30 de junho de 2021

Olhar submisso de liberdade ...


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Num momento atento e profundo
Faço do meu sereno olhar
As janelas mais belas da alma
Que impacientes, sem calma,
Mostram o afável, o tormento
Ou o segredo da vida da gente,
São eles, que o horizonte sente
Em cada dia, hora, ou segundo
Como se navegassem em alto mar
Fazendo da mentira, a verdade
*
Fixo o meu olhar num ponto de luz
Deixando entrar no coração
Uma brisa carregada de energia
Sem escolher a hora nem o dia,
Mas, ade renascer o sentimento
Que seja num embrulho distinto
Para que este olhar faminto
De liberdade, que a verdade seduz
Onde apenas escondo a ilusão
E o olhar submisso de liberdade!

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Cidália Ferreira 

28 de junho de 2021

Quantos gritos em silêncio já se ouviram...

'Imagem privada'
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Num grito, desesperado, saído do peito
Onde não caberiam mais palavras ocas
E tantas vezes, silenciadas, no respeito
Ficava o vazio amargo e atitudes loucas
*
O desespero, de não querer viver assim
Sendo o coração, alarme do sentimento
Num aviso, evoca, que morreu o jardim
Pouco mais haverá a fazer de momento
*
Existe o oposto da medalha, a retomada
Numa libertação, de saudável, harmonia
Para que nenhum sinta, a vida sufocada
Precisa saber viver, em plena pandemia
*
Quantos gritos em silêncio já se ouviram
Quantas lágrimas derramadas pelo rosto
Quantas palavras conselheiras aceitaram
Aqueles que o infortuno causou desgosto
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Cidália Ferreira 

[Poemas, são apenas poemas.]🌹 

26 de junho de 2021

Sonhei ser o calafrio do momento ...

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Sonhei estar num chão sem fundo
Numa imagem que não era a minha,
E num labirinto de emoção
Percorria um calafrio a cada segundo
Pelo meu corpo, surreal
Que alarmava, aos sinais do coração
.
Sonhei ser o calafrio do momento
O ar sufocante que respirava
A ilusão, de uma vida em tormento
.
Era um sonho, ou talvez pesadelo
Em que o meu corpo em repouso
Sentia libertar alguma saudade,
O meu olhar entrelaçava o desvelo
Era o meu corpo em nulos delírios
Num momento de âmago sem vaidade
.
Um olhar perdido cheio de subtileza
Onde tudo girava dentro de mim
Neste pedaço de chão, com firmeza
Liberdade, que acelerava o frenesim 
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Cidália Ferreira

24 de junho de 2021

Numa saudade que só tu sabes a dor

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Numa saudade pelo nosso destino
Regresso, a um passado, tão meu
Releio, o livro da vida, que é o teu
E uma saudade recai em desatino
*
O baloiço que me embala a mente
Que silencia meu coração e relaxo
Enquanto a leitura é simplesmente
O fascínio onde realmente encaixo
*
Leio palavras tuas outrora  escritas
Onde o carinho, era a palavra chave
Entre tantas prosas só tu me incitas
*
Numa saudade que só tu sabes a dor
Tento relaxar, para reler com emoção
As páginas com o cheiro do teu amor
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Cidália Ferreira

22 de junho de 2021

Queria ser, muito mais, que um Ser

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Queria ser uma gota de esperança
Que pudesse enviar
Ao mundo, que anda perdido
Sem rumo, sem noção da gravidade,
E numa bola qual labirinto
Onde existe a maldade escondida
Deixando inocentes em sofrimento
Como se o mundo andasse à deriva
Deixando em suspenso a confiança
*
Queria ser, muito mais, que um Ser
Mas, chegasse para mudar
Todo o mal que anda escondido,
Queria que existisse menos vaidade
Porque esta maldade que sinto
Deixa a minha alma entristecida,
Apenas posso deixar o meu alento
Numa mensagem emotiva,
Numa gota, em que tudo pudesse valer!

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Cidália Ferreira.

19 de junho de 2021

Traço as linhas do meu horizonte


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Traço as linhas do meu horizonte
Pela manhã, onde a ilusão ditosa
É a razão que me eleva em prosa
Sobre a beleza que miro defronte
*
Manhã orvalhada, mas perfumada
Silêncio feito de muitas respostas
Procurando, nunca virar as costas
Ao jardim que me deixa inebriada
*
Respiro saudade do tempo e sorrio
Recordo das flores, odor a lavanda
E muito parecente à tua fragrância
*
Traço as linhas do tempo, e sem frio
Tento elevar meu olhar que abranda
Sem pensar nesta saudosa distancia
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Cidália Ferreira

17 de junho de 2021

Pensamento que enaltece ...

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Passeei sozinha pelo areal molhado
Praia vazia
Sentia o iodo em meu rosto,
Talvez fosse o cheiro a maresia
Que me inebriava os sentidos
E levava o pensamento
Para longe, e para meu gosto
Sentia um ligeiro frenesim
Pelo pensamento que enaltecia
O meu corpo, desnudo, e arrepiado
*
Na areia molhada desenhei com arte
O mais importante de nós dois
A bondade que nele habita
O resto, deixo para depois,
E enquanto o sol me encanta
Ouço as ondas suavemente
Num som que me incita
Me deixa os sentidos em agitação
Pela praia vazia e bela
Num qualquer areal, em qualquer parte.
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Cidália Ferreira

15 de junho de 2021

Neste mundo aonde me permito vaguear

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Carrego sobre mim uma nuvem cinzenta
Uma emoção, por vezes cruel. Fantasia
De quem vive e sofre, mas sem demasia
E sob as nuvens do oásis sou ciumenta
*
Neste mundo aonde me permito vaguear
Sinto o meu coração inflamado, sem cor
Sinto, que tudo o que morreu deixou dor
Como o céu carregado prestes a trovejar
*
Carrego sentimentos e segredos sem fim
Carrego o amor verdadeiro que te revelei
E por momentos pressinto que já não sei
Que fazer, para afastar a nuvem de mim
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Cidália Ferreira 

13 de junho de 2021

Que a Paz permaneça em cada casa


O meu desejo para hoje, é que todos tenhamos um Domingo muito feliz. Que a paz e a harmonia reine em casa de todas as famílias...

Hoje, em especial, é dia de festa em casa da neta, Maria Clara. Celebra os seus 6 anos de vida, com muita alegria e nova etapa da vida dela e dos Papás. Portanto, vou estar em família, mesmo só os mais chegados, e para que não houvesse ajuntamentos, dividiram a festa em dois dias. Dispendioso, mas, certamente mais seguro para todos. Maternos num dia e Paternos no outro.



Amanhã voltarei para visitar cada cantinho vosso. BOM DOMINGO 🌹

Cidália Ferreira
 

12 de junho de 2021

Já me cruzei num tempo orvalhado

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Já deambulei por caminhos sem fim
Vi paisagens cheias de vida
Vi árvores, velhinhas, floreadas
Já observei o tempo, sozinha
Deixando escapar um murmúrio
Sobre a beleza que meus olhos viram
*
Já me cruzei num tempo orvalhado
Já fiz do sol a minha vitamina
Já percorri por tantos recantos
Já tive paixões perdidas
Já vivi tão sozinha, por aí
Já dei por mim, pisar no molhado
*
Já fiz tantas coisas erradas, e certas
Já fui menina, agora mulher
Já fui perfume do frasco dalguém
Já fui fonte, já saciei, dela bebi
Hoje, dou apenas, a volta ao passado
Pela vida... e pelas veredas incertas

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Cidália Ferreira 

10 de junho de 2021

Não deixarei o meu silêncio denunciar

'Da net'

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Não quero ser o entrave no teu mundo
Nem ser a razão, pela tua dura tristeza
Não quero ser o amargor, na incerteza
Gostaria de ser, o outro lado, profundo
*
Não deixarei o meu silêncio denunciar
Nem saberás o quanto eu te quero bem
Como o sol da primavera, que também
Se esconde, da felicidade, sem suplicar
*
Um coração de bom fundo, como o teu
É difícil dizer que não ao esquecimento
Quando parte do teu memorial é o meu
*
Não quero ser a palavra depois da vida
Nem saber muito, além do firmamento
Mas quero ser, a tua recordação vivida
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Cidália Ferreira 

8 de junho de 2021

Não desejo ser a deusa do teu mar


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Desejo tanto daquela maresia
Como de alimento para minha alma
Que a recebe faminta, feliz
Se deixa levar pelo som das ondas,
E num vaguear pelo infinito
Sinto um arrepio, um louco desejo
De querer viajar sem destino
Para longe que fosse, por um só dia
*
Não desejo ser a deusa do teu mar
Mas desejo se amada como o vento
Se este vento, num sussurro lento
Me disser, estou de volta para te amar
*
Desejo, de um areal perfumado a sal
A rochas brilhantes
O céu matizado, sem tempestade,
A candura das ondas a meus pés
Provocam-me na mente um arrepio,
O desejo, a avidez, alegria de estar
Sentindo a brisa em meu rosto carente
Tantas vezes, num silêncio colossal.

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Cidália Ferreira

6 de junho de 2021

As cartas escritas com nostalgia ...

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Nem sempre lágrimas nem sempre amor
Nem sempre as amarguras fazem chorar
Nem sempre as lágrimas são o desamor
Mas sempre há palavras fazendo sonhar
*
Existem as cartas escritas com nostalgia
Que são guardadas no coração do tempo
Onde tantos momentos fizeram da magia
E horas passadas em pranto e destempo
*
Nem sempre as palavras foram as certas
Nem sempre...mas o sentimento verídico
É do mais importante, nas horas incertas
*
E das cartas que já escrevi e não mandei
Existe sempre um amor que não é fictício
Mas existe... nesta vida que sempre amei
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Cidália Ferreira.

4 de junho de 2021

Olhar intrínseco ...

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Dou por mim, num olhar vazio, dúbio
Rodeada de pensamentos intrínsecos
Recordações que passaram de físicos
Ao estado, de uma alma em distúrbio
*
Um olhar perde o brilho quando sofre
E quando, humedecidos, se escondem
E de um sofrimento sigiloso, padecem
Não há sentimentos, caiando em sorte
*
E quantas vezes o meu olhar se cruzou
Com vontade, de beijar teu sentimento
Entrando da pureza do meu sofrimento
Fica a ilusão... que tudo o tempo levou
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Cidália Ferreira 

2 de junho de 2021

A multidão do deserto desaparece


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A terra secou, e tudo ficou tão cinzento
As ervas ficaram retidas no chão
As brechas são engolidas pelo vento
E tudo o que o tempo trouxe levou em vão
.
Pode nascer uma flor, num desconhecido
Por, em seu redor, não existir viva alma
Tudo seca, mas antes não tivesse nascido
Neste asfalto mortiço, que se desalma
.
Tanta secura, numa saudade tanto dói
A multidão do deserto desaparece
A solidão e a secura não mata, mas mói
Na vida, mais nada existe, resta a prece
.
Uma flor sozinha não dorme, e desinquieta
A terra seca, é transformada em pesadelo
No cinzento dos dias. Silenciosa, indiscreta
Assim vive sozinha, uma flor, em desmazelo
*****
Cidália Ferreira