30 de setembro de 2022

Manhas desertas, ruas de outono...

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Manhãs frescas, céu nublado, ruas desertas
Árvores coloridas e paredes bem adornadas
Ventos estranhos, em temperaturas incertas
Assim vai o sentido, durante as caminhadas
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Olhares tristes adivinhando tempos difíceis
A chuva ameaça, não chega, para harmonia
As terras empoeiradas são como os mísseis
Que matam qualquer seara, em terras férteis
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Que mundo este, que a humanidade estragou
Não existe noção da maldade que tanto mata
É estranho, sentir a brisa agressiva sem rumo
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Manhas desertas, ruas de outono, que chegou
A brisa descontrolada, as nuvens cor de prata
Deixam antever tempestades. Já me acostumo
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Cidália Ferreira

28 de setembro de 2022

Queria viver simplesmente na ilusão...

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Queria viver isolada do mundo
Não queria ouvir barulho em volta
Não queria sentir o aperto no peito
De uma ansiedade que insiste
E me guia num sentimento profundo
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Queria perceber o porquê das coisas
Porque é que tudo tem de ser angustiante
Tanta gente, sem lar, e sem pão
Isto faz-me parar, para pensar
E reparar nas coisas mais sinuosas
~
Queria viver simplesmente na ilusão
Que tudo começasse de novo
Que o mundo fosse fiel aos cidadãos
Que o silêncio fosse o alimento
E que acabasse com toda a confusão!
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Cidália Ferreira


26 de setembro de 2022

A emoção da voz, em triste noite escura ...

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Se as lágrimas fossem a emoção da voz
No momento em que as quero silenciar
Diria, que existem momentos entre nós
Que são impactantes no meu fiel olhar
*
Se as lágrimas substituíssem palavras
Caiam de forma cautelosa e sem ilusão
Dariam mais o lugar às coisas austeras
E fariam de cada momento a libertação
*
Escondem os olhos, segredos revelados
As lágrimas libertam, ou são amargura
São ciosas, e geram ansiedade e revolta
*
São as palavras, factos, mais reservados
A emoção da voz, em triste noite escura
Num desabafo com preconceito em volta
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Cidália Ferreira

23 de setembro de 2022

Sentem-se os ventos de mudança

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Sentem-se os ventos de mudança
Sente-se o calor doentio
Desmedido
A saturação do momento,
Deseja-se o ameno do tempo
A brisa mais fresca ao amanhecer
Mas é contido
E faz tantas vidas sofrer
Com a seca, e causas nefastas,
Mas fica em nós a promessa
De conseguir mudar
Para que o tempo seja de esperança!
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Cidália Ferreira

20 de setembro de 2022

NÃO ADIANTA...

Não adianta querer saber mais que o universo
Não adianta, ficar ansiosa, pelo que acontece
Das mãos que querem fazer o simples reverso
Não conseguem ir mais além, ninguém merece
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A vida é feita de momentos bons, menos bons
De provas de fogo, como desafios que cegam
É feita de silêncios que nos suprimem os sons
Deixando que emoções positivas se distingam
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Não adianta reclamar do sol que aquece demais
Nem da chuva, que não cai em seu tempo certo
Tudo se ajeita e rejeita, quando o universo quer
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O universo, tem segredos, que parecem banais
Não adianta, querer chegar primeiro... liberto 
Porque há emoções são inimigas d'qualquer ser
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Cidália Ferreira.
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Como não estou a conseguir resolver o problema embora tivesse conseguido arranjar 7 blogues, fiquei bloqueada no sistema "esquema"... Por tal razão, a "vida" continua. Esperando, porém, que alguém consiga alguma coisa e queira partilhar comigo/connosco. Thanks 

18 de setembro de 2022

ATENÇÃO À LISTA DE BLOGUES

Uma informação útil para todos no qual a mim, está-me a deixar os nervos em franja. O Sistema do blogue está outra vez com uma (diarreia cerebral) desculpem o temo mas é o que sinto. Há um tempo que eu sentia que o blogue/blogues custavam/custam a abrir. Detetei que ao fundo da lista de blogues tem “um cento” deles que deixaram de funcionar. Ou seja, não atualizam, nem abrem.

Já estive a tentar arranjar alguns e consegui, mas turra-me a paciência. Chamo a vossa atenção a verificarem no fundo da vossa lista a ver se o problema não é só meu. Se calhar terei que remover a lista e voltar a colocar mas é muito complicado.

É assim que se apresentam se clicar

Para isto, vou estar “off” até ter o meu problema resolvido. Qualquer coisa que seja interessante para vocês farei uma publicação.

Até lá, deem-me tempo. Sou muito teimosa por isso, vou ver se tento solucionar o problema.

Atentamente: Cidália Ferreira

Bom Domingo🥰

17 de setembro de 2022

Palavras soltas...

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Sinto o meu peito apertado
E mergulhado na fúria
Dos dias longos, sem fim,
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Sinto que vou desabar
Nesta angustia que me segue
E me atrofia o pensar,
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E no momento da lucidez
Ter a razão do meu lado
É ter uma voz que se solta,
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Não serei assim tão pouco
Não me falta a honestidade
Nem a sabedoria não se mede
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E por hoje assim me fico
Mergulhada na ansiedade
É assim que me identifico
Quando me faltam à verdade
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Cidália Ferreira

16 de setembro de 2022

Olho o além com esperança

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Aprecio a chuva quando cai
Olho o além com esperança
Abro a alma, que descontrai
Quando regressa, a bonança
*
Ávida terra, variação que faz
Em tudo, na vida, e universo
Para alguns, a chuva satisfaz
Para outros é todo um reverso
*
Sem as árvores para amparar
Matar sede de outros tempos
Agora, cai a chuva e faz calar
As preces de outros momentos
*
Aprecio a chuva mais serena
Aquela, que forma a gotícula
Embeleza a natureza, é plena
E quando cai deixa partículas
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Cidália Ferreira

14 de setembro de 2022

Deambulam pensamentos ...

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Deambulam os meus pensamentos por aí
Onde tudo, parece ser um paraíso fictício
Onde os ramos têm vida, e falam entre si
E os meus pensamentos fazem o exercício
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Tentam entender, a beleza exulta o olhar
O coração vai palpitando com admiração
E cântico dos pássaros que tentam calar
Cada pensamento meu, onde reina ilusão
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Se o paraíso é assim tão simples e sincero
Quero embarcar neste sonho mesmo assim
Onde ninguém me possa contrariar, quero
Desta trilha, fazer o oásis, do meu jardim.
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Cidália Ferreira.

11 de setembro de 2022

Um presente que viaja ao passado...



Fomos para a terra, vindimar
Estavam as videiras carregadas
Uvas maduras, encanto no olhar
Depressa começaram a ser cortadas
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Cachos brancos e cachos tintos
Alegria... sempre boa disposição
E jamais ficaríamos famintos
Porque, quase servia de refeição


Os baldes cheios enchiam os sacos
E mais umas videiras vazias
Acusar cansaço era para fracos
Diziam os antigos, palavras sábias
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Ao finalizar o trabalho, com alegria
A que todos nos propusemos
No trator se carregou, ainda era dia
No lagar se descarregou como pudemos
.
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Agora... já pisado... bem se diz
Quanto mais se trabalha mais se tem
Dores no corpo, e não é de aprendiz
Mas com o tempo ficará tudo bem.

Uma passagem verídica e presente, que me faz sempre viajar ao passado. Assim foi o meu dia 9 ... Bom Domingo
_____Cidália Ferreira.

10 de setembro de 2022

Enquanto as ondas dormem no mar

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Ouço...a agitação das ondas, além
Algures, vincada aos meus sonhos
Sinto a brisa tocar nos meus olhos
O sonho agitado, de tanto que tem
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Noite agitada, pelo silencioso sono
Enquanto as ondas dormem no mar
Acordo... e com um sorriso no olhar
Adormeço, para que volte o outono
.
Já se sente, na melancolia dos dias
E dos sonhos agitados com o vento
Fazem sumir, folhas velhas, vadias
.
E no mergulhar de um sonho sereno
Mesmo, que o silêncio, seja sedento
Sinto...a agitação do mar, em pleno.
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Cidália Ferreira

7 de setembro de 2022

O barulho agradável, relaxante,

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As primeiras chuvas são tão desejadas,
São aquelas que deixam exalação
O cheiro a terra molhada,
O barulho agradável, relaxante,
Um alimento para a terra sequiosa
Que se deseja, com calma, mas abundante,
Cada minuto que cai é abençoada
Pelo nosso desejoso coração,
E para que a natureza seja mais formosa
São as primeiras chuvas, tão desejadas...

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Cidália Ferreira

4 de setembro de 2022

Soltam-se raios de sol pelas fendas da manhã

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Passam densas nuvens, no alto da montanha
O sol rompe, e com a força da sua prontidão
Soltam-se raios de sol pelas fendas da manhã
Que se espalham pelo universo sem desilusão
*
São passageiras, mas nas manhãs atribuladas
Adensam-se e formam as angustias do desejo
Será só o nevoeiro das montanhas orvalhadas
Ou outras nuvens, que se formam em lampejo
*
Do alto da montanha onde a vista é emotiva
Sente-se na brisa, em mistos, de temperaturas
É uma sensação que desconforta a perspetiva
*
Podem, as emoções, serem donas das verdades
Serem o medo, ou a coragem, nas desventuras
Destas nuvens densas que mostram inverdades
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Cidália Ferreira

2 de setembro de 2022

De repente, existem nós que se soltam...

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A existência é feita de muitas razões
Inexplicáveis... por vezes
Quando, sem surpresas, dá voltas
Nos leva pelos caminhos de contradições,
De repente, existem nós que se soltam
Páginas que se repetem
E vidas, cheias, de tantas vozes
*
É da existência que se vivem as dores
Que se dorme e acorda, mas atenuam
Porque há razões que desconhecem pudores
*
As contradições aparecem sem querer
Mas nada, que as almas não esperem
E nos momentos mais melancólicos
Sente-se um mundo ruidoso a sofrer
Parece mentira, mas são caóticos
Os caminhos feitos de qualquer forma
É a existência da vida... não desesperem!
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Cidália Ferreira