26 de novembro de 2020

Pausa...

 
É isto mesmo. Como a vida necessita de pausas, faço aqui uma pausa, não sei por quanto tempo. Voltarei  quando me for possível. Também não poderei retribuir visitas. Espero a compressão de todos vós. Beijinhos

Até breve
Cidália Ferreira.

25 de novembro de 2020

Sinto que a minha alma se solta ...


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Dormindo, sinto que a minha alma se solta
Vagueando por montes e vales sensíveis
Guiada pela brisa, e a luz do dia
Que me leva pelos caminhos mais incríveis
Sobre terras e sonhos que parecem magia,
Dormindo, sonho contigo, sinto-me segura
*
Solta, de preconceitos, num voo misterioso
Onde as nuvens de afastam com carinho
O sol envergonhado tenta não romper
Vai mostrando, como se faz um caminho
Num onda de sonhos que ficam por esquecer
Mas que a vida faz o favor de me mostrar
*
Dormindo tento subir ao pico mais alto
Num sonho lindo de pura ilusão
É tão bom voltar a esta quimera
Alimentar a alma e o meu coração
Dar voz ao sonho noutra primavera
Acordando, com um belo sorriso no rosto.
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Cidália Ferreira

23 de novembro de 2020

Um rosto sombrio...

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Pego no sentimento mais puro
Faço dele partículas de emoção
Alegro a alma e o meu coração
Sinto-me, num labirinto seguro
*
Nos embaraços da vida amarga
Seguro com crença e esperança
Vagueio no passado de criança
E trago até mim, toda a recarga
*
E num rosto sombrio, a crença
Esperança, que a vida regresse
Espero o melhor, e sem estress
Neste lado puro faça diferença
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Cidália Ferreira

21 de novembro de 2020

Tenho sede ...

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Desejo de beber um pouco do futuro
Um futuro duvidoso e pouco crente
Mas revertendo o sentido dará fruto
Impedindo que tudo passe na mente
*
Tenho sede de brindar sem restrição
De respirar o futuro, que tão doentio
Nos dá, e nos tira, sem haver noção
Ficando apenas o pensamento vadio
*
Mas, se o futuro trouxer a esperança
Brinda-se em silêncio.... pelo tempo
Que ficámos presos, mas, convictos
*
E este desejo dum futuro de bonança
Pode chegar em bebida do destempo
Mas, pode saciar a sede, aos invictos
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Cidália Ferreira

19 de novembro de 2020

Pensamentos que ficam entre a saudade

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Queria ser a bailarina do tempo
Neste pouco tempo que me possa restar
Queria ser a mais bela, a única
Que preenchesse o teu pensamento
Que me deixasse em êxtase, sem pensar
E que  eu pudesse bailar sem técnica
*
Queria ser, mas sem a ilusão
Uma ilusão que me exalta a alma
Que me deixa louca, num misto
Onde a felicidade entra em exaltação
As flores, são prepurinas. Acalma
E a todos os meus quereres, resisto
*
Queria sentir-me leve como a bailarina
Que se incorporou dentro de mim
Espalhando uma fragrância máscula
Que me deixa tão fora da minha rotina
Numa felicidade que nunca terá fim
Num sentimento que se articula
*
Queria dançar, qual voo em liberdade
Que se deixa embalar pela aura
As roupas leves, um sorriso sério
Pensamentos que ficam entre a saudade
Onde o teu carinho se instaura
Queria ser, tua bailarina, sem mistério
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Cidália Ferreira 

17 de novembro de 2020

Melancolia à velocidade do tempo...

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Névoas afloram ao meu pensamento
Esfriam, o meu eu, já tão cansado
Numa energia que se vai esvaindo
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E neste pensamento tão marcado
Existe uma tristeza profunda
Que a alma não deixa acalmar
*
São estas névoas que não quero ter
Que me entram na alma já ferida
Deixando as cicatrizes, e o silêncio
*
Não existe sol que me deixe alegre
Nem chuva que me faça confusão
Existe a melancolia dentro do peito
*
É a melancolia que gere o meu ser
Na velocidade que o tempo leva
Sendo a energia, um pouco esperança
*
Mas, se as névoas se afastarem de mim
E se o sol brilhar, sem a indiferença
A tristeza dá lugar à energia, que voltará
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Cidália Ferreira

16 de novembro de 2020

Antiguidade, segredos guardados...vida

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Antiguidade, segredos guardados...vida
Vidas vividas, aguerridas e brincadeiras
E que outrora, não existiam as barreiras
Porque a liberdade era, toda ela, sentida
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Antiguidade, em recordação dos olhares
Cada braço nascendo surge uma geração
A humanidade se vai. Continua a criação
A expansão, dá origem a novos pensares
*
As brincadeira de infância na sua sombra
As folhas esvoaçantes tal como os ventos
Trazem à memória, em belos sentimentos
Uma antiguidade, que a todos deslumbra
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Cidália Ferreira 

14 de novembro de 2020

Imaginar o reverso da velhice

Imagem de, Luísa Martins

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Estranha sensação quando te encontro
Quando te visito, e fico
Quanto te olho em volta, e penso
Quantas estórias observaste
Quantos sorrisos escutaste
Quantos momentos vividos em cada canto,
Ser antiga não é um mito
É sim, voltar às raízes, num reencontro
Com emoção e alegria, sem pranto
Num cantinho simples mas tão rico
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Observo do exterior a sua única beleza
Recordo os momentos mágicos
O sol quando aquece as paredes, ilumina
E a minha alma rejuvenesce,
Existe tanto amor que ali cresce
Imaginando o reverso da velhice
Trazendo os sentimentos mais nostálgicos
Reviver, e viver feliz na natureza
É uma força interior que me domina
Imaginado voltar, para reviver a meninice
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Cidália Ferreira

12 de novembro de 2020

Estranha viagem...

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Deambulava pelas ruelas inundadas
Num sonho, que parecia, não ter fim
A chuva  fascinava, falava para mim
Nas mãos, flores belas, perfumadas
*
Uma chuva abençoada, e lentamente
Vai beijando os pés, de tão cansados
Que em suaves carícias são calçados
Pelas águas que os beijam docemente
*
Mas, quando a chuva, me lava a alma
Mesmo que a frieza seja a mensagem
Deambulando, nesta estranha viagem
Pode ser o sonho, e a chuva...a calma
*
E nas ruelas por onde faço o caminho
Deixo as pétalas encarnadas das flores
E em forma de carinho, meus louvores
A quem comigo partilha seu pedacinho
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Cidália Ferreira

10 de novembro de 2020

Somos filhos dum mundo louco


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Somos gente, somos grandes
Somos os mil pensamentos
Somos paz
Revolução
Somos tudo por momentos
Somos o tempo em destempo
Somos a dor e a emoção
Somos gente com coração
Que tempo não reconhece
*
Somos o medo que nos segue
O silêncio que nos escuta
Somos luz
E a solidão
Somos o amor que não se mede
Damos a vida por vida
Damos tanto, mas tão pouco
Somos filhos dum mundo louco
Que o silêncio nos tenta apagar

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Cidália Ferreira

8 de novembro de 2020

Agora, que tudo fecha, até se cortam os laços

Imagem de: Luísa Martins

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A liberdade, que nos é, forçosamente retirada
Que nos é imposta, como uma prisão perigosa
Que nos sufoca, baralhando a mente, saturada
Deixando que tudo, seja uma solidão rigorosa
*
Liberdade, que já foi outrora, até dos abraços
Os espaços cheios de afetos mistos, gloriosos
Agora, que tudo fecha, até se cortam os laços
Num abismo que afronta os mais auspiciosos
*
É deixar para trás uma vida de total liberdade
Enfrentando medos e marés de ondas revoltas
Vivendo os silêncios da vida, noutra realidade
*
Espreita o medo a cada canto...São tormentos
De um banco vazio, onde se sentem, as voltas
De quem se sentou e deixou, mil pensamentos
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Cidália Ferreira.

6 de novembro de 2020

Mundo louco...

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Num sopro, uma luz atenua a ansiedade
No momento em que se respira de alívio
Faz-se luz, quando as nuvens dispersam
*
Um alivio, num sopro para além de tudo
Uma imagem, que vale, por mil palavras
Uma alegria na alma que parecia perdida
*
Existe a luz que acende a cada amanhecer
Um olhar tristonho que espera pelo sopro
Como uma lufada de ar fresco, a cada dia
*
Não existe ansiedade sem ter preocupação
Não existem flores secas sem o sol quente
Mesmo, que as nuvens pairem  sobre mim
*
Quanta ansiedade perdida.... mundo louco
Respiro... expiro...com toda a minha força
Um sopro, pode ser tão triste, como alegre
*
E, se o alivio for o reparo da minha alma
Não o demonstro...existe gente que sofre
E num sopro, tudo pode mudar uma vida
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Cidália Ferreira

3 de novembro de 2020

"É preciso acreditar em bons ventos"

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É preciso, acreditar, olhando o mar
Deixando a maresia entrar na alma
Sonhar com o impossível da calma
Deixar que as ondas sejam o versar
*
Acreditar, que nem tudo o vento traz
Abrir o coração, num desabafo breve
Deixar que em cada pensamento leve
Exista uma intuição que não satisfaz
*
É preciso acreditar que bons ventos
Serão a renovação de um impossível
Se levar do areal a minha convicção
*
É preciso levantar e deixar lamentos
Reparar que num mundo tão sensível
Existe, quem não se levante, do chão
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Cidália Ferreira 

1 de novembro de 2020

O Paraíso Enfeitado ... 🙏

 🙏🙏

De costas... na rua de acesso ao cemitério, que, de forma habitual estaria cheia de gente, que oravam pelos Seus. Hoje, o silêncio, a rua vazia, apenas o ruído das folhas, que esvoaçam qual mensagem de esperança...Portas abertas, as vigias medindo a temperatura, o gel... Mas lá dentro? Parece o paraíso enfeitado. Totalmente vazio de gente. Ontem e hoje existe controlo. Eu pergunto, e os outros dois dias atrás em que a afluência foi também grande?

O DIA DE TODOS OS SANTOS É COMO O NATAL, É QUANDO NÓS QUISERMOS. A missa cada um faz a sua... Amem!

Cidália Ferreira.