhava
Com um olhar sobre a saudade,
Rodeada de pensamentos
E sentimentos, pura fragilidade
Meu coração faz balanço
Faz-me pensar, recordar
Mas recusa-se a perder 
A Pérola que nele entrou
Que inocentemente amou,
É tão puro o sentimento
Que me faz acreditar
Em cada dia que amanhece,
Nesta janela de esperança
Vejo o sol brilhar para mim
Mas quando a noite aparece
Fecho a janela e penso 
No momento em que te espero
E o amor acontece.
***
Cidália Ferreira.

19 de maio de 2015

Alma amarrotada

Uma lágrima que amarrota minha alma
Sentimento tão profundo, jamais sentido 
Momento em que o coração não acalma
Sobre as rugas de um amor esmorecido
.
Abro a alma, deixo entrar o sentimento
O meu peito sente a falta da tua imagem
Que me acompanha na dor, no tormento
E que se afasta, sem rasto de passagem
.
Cai a lágrima sobre as palavras amargas 
Deixam marca e minha alma em chagas
Pela ausência que me deixas, sem acção
.
Não mais consigo viver sem o teu calor
Sinto a alma vazia, triste, a sofrer de dor
Sentimentos.. de um amarrotado coração
***
Cidália Ferreira.

17 de maio de 2015

Andava perdida na noite.

Andava perdida na noite
Pelas ruas desconhecidas
Algures, sem a noção
Se havia gente, talvez não,
As luzes não acenderem
A lua mudou de cor
Eu fiquei imaginando 
Como seria o meu amor,
Sim, aquele que procurava
Nesta noite apaixonada,
Escura mas iluminada
Acompanhada de alguém
Que enfeitava meus sonhos,
O meu amor, que não via
Mas a lua me dizia
Que além ele me olhava
E eu, feliz acordava.
***
Cidália Ferreira

16 de maio de 2015

Por lindos campos de searas te procurei

Por lindos campos de searas te procurei
Deixavas o rasto do teu perfume sedutor
Aquele, que por carinho um dia eu te dei
Para te identificar ao longe, pelo seu odor

Vestia um longo e fino vestido de cetim
Cor apelativa ao nosso amor, esquecido
Por campos me perco, esperando assim
Pelo amor, que anda muito adormecido

Abanam as searas com os ventos alegres 
Cai a tarde, e as nuvens sorriem algures
No descampado, enfeitiçado pela beleza

Corria sozinha pelo campo em esplendor
Procurando, pelo perfume do meu amor
No meio das searas...e por ti fiquei presa.
***
Cidália Ferreira

14 de maio de 2015

Vou remeter-me ao silêncio!

Vou remeter-me ao silêncio
Refugiar meus sentidos,
Minha dor, os meu tormentos
Minhas ilusões de momentos
Até sentimentos de culpa
Coisas que um coração
Não explica nem esquece,
Vou-me refugiar-me de tudo
Em qualquer canto, sei lá
Onde o ambiente seja mudo
Talvez no mar que me aprecia
Me dá força e energia
Com seu frio que me aquece,
Vou remeter-me ao silêncio
Das palavras ditas frágeis 
Que provocam tanta lágrima
Onde as coisas não são fáceis
Por falta de alegria.
Ficarei no meu silêncio 
***
Cidália Ferreira

13 de maio de 2015

Na leveza dos meus pensamentos.

Na leveza dos meus pensamentos
Tenho guardado junto ao coração
Pessoas que a vida em momentos
Meteu no meu caminho de feição 

És a leveza onde eu quero pousar
Como borboleta suave que ousou 
Escrever nas folhas para assinalar
Abrindo caminho por onde passou

Deixei os rastos da minha alegria
Coisas que na vida não se apagam
Saudade de quem para mim sorria

Teus simples gestos, tua delicadeza
Palavras carinhosas nunca acabam
São as qualidades que vi na Teresa
***
Cidália Ferreira
Uma amiga enviou-me estas imagens, para que me inspira-se.
Fraquinho, mas foi o que saiu.
 Obrigada, Teresa Claro.

12 de maio de 2015

Cobre-me de pérolas em palavras que gosto.

Cobre-me de pérolas em palavras que gosto
Sussurros ofegantes, em pensamento oculto
Corpo atraente e adormecido, mas composto
Pelas tuas belas rimas que fazes neste vulto

Fosse pérola encantadora dos pensamentos
Que me invadem neste meu corpo demente
Que espera o encontro de puros sentimentos
Nesta solidão, onde o meu coração se sente

Cobre-me de pérolas, as palavras doces tuas
Deixa que teu corpo me aceite como eu sou
Recebe do meu corpo as minhas partes nuas
Caricias em sonhos meus, é tudo o que te dou.
***
Cidália Ferreira

11 de maio de 2015

Naquele lugar sereno.

Naquele lugar sereno
O meu olhar era calmo
O pensamento ia longe,
Meus desejos  recordava,
E o mar, que na sua calmaria
Se mostrava meu amigo,
Até a pura maresia
Eu respirava contigo,
Procurava um momento
De paz, tranquilidade,
Mas no meu triste olhar
Existia um brilhar
De quem tenho em pensamento,
Ofereci ao meu coração
O cheiro da brisa suave,
Meus olhos tristes olhavam
Para além dos horizontes
Enquanto águas dançavam
E no meu triste pensamento
Meu coração se fechava
Por sentimentos pendentes.
**
Cidália Ferreira.

9 de maio de 2015

No momento em que te quero agradecer

No momento em que quero agradecer
Não encontro as palavras que guardei
Para te oferecer mesmo ao entardecer
Não importa o local, mas fiel te serei

Quase não sei porque cheguei até aqui
Quando meu grito queria que ouvisses
Meu desespero, pensar que fico sem ti
Sem que antes, meu coração  sentisses

Neste momento que te quero presentear
Com meu abraço, e o sol a testemunhar
Saiu do meu imaginário um grito mudo

Grito aos céus, mostro o quanto te quero
Neste precipício sem medo onde espero
Pelo momento, de te agradecer por tudo
****
Cidália Ferreira.

7 de maio de 2015

O nosso pacto.

Fizemos o nosso pacto 
De nossas vidas paralelas
Diante do o sol e o mar,
Com o segredo guardado 
Nas águas serenas e límpidas
Que balançam sem desaguar,
Sorriem nossos corações 
Que nunca se sentem sós,
E no borbulhar destas águas 
Ondulam odes de felicidade
Que jamais se apagarão
E ficarão para a eternidade,
Brilha o sol em nossos rostos
E num olhar enternecido
Unem-se os pensamentos
Em duas vidas paralelas,
Agitam-se as águas pendentes
Como braços que se unem
Num simples gesto, que é o teu
Neste pacto que fizemos
Para sempre, tu e eu!
***
Cidália Ferreira

6 de maio de 2015

Cobrem-se os céus de nuvens misteriosas.

Cobrem-se os céus de nuvens misteriosas
Esperam-se as tempestades ao anoitecer
Nas areias húmidas da praia, tão briosas
Como as ondas nos beijam ao entardecer

Na calmaria, as tempestades obedecem
Ao amor, que no areal se vai perdendo
Pelas ondas que apreciam e antecedem
Os carinhos apaixonados, acontecendo

Como brisa que suavemente se mostra
Tocando o nosso rosto com a meiguice
Dum abraço amoroso de quem se gosta

São as ondas testemunhas deste amor
Que acalmam os céus, que num ápice
Faziam dos seus mistérios, esplendor
***
Cidália Ferreira

5 de maio de 2015

Levaste-me por teus caminhos.


levaste-me por teus caminhos
Onde o silencio e a paz
Fazem parte do teu mundo,
Neste sitio tão profundo
Onde imagino teus beijos
Recordando nossas promessas 
Feitas ao nascer do sol,
Não há vento, não há frio
Quando eu só penso em ti,
Levas-me no pensamento
Pelos caminhos incertos
Onde nós dois com saudade 
Confessamos os anseios
Que nos tocam de verdade,
Teus caminhos, minha ansiedade
Que recebe do sol o alimento
E aqueço meu corpo sedento,
Contigo sempre caminho
Pelo teu mundo em silencio
No mais preciso momento.
***
Cidália Ferreira

4 de maio de 2015

Corria uma brisa sobre meu corpo embalado

Corria uma brisa sobre meu corpo embalado
Num baloiço, da imaginação do meu querer
Meu corpo apaixonado neste sitio imaculado
Sobre aragem do deserto onde eu quero viver

Espero que o baloiço me traga o momento
E me presentei-e mesmo com o impossível
Nem que para isso te faça o meu juramento
De esperar neste canto onde tudo é possível

Nesta vida embalada e de coração apertado
Vou-te procurando na aragem que me segue
Nesta meu baloiçar de imaginário excitado

Como brisa que sopra meu corpo esquecido
Quando existe um sentimento que nos ergue
Torna meu baloiçar, puro amor, enternecido.
***
Cidália Ferreira

3 de maio de 2015

No Silenciar das estrelas.

No silenciar das estrelas
Onde a noite caía sem medo
Meu coração triste, pensava
Nas palavras fatais do momento
Que arrancaram pedaços de dor
Num sentimento em segredo,
Escutando a chuva cair
E no silencio das minhas palavras
Ouvem-se goteiras apressadas
Qual sentimento de amor,
Sozinha perdida na noite
Penso nas lágrimas que verti
E nos momentos duros que vivi,
Escorre a água pela vidraça
Fecha-se a noite em desalento
Choram meus olhos em desgraça,
E neste meu mundo em silêncio
Escuto a chuva que cai,
Contigo no meu pensamento.
***
Cidália Ferreira.

1 de maio de 2015

És a minha flor de Lotus.

Por lagos enfeitados das flores mais lindas
Nos perdíamos num olhar de amor eterno
Pelo ar, fragrância das flores eram vindas
Para encantar o nosso momento tão terno

Flores que sussurram, alegria à nossa volta
Em águas paradas por segredos  guardados
Nos recebem sorrindo e negando a revolta
Dos carinhos partilhados dos apaixonados

Saltam rãs em coro, aparceirando em festa
Libertando alegria para quem se manifesta
Abrem as flores, que nos recebem sorrindo

És minha flor de Lotus, és meu momento
És o encanto, o perfume, meu sentimento
Sussuros que liberto... o amor vai fluindo.
***
Cidália Ferreira