A alma do/a Poeta é feita de verdades,
ilusões e desilusões. Faz-nos sonhar...chorar...sorrir...Por vezes
é duro, ou simplesmente um gosto em recuar até à meninice e
adolescência. Embrenhar em recordações boas e menos boas. A
infância. Onde tudo era tão pouco, pobre, mas não faltava a humildade. Fui menina de campo, trabalhando desde tenra idade. Fui
criada parte do tempo, ainda sem luz eléctrica. Sem água de
torneira. A agua nem sempre estava perto Não haviam aqueles mimos
que, hoje até são demais. Existiam muito mais crianças, e muito
mais brincadeiras de bairro, saudáveis e sem perigo.
Lembranças de quem ia para a estrada
contar os carros, as cores e decorar as matriculas, por serem tão
raros. Hoje, temos o planeta poluído, simplesmente por tantas
modernices... etc...
Esta casa, podia ser uma das ultimas,
onde vivi a minha adolescência. Onde se trabalhava muito, mas onde
nunca faltava nada do que era importante para a alimentação.
Esta casa, poderia ser, aquela casa que
fomos estrear. Onde a Minha Mãe viveu, trabalhou, lutou como muitos
Homens não lutam, durante vinte anos! Casou sete filhos, e no final,
decidiu partir sem nos avisar...
Actualmente, a tal casa, está lá,
rodeada de silva e ervas bravias... Passar lá é o mesmo que sentir
uma nuvem escura no meu coração.
Hoje, nada mais consigo fazer, que
isto. As recordações fazem parte da minha vida. Da minha eterna
saudade.
Cidália Ferreira.
O Poetizando faz-se se sonhos, encantos e desencantos. Faz-se de boas memórias. Faz-se de alegrias e tristezas...Faz-se da saudade. Mas faz-se! Hoje, foi o melhor que consegui, mas fiz-lo com gosto. Por vezes a saudade traz alguma nostalgia. Obrigada Amiga, Loudes Duarte, pelo convite!
Um abraço especial para si, Lourdes Duarte, e as suas Manas... 🕊