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Tantas memórias habitam em mim
Tantas roupas costuradas pela Mãe
Tantos vestidos às flores, era assim
Que todas iguais, vestiam, também
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Trapos reutilizados. Os sacos de pão
Roupas desfeitas em tiras. Tapeçaria
Tardes de convívio não havia solidão
Outras coisas, que dos trapos se fazia
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Aprendia-se costura como actividade
Donas de casa. Mãe, avó e costureira
Mulher madura, aspeto, d'outra idade
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Não havia preguiça para dar ao pedal
Nem outra máquina tão trabalhadeira
Que aquela... E jamais faltava o dedal
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Cidália Ferreira
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Muita coisa poderia escrever sobre esta foto. No meu tempo de criança, era a minha Mãe que nos fazia as roupas. São memórias boas para desfolhar. Com as poucas posses que haviam, comprava um rolo de tecido (acho que tem outro nome) e todas vestíamos de igual. Lembro-me que a minha Mãe aproveitava a hora de sesta para costurar, enquanto, ouvia também na rádio, o Romance (radionovela) Simplesmente Maria. Quem se lembra? Aquela hora era sagrada. Tive também o privilégio Dela ter feito os lençóis para o meu/nosso enxoval... As mulheres - (algumas) - iam aprender costura, mas a minha Mãe aprendeu sozinha, apenas via em casa duma madrinha. Apesar da vida dura que levava nas terras, a costura era o momento em que ela se sentia relaxada... Tantas, e tantas coisas haviam para falar sobre esta imagem. Tantas memórias boas. Tantas peças de roupa de interior e exterior... O hábito perdeu-se.
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De forma muito simples, é com gosto que participo na interação com o blogue da Marta Vinhais. do blogue "Com Amor" Participem também! __________ Bom Fim de semana 🌹🌹
Ambas lindas,foto e poesia...Doces memórias!
ResponderEliminarCidália,e3ssaq imagem nos fez viajar me memórias mesmo!Adorei a poesia e tua prosa ao final. LINDA participação! bjs,chica
ResponderEliminarSim, também me lembro da minha Mãe a costurar, a apertar, a fazer a bainha das saias e dos vestidos das filhas mais velhas para vestir a mais nova. Aproveitava-se tudo e tudo servia para uma boa tarde de conversa...
ResponderEliminarObrigada por me lembrar esses tempos felizes, calmos... Adorei o poema; muito obrigada....
Beijos e abraços
Marta
Também era a minha mãe que me fazia os vestidos. E recordo-me dessa radionovela, sim. :)
ResponderEliminarRecordações são vida passada
ResponderEliminarTantas vezes chorada
Outras em perfeita exaltação
Mas sempre como lembrança
De quando se era criança
Que ficam gravadas no coração
..................
Parabéns. Gostei muito do poema
Bom fim de semana
Beijo
São memórias de outros tempos que nos faz bem recordar....
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Que belos tempos e memórias
ResponderEliminarParabéns pelo excelente poema
Beijinhos e bom fim de semana
Boa tarde Cidália,
ResponderEliminarUm poema belíssimo que me transportou à infância. Também era a minha mãe que confeccionava as roupas para as sua três filhas.
Boas memórias desses tempos.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Que bonitos recuerdos los que nos dejas, es cierto que antes hace años las madres a parte de ser madres eran muchas más cosas, enfermeras, maestras, costureras y esta foto es increible ..
ResponderEliminarMuy buenas tardes y feliz mes de Agosto.
Tempos que também vivi e que ficaram gravados.
ResponderEliminarOs nossos tempos de meninos ainda hoje nos alimentam
Que lindoooo😍😍
ResponderEliminarMe fez lembrar da minha infância... Três irmãs mais novas todas vestiam com a mesma cor, estampas e modelos...
Parabéns!
Maravilhoso poema!
Eu ameiii
♥️♥️♥️♥️Um grande abraço fraterno cheio de paz e bênçãos
Oi Cidália,
ResponderEliminarEu fui criada pela minha tia: era cozinheira. Tempo bom que não se trancava a casa e, sozinha tomava banho, colocava meu uniforme e ia para a escola.
Saudade do meu tio que ia nos buscar à noite no emprego da minha tia. Ele me levava de cavalinho, tamanho era seu amor por mim. Ele vivia a pensar em mim. Deixou tudo que tinha pra mim, não joguei fora, apenas usufruo.
E uma enorme saudade!
Sua postagem veio a "calhar".
Sua linda poesia me fez recordar...
Beijos
Lua Singular
Que imagem mais encantadora.
ResponderEliminarNossa,voltei lá na minha infância.Minha máe também costurava as nossas roupas,exatamente assim,meu pai comprava o fardo do mesmo tecido.E ninguém reclamava.
Beijos
Obrigada! Obrigada por me ter feito recordar memórias... memórias dessas.
ResponderEliminarBateu uma nostalgia...
um beijinho
Boa noite, minha mãe também fazia minhas roupas, memórias de grande valor que guardamos com carinho.
ResponderEliminarQue o mês de agosto nos traga coisas boas. Bom fim de semana. Bjs.
Es bonito recordar. Recordar es volver a vivir. La memoria es la huella del.akma. un beso muy grande
ResponderEliminarBelas memórias...Lembro-me da novela simplesmente Maria no inicio da minha adolesçencia. Bjos
ResponderEliminarBoa noite nobre amiga. Quanto tempo hein. Espero que esteja cheia de vida e transbordando amor e lindas pérolas poéticas. Essa foto, veio até meu coração como mensagens de humildade, e da lembrança de um tempo inocente. Nossa, emocionado aqui. Vamos costurar, boas lembranças.
ResponderEliminarGrande abraço,
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/
Com amor, tudo flui, a vida acontece prazerosa.
ResponderEliminarUm abraço. Tudo de bom.
A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.
OI Cidália, linda foto e lmbranças. A minha mãe não costurava, mas a mãe de uma amiga, muito amiga, costurava e fazia roupas para mim também. Sempre que eu ia na casa dessa amigas nós brincávamos na máquina para fazer roupas para as bonecas. Eu adorava o movimento do pedal. Linda a sua poesia cheia de lembranças.
ResponderEliminarbeijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook / Pinterest
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBoa noite de sábado, querida amiga Cidália!
EliminarTão bonito e sentido!
Reminiscências nossas que fazem bem recordarmos. Alimentam a boa saudade.
A que faz bem...
Fomos preparadas para sermos mantenedora do lar e sabermos muitas coisas a respeito do bem cuidar dele.
Costurar fez parte da minha vida e até fiz um curso de corte e costura na adolescência.
Não me dediquei por não ser preciso, mas gostei e sei o básico, se precisar.
Em casa, houve a troca do pedal para motor bem depois
Usei os dois quando mocinha.
Muito genuíno seu poema. Uma criação de fundo de alma
Parabéns pela participação!
A minha está aqui:
https://www.poesia-espiritual.com.br/2020/07/um-patio-refrigerio.html
Tenha um ótimo domingo!
Olá querida Cidália!
ResponderEliminarLinda sua participação neste desafio, com esta torrente de lembranças renascidas de uma terna imagem.
O que o tempo fez e marcou uma vida plena de atividades e curiosidades, que despertadas geravam aprendizado e ou por necessidade de um tempo do nem tudo estava pronto.
Uma bela inspiração e construção amiga.
Um bom domingo de feliz semana com paz no coração.
Beijo amiga.
Grato pela presença sempre incentivadora.
Que habilidosa era a sua mãe!! Boas lembranças!
ResponderEliminarBom fim de semana!
Que hermoso poema. Me trae recuerdos esa foto, y aqui en mi casa, tengo la maquina de coser de mi madre como herencia y en la cual yo me enseñe a coser............ Que lindos recuerdos amiga. Saludos.
ResponderEliminarMemorias de outros tempos em que tudo era aproveitado.
ResponderEliminarFantástica a fotografia.
Um abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Boa participação, com muitas lembranças em detalhes. O passado nos desperta e nos faz avançar com garras novas...
ResponderEliminarBom domingo. ABÇ
Poetisa, Cidália Ferreira !
ResponderEliminarFeliz de quem possui essas lembranças...
São passado. amor, carinho e tudo mais !
Parabéns !
Uma ótima semana e um carinhoso abraço,
aqui do Brasil !
Sinval.
Uau, que bacana! Me trouxe uma lembrança amorosa de minha avó. 🤗
ResponderEliminarEu vim desejar um ótimo domingo! Descansando ou divertindo-se que seja abençoado. Beijo GRANDE! 💋
Boas recordações num belíssimo poema.
ResponderEliminarNão tive a sorte da minha mãe costurar os meus vestidos.
Beijinhos
Tudo tem mudado, quase nda é como era,
ResponderEliminarpois, haviam coisas boas mas não tudo
calças esburacadas sinónimo de miséria
era naquele tempo, porque, agora é luxo.
Belo poema gostei de ler, amiga Cidália, tenha uma boa tarde de Domingo. Bjs
Que bela recordação. A minha avó que costurava algumas coisas pra mim.
ResponderEliminarBig Beijos,
Lulu on the sky
Memórias boas....
ResponderEliminarBom domingo.
http://www.opecadomoraemcasa.pt/
Revejo-me nas tuas palavras.
ResponderEliminarBeijinhos Cidália
Cidália é maravilhoso poder recordar bons momento da vida da gente, maravilhosa a recordação bjs.
ResponderEliminarhttp://www.lucimarmoreira.com/
Eu recordo-me era que me faziam os vestidos à medida, disso recordo-me bem.
ResponderEliminarE claro, aprendi a fazer tudo em casa, mas os meninos não, eram tratados (e ainda são, estão mal habituados) eram quase reis.
Beijocas
A verdade é que, nestes tempos, já punham em prática a política dos 7R's e pouco ou nada se sabia de poluição, efeito de estufa, buraco do ozono...
ResponderEliminarTempos que a minha mãe associa a muita miséria, mas a muita alegria e interajuda.
minha tia costurava. todas faziam trabalhos manuais e aprendi alguns. nunca mais fiz e não me sinto mais habilidosa nem vontade. brinco q foi em outra encarnação. acho q vc vai amar o filme histórias que só existem quando lembradas. acho que vai se identificar. e concordo com o título. as histórias só existem se as contamos. amei a postagem e conhecer um pouco da sua história. beijos, pedrita
ResponderEliminarAplaudo a sua participação, Cidália
ResponderEliminarMe emocionei!
Um carinhoso abraço
Verena.
Olá querida Cidália!
ResponderEliminarQuando li seu poema bateu nostalgia recheada de uma grande dosagem de amor!
Abraço forte!
E que a saudade seja sempre sua guia!
Megy Maia🌈
Que lindo!
ResponderEliminarAdorei o poema e o texto!
Também eu venho de família de costureiras. A minha avó e as minhas tias avós também aprenderam em casa, sozinhas, já a minha mãe foi aprender costura, mas conta-me que perdeu o medo de talhar com uma tia.
Lindo este seu gesto de homenagear as mulheres da sua família e da sua infância!
Beijinho grande e boa semana com muita saúde!
e se eu lhe disser que ainda há uma máquina de costura igual na casa em Coimbra?
ResponderEliminarSinger, era a máquina da minha avó.
Bjs, boa semana
Uma memória linda e que me trouxe também bonitas recordações. Quando era pequena, era a minha mãe que fazia os nossos vestidos ( meus e de minha irmã 3 anos mais nova e claro que eram iguais!).
ResponderEliminarBjn
Márcia
Coisa boa desfolhar memórias não é minha querida! Acho lindo demais! A vida passa na frente dos olhos de uma forma singular!! Adorei o projeto, vou lá conhecer!
ResponderEliminarBeijinhos!
Que lindo esse poema! É tão bom recordar nosso passado, né?
ResponderEliminarBeijo.
Cores do Vício
Tão bom recordar, lindo poema e foto. Gostamos muito!
ResponderEliminarBeijos amiga
Uma feliz e incrível semana para você ♥
VOU ARRASAR BLOG
A imagem e o poema tocou profundamente meu coração e as lembranças, imediatamente, afloraram. Parecia estar vendo minha mãe na máquina a costurar para dar vida digna a gente.
ResponderEliminarAbraços fraternos!
La foto y la poesía me traen al igual que a ti muchos recuerdos de mi niñez.
ResponderEliminarLa radio novela que mencionas también recuerdo escucharla a mi madre y mucha mas gente, en España también la recuerdo en formato de fotonovela.
Saludos.
Uma doçura de foto e de poema também!!
ResponderEliminarA minha mãe também costurava, fez várias coisas para mim e para outros, fez lençóis para o meu primeiro filho!
Adorava saber costurar, mas o medo é mais que muito, até tremo só de pensar que posso partir uma agulha ou alguma peça da máquina!!
Beijos e abraços.
Sandra C.
Bluestrass
Tanto a foto como o poema, são fabulosos!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Que lindo Cidália querida
ResponderEliminarLindas memórias.
Beijos
Ani
Adorei Cidália!Minha mãe também costurava para o povo de casa e essa foto também me trouxe memórias muito boas! Hoje em dia eu só compro roupas prontas nas lojas,mas tenho uma costureira pra fazer ajustes se necessário!Bjos!
ResponderEliminarMARAVILHA!!!!
ResponderEliminarAbraço de parabéns, Ci!
Olá minha amiga! Quanto tempo. Estou de volta as ondas blogueiras e voltei poeticamente :-) Assim além de um abraço imenso estou a te convidar a participar do 11º Pena de Ouro, decidi reativá-lo, pois neste momento de clausura nada melhor que colocar a mente para funcionar, topas brincar? Não querendo faz uma visitinha no meu novo Ostra só para conhece-lo, ok! Beijos ♥ Eis o link https://ostra-da-poesia2.blogspot.com/
ResponderEliminarOlá Cidália,
ResponderEliminarA minha Mãe tem 82 anos mas nunca costurou para nós, nem nos ensinou a costurar :(
Lindíssimo poema dedicado à sua infância e aos momentos felizes que viveu.
Beijinhos
Uma belíssima participação.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Essa foto me lembra minha infância e agora que estou sentada naquela cadeira, talvez meu filho que agora se parece comigo no passado
ResponderEliminarQue lindo poema, Cidália!
ResponderEliminarQuantas lembranças da minha mãe a costurar à máquina!
Bjs
Bom dia Cidália. Você fa parte de um círculo de muitos amigos em comum. Seus escritos são profundos e poéticos. Gostaria de convida- la para estar entre nós no dia 09/08 quando celebraremos 11 anos do meu blog pensandoemfamilia. Deixo aqui o link do convite. Será um prazer tê-la entre nos, lançando ao universo bons fluídos.Bjs
ResponderEliminarhttp://pensandoemfamilia.com.br/blog/roda-de-celebracao/
Que belo soneto, que nos leva âs memórias de outros tempos.
ResponderEliminarAdorei a imagem!
beijinhos
:)
Uma bonita e saudosa evocação do passado, afinal não tão distante assim, onde já se praticava a reutilização e reciclagem de materiais, hoje em dia tão aconselhada.
ResponderEliminarAbraço poético.
Juvenal Nunes
Uma participação super emocionante, na qual me revi em alguns aspectos... recordando cenas de infância e de juventude... e das habilidades para a costura... da minha mãe, e avós materna...
ResponderEliminarGrata por também a mim, ter feito viajar no tempo! Adorei o post!
Beijinhos
Ana
A minha mãe também ouvia o Simplesmente Maria. Falou-nos sobre isso e como era
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