Sou como um rio, tão cheia de nada

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Sinto que sou um rio de emoções

Quando julgo meus pensamentos

Que se afundam nas recordações

E afloram nos meus sentimentos

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Sinto-me um rio deserto. Sozinha

Uma navegante de emoções leais

Quando me julgo, pequena rainha

Num rio ermo onde me solto mais

*

Sou como o rio, tão cheia de nada

Em águas, que libertam o meu ser

Em segredo, sinto-me apaixonada

Pela clareza da cor, ao amanhecer

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Há árvores que nascem e morrem

Sem que ninguém as pinte, de cor

A natureza das águas tanto correm

E se transformam os versos d'amor

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Cidália Ferreira