29 de novembro de 2015

Procurei por ti com saudade...

Procurei por ti com saudade
Em todos os nossos cantos, 
Subi degraus de ansiedade
Deixei cair minhas lágrimas
Que se perdiam nas folhas 
Que por ali pareciam mantos,
Perdi forças e esperanças
Por não conseguir encontrar-te
Apenas as folhas coloridas 
Mostravam sua vaidade,
Era o Outono que ali chagara 
Escadas eram enfeitadas
De beleza que encantava
Para nos brindar à chagada, 
Com saudade te procurava
Nem sombras do teu perfume
Ali fiquei eu sentada
Esperando por ti, ansiosa
No meu degrau do costume.
***
Cidália Ferreira 

28 de novembro de 2015

Amanheceu calma, como calmo era o tempo.

Amanheceu calma, como calmo era o tempo
A manhã, depois da tempestade que fez doer
E ainda nem o sol tinha tido o seu momento
Já meu pensamento andava aquém e a sofrer

Na despedida das folhas que nós vimos partir
Onde por  tristeza ficam  árvores tão sozinhas
Aparece sempre um sol no seu caminho a fluir
Alimentando o destino, traçando nossas linhas

O Sol  d'aurora brilhou, quais teu lindo olhar
Basta acordar e pensar que te tenho a apoiar
Meu coração que por vezes se sente à deriva

Amanheci entre pensamentos e recordações
Sou como a árvore sem folhas e sem ilusões 
Mas preciso de ti, para sentir que estou viva 
****
Cidália Ferreira.

26 de novembro de 2015

Não chovia, mas estava triste...

Não chovia, mas estava triste
O tempo, em seu estado
Cinzento e mal tratado
Sentimento que persiste,
Não chovia, mas eu chorava
De alma despedaçada
Acompanhada da solidão
E do ruído das palavras
Que meus olhos silenciavam,
Não chovia mas eu esperava
De coração apertado
Ver-te partir é tão duro
Como é duro o sofrimento
De quem espera o nada 
Nesta abandonada estrada,
Não chovia mas sentia
Que a tristeza não me largava,
Mas sozinha eu confesso
Que de ti eu sinto falta.
***
Cidália Ferreira

25 de novembro de 2015

Enrolada aos meus lençóis de pura sedução

Enrolada aos meus  lençóis de pura sedução
Onde o pensamento não é mais que o desejo
Flutuam sonhos no sossego do meu coração
Imaginando do teu corpo o mais doce beijo.
.
Enrolada em sentimentos o meu corpo carece
Da tua mais bela  presença, aquela de outrora
Que me enchia o coração, isso não se esquece
Quando o  sentimento  é forte, nada  tem hora
.
Rasgo a  minha roupa, de raiva  por não te ter
Chamo  pelo teu nome, mas nunca  tu ouvirás 
Fazes parte dos meus sonhos vou enlouquecer
.
Meu corpo que desespera, procura o teu calor
Tantas coisas que me faltam só tu conseguirás
Dares-me tu nestes lençóis, carinho e teu amor.
****
Cidália Ferreira

23 de novembro de 2015

Amanheceu bem chuvosa.

Amanheceu meu coração
Triste, ao sentir chover,
Bate forte nos beirais
Parece musica, sem se ver
Que entra em meu ouvidos
Deles não quer sair mais,
.
Amanheceu bem chuvosa
Esta manhã solitária
Enche valetas, sarjetas
Enche também de tristeza
O coração que não descansa
Por ver a chuva cair,
Cresce a saudade no peito
Que me bloqueia a esperança,
.
Amanheço, não te vejo
Apenas ouço chover,
Olho o banco abandonado
Que outrora nos recebeu
Num momento desejado,
Mas a chuva nos machuca
E o coração faz sofrer
Neste dia tão molhado
Que ver-te, é o meu querer
***
Cidália Ferreira.

22 de novembro de 2015

Bom Domingo...Apesar de....


Bom dia
Desejo-vos a todos, um feliz Domingo, apesar de ter amanhecido com muita chuva, não deixará nunca de ter o seu encanto...Ando cansada,  e hoje  é muito pouco que tenho para vos dar, porque sei que merecem muito mais. 
Sei que não sou perita na escrita, não tenho estudos, como muitos sabem, aliás, nota-se na simplicidade das coisas que escrevo. Não me considero uma Poetisa, apenas uma pessoa que escreve o que lhe vai na alma, e que por sorte, editou 2 livros.  Sou por vezes, dura, mas tenho um coração demasiado sensível,

Estou muito feliz com as pessoas que me seguem e, carinhosamente me comentam, mas, gostava muito que algumas pessoas respeitassem a minha forma de ser e de escrever, quem não gosta da forma como escrevo, ou não acha "piada", não é pelo facto de eu visitar, que se sintam na obrigação de me fazer o mesmo, para depois escreverem o que não entendo.
Sou simples, mas sou eu. Afinal, não podemos ser todos iguais.
 Foi um desabafo meu.

Um excelente Domingo para todos. Sejam felizes.

Cidália Ferreira

20 de novembro de 2015

O cansaço chegou, da mente se apoderou

O cansaço chegou, da  mente  se apoderou
Tomou conta do corpo que me fez ressentir
Da falta de energia  mas nunca se recusou
Ao teu pedido poderoso, e me fez  reflectir

Abri a minha porta para ver passar o luar
Acompanhada de nuvens  tão carregadas
As aves que pernoitavam para descansar
Apanhavam o relento das noites passadas

O cansaço chegou  ao meu corpo que sofre
A noite é triste mas ao cansaço não insisto
Tuas palavras guardei dentro do meu cofre
Aquele, que te obedece, e sempre te resisto

Meus dias são tão intensos sem nada  fazer
Tento ouvir a voz que entra no meu coração
Nuvens escuras se atravessam, fazem sofrer
Quem de ti não se cansa, és minha perdição
****
Cidália Ferreira

18 de novembro de 2015

Queria ser eu, uma musa...

Queria ser eu, uma musa
Na vida de alguém dos meus sonhos
Que me levasse para longe
E fizesse de mim princesa,
Que me mostrasse o valor 
Do brilho que a lua tem,
Queria ser eu, mas não sou
A lua foge de mim
O sonho não se desfaz
A noite escurece, não é o fim,
Neste sonho onde flutuo
Contigo perdido em meus braços
Olhando em teus olhos doces
Que se cruzam em embaraços
De palavras que queremos dizer,
Queria ser eu tua musa
Amar-te, em noite de lua cheia
Dar-te o caminho da paz
Mas queria tanto ser
A musa que tanto te anseia
E nos meus sonhos contigo
Tua presença me satisfaz
***
Cidália Ferreira

16 de novembro de 2015

Vejo-te partir para longe do meu olhar.

Vejo-te partir, para longe do meu olhar
No meu coração ficam as farpas a doer
Não quero ficar sozinha nem ver passar
Assombração que faz um coração sofrer

Olho a vidraça, escorrem gotas, é saudade
Não é chuva, são lágrimas  de sentimento
Tantas coisas, num turbilhão de ansiedade 
A partida é dura para um coração sedento

Recordo aquele adeus que dizias tão triste
Que me roubou o sorriso, mais nada existe
Sinto-me sozinha na vidraça te vou esperar

Meus olhos imaginam-te sorrindo para mim
Que as lágrimas sejam de alegria e sem fim
Olho a vidraça...sinto a saudade desesperar.
****
Cidália Ferreira.

14 de novembro de 2015

Em noite de solidão, cama vazia.

Era um sonho, em noite fria
Meu quarto, cama vazia
Lençóis frios de aflição
Tu não estavas, e tão sozinha
Meu sonho continuava,
No silêncio das nossas bocas
Que dizem tanto ou talvez nada
Só em teus braços me confortava,
Em teus lábios silenciava
Palavras, nunca ditas em desejo
De mulher apaixonada,
Era um sonho poder ter-te
No meu recanto tão frio,
Mas apenas tu vagueias 
Em minha mente carente
Tão farta de escuridão,
E neste sonho tão triste
Que acordo e estou sozinha
Apenas tu és meu sonho
Que mora no meu coração
***
Cidália Ferreira.

12 de novembro de 2015

São palavras de carinho para te recordar.

Palavras escritas foram lançadas ao vento
Como a musica que se escuta com gosto 
Que entra nos corações em sentido lento
Como brisa em poesia que bate no rosto

Recordando palavras que me escreveste
Já guardadas num velho diário fechado 
Talvez  algumas onde tu não percebeste
Mas ficam marcadas coisas do passado 

Tuas palavras eu guardo no meu coração
São registadas em folhas finas timbradas
Parecem notas musicais, nossa adoração

Marquei uma folha que escrevi a pensar
Nas alegrias e tristezas, coisas passadas 
São palavras guardadas para te recordar.
****
Cidália Ferreira. 

11 de novembro de 2015

Olho as pétalas, tão negras.

Atenta ao meu pensamento 
Que ao viajar no passado
Mergulha fundo no sofrimento
Tão intenso que faz doer, se desfazer
Em lágrimas de tormento
Quando tanto me arrependo,
E nas palavras vou lendo
As amargas flechas que espetam
Em mim, que não compreendo,
Atenta ao meu sentimento
Que te protege, morre por ti,
E assim compreendo que tudo
Não passa de mera ilusão,
Olho as pétalas tão negras
Da rosa que parece cair,
Assim me sinto a esvair 
Num sufocado desgosto
Que entrou no meu coração
Se instalou, não quer sair.
***
Cidália Ferreira.

10 de novembro de 2015

O vento passa e tristemente olho a ruela

Enquanto sinto na janela, o vento soprar
Recordo teu  retrato, entristeço o coração
Penso, a minha presença não te irá faltar
Mesmo sendo  desejo, loucura ou ilusão

Da minha janela as histórias que recordo
No seu interior, as paredes que não falam
De tantos momentos, de segredos, acordo
Enquanto olho de saudade lágrimas rolam

Sinto que  foges do  meu sonho de outrora
Sinto tanta falta do teu carinho,do passado
Sinto-te voar como o vento que faz lá fora

São tantas saudades deixadas nesta janela
Sinto de momento o coração amargurado
O vento passa, e tristemente  olho a ruela.
****
Cidália Ferreira 

8 de novembro de 2015

O sol brilhou, sorriu para mim.

O sol brilhou, sorriu para mim
Sorriu para as despidas árvores
E para um vento sussurrante 
Levando folhas coloridas
Pintadas em tom de outono
Mas sorriu com um frenesim,
Esplendoroso, tão saudoso
Que se entranha nos olhares
De quem sente a sua falta,
O Sol brilhou, sorriu assim
Como mensagem recebida
Saudade que já doía 
E o coração se aborrecia,
Tudo brilhou em meu redor
E em teu olhar que não vejo
Mas sinto que tem o desejo
De sentir o sol brilhar,
Meu coração quer-te dar
Em desejo, o meu beijo
Ficou repleto de esperança
Neste sol de perseverança 
Que chegou e sorriu para mim.
***
Cidália Ferreira

6 de novembro de 2015

Noite escura, caminho longínquo...

Noite escura, caminho longínquo, sem saída
Em que submeti o meu coração esperançoso
Nesta escuridão onde me sinto descontraída
Qual lua dourada, que te imagina grandioso

Olho a lua dourada, e espero-te  pela noitinha
Nuances bordam a lua de um sentimento puro
Na escuridão de um sossegado ermo, sozinha
Pensando na beleza do teu rosto, que procuro

Noite escura, só a lua, o silêncio faz-se ouvir
Não há estrelas para que possam fazem sentir
A tua ausência quando meu coração te espera

Sozinha caminho  em direcção ao teu mundo 
Iluminada pela lua, para  mim amor profundo
Neste caminho longínquo tua presença impera
**** 
Cidália Ferreira

4 de novembro de 2015

Tento subir...

Tento subir, degrau em degrau
Para alguém poder encontrar
Não encontro nem o vejo passar
Nem o sol me quer visitar
Não me aquece, sinto-o fugir,
Tento romper a imensidão
Do nevoeiro denso, tenho olhar
O céu não consigo alcançar 
Nem o seu azul a brilhar,
Espaçadamente quero subir
Subir a escada da vida
Mas o nevoeiro fica serrado
Não me deixa ir mais além
Impedindo que encontre alguém
Tento subir, tenho alcançar-te
Tento estar ao nível que pedes
Fazes de mim pessoa de bem
Desenvolves a minha pequenez
Tento subir depois e talvez
O tempo alise e eu possa ver
O sol a brilhar, tudo a fluir
E no cimo da escada, o teu sorrir.
***
Cidália Ferreira 

2 de novembro de 2015

Cai sem reparar nos danos de quem chora...

Cai sem reparar que provoca tantos danos
É tão turbulenta que destrói toda a beleza
Entristece os corações, sentem-se insanos
Escurece o caminhar por entre a natureza

Cai tristemente, enquanto  ali te esperava
Tão sozinha que  apenas a chuva se ouvia
Meu coração previa, ali não te encontrava
Apenas o vazio que  tristemente eu sentia

Cai a chuva, tu não vens, sabes que existo
Dentro de mim estás vivo, e não te resisto
Fico esperando mesmo com a tempestade

Cai sem reparar nos danos de quem chora
Tanta chuva, que ansiamos que vá embora
E possas vir encontrar-me, tenho saudade
****
Cidália Ferreira