30 de junho de 2015

As horas passam, meu amor não chega.

As horas passam 
Meu amor não chega,
As águas correm apressadas
Em ondulações balançadas,
As nuvens chegam
O vento sopra
O sol esconde-se de mim,
Imagino teu cheiro
Sinto o perfume de outrora
Saudade que me devora,
Mas tu não chegas
Para alegrar os meus dias
Olho as águas que correm
Pensativa, tão triste
Saudade, quando aparecias,
Nas vagas, nuvens carregadas
De todo o meu sentimento 
Que queria tudo, menos um fim.
Nestas águas tão agitadas. 
***
Cidália Ferreira

28 de junho de 2015

Nesta tristeza por onde me perco.

Nesta tristeza por onde me perco
Sinto desprezo, que me deixa dor
Sentindo minha mente num cerco
Como as nuvens que perdem a cor

Um aperto no peito, minha saudade
Faz mossa em coração apaixonado
São as lágrimas a minha ansiedade
Neste meu momento transtornado

Sinto a frieza nas palavras banais
Se já nada faço porquê viver mais
Se sinto nas palavras as amarguras

Carrego no peito meras desilusões
Que tristemente e sobre meditações
Sofre sozinho as lágrima mais duras
****
Cidália Ferreira.

26 de junho de 2015

Passeámos pela praia em segredo.

Passeámos pela praia, em segredo
Das areias finas, fizemos
Nossa cama acetinada
De espuma branca salgada
Por onde nos rebolamos
Sem contenção nem medida, 
Deixámos que as nossas bocas
Se unissem sem ter medo
Se beijassem loucamente
Perdendo a noção do tempo,
Despíamos nossas roupas
Para matar o desejo
Neste espaço de magia
Em ondas que o amor nos deixa
A explodir de alegria,
Nesta praia em segredo
É o teu amor que eu ansejo.
***
Cidália Ferreira

25 de junho de 2015

Deixo que minha alma vagueie livremente.

Deixo que minha alma vagueie livremente
Na imensidão da minha dor, do abandono
Por caminhos cruzados acredito piamente 
Que afastem as nuvens escuras sem retorno
.
Deixo-me levar, e por tristes recordações
Tenho meu peito em chagas pela saudade
Vagueio na solidão chorando tuas feições
Sinto-me abandonada uma triste realidade
.
Mas a minha alma vagueia pelo teu rosto
Encontrando frieza dentro do teu coração
Finges sorriso no rosto que mostra aflição
.
É o desanimo que quem sozinha se sente 
Num canto da alma triste, está o presente 
Dum passado que me deixou em desgosto.
****
Cidália Ferreira

24 de junho de 2015

Entre as ondas do silêncio.

Sozinha...
Entre as ondas do silêncio
E as mágoas que me marcam
Procurando  explicação  
Para tanta desilusão,
Meus pensamentos vagueiam
Por veredas sem ter fim,
Ouço os silêncios que trazem
Adornos de recordação
Ficando na minha saudade,
E das coisas nunca ditas
Ficam como tormentos
Apenas palavras escritas,
Sozinha....
Entre as ondas de ilusão
Esperando com ansiedade
Entre murmúrios, tristezas
Que voltes ao meu coração
Que mergulhou no silencio
Da nossa cumplicidade.
***
Cidália Ferreira.

22 de junho de 2015

Encontrei-te no meio da tempestade.

Encontrei-te no meio da tempestade 
Vi que seguias sozinho, desorientado
Procuravas pelas margens da saudade
Com teu peito tristemente amargurado
.
Caminhavas sem destino e na procura
De buscar a felicidade  noutros mares
Fingires que não sou nada, é a tortura
E massacre dos nossos eternos olhares  
.
Pelos trilhos da saudade, é meu desejo
Vaguear sobre o imaginário do teu beijo
Acompanhar teu caminho ter esperança
.
Que as névoas do tempo vão desfazendo
As tristezas que tu sentes, só eu entendo
E que a tempestade seja agora a bonança.
***
Cidália Ferreira

21 de junho de 2015

Pelas curvas do meu corpo.

Sinto-te a viajar
Pelas curvas do meu corpo
Com paragens obrigatórias
Sentindo calor, e os teus beijos
Que são parte dos meus desejos,
Pouco a pouco
Sinto o arrepio na pele
Ao sentir teus lábios doces
Que me beijam suavemente,
E pouco apouco com ternura
Vais descendo lentamente
Acordando meus sentidos
Que adormeceram tristemente 
Pela ausência do teu carinho, 
Sinto os teus lábios quentes
Nos poros da minha pele,
Sinto que é nossa, a saudade
De viajarmos um no outro
Pelos recanto do nosso corpo
 Em pensamentos e voracidade.
***
Cidália Ferreira.

19 de junho de 2015

Abanam-se as águas em maré calma.

Abanam-se as águas em maré calma
Que aquecem pelo sol e são beijadas
Unem-se  aos meus estados de alma
Em reflexão mensagens abençoadas
.
É no silêncio que procuro o meu eu
Recordo com saudade os momentos 
Tu foste o melhor que me aconteceu
Medita o meu coração em lamentos
.
Procuro a sombra, a brisa acompanha
Meu imaginário trabalha e se assanha
Com tuas lembranças de pura sedução 
.
Abanam-se as águas, sentido o prazer
Do meu jeito, de te recordar p'ra viver
Neste recanto, ouço a voz do coração.
*** 
Cidália Ferreira

17 de junho de 2015

Por caminhos que me levam.

Por caminhos que me levam
Ao devanear meus pensamentos
Por onde vagueio sozinha
Medito sobre meus momentos
E de quem comigo caminha,
Sopra uma aragem sobre meu rosto
Abrilhantado pelos raios de sol,
Abanam as folhas ao amanhecer
Em campos emoldurados de beleza,
São os ecos, o meu silencio
Onde medito e respiro ar puro
Recordando a nossa existência,
Por estes caminhos onde te procuro
Que me levam ao entardecer
Contemplando a natureza
E meditando sobre tua ausência.
***
Cidália Ferreira 

16 de junho de 2015

Guardei o melhor beijo que recebi.

Guardei o melhor beijo que recebi
Dos teus lábios, os doces carinhos
Saboreei, mas só depois eu percebi
Que teus lábios eram tão docinhos
.
Guardei no meu pensamento louco
Aquele beijo primeiro, em plena rua
Pela sua doçura e soube-me a pouco
De amedrontada, a culpa não foi tua
.
És luz que ilumina meu pensamento
O motor que  faz andar os meus dias
Nos lábios te entrego em sentimento
Meu corpo desejoso das tardes vazias
.
E unidos pelo sentimento mais forte
Existe na nossa mente o raio de luz
E uma troca de olhares nos conforte
Num abraçado beijo que tanto seduz.
****
Cidália Ferreira.

15 de junho de 2015

Espero por ti neste canto ...

Espero por ti neste canto, só e triste
Minha ilusão é ver-te chegar um dia
Ao meu recanto que tragas a beleza
Que preencha  minha alma tão vazia

Isolada do mundo onde a vida é cruel
Levaram-me a alegria, ficou a revolta
O meu  coração que sempre te foi fiel
Ficou  sozinho  esperando a tua volta

Espero-te, nem  que seja a vida inteira
Carregada de ilusões, em que alimento
Meu coração que te quer à minha beira

Neste paraíso onde sinto a tua ausência
Fazes-me falta, porque és o meu alento
Espero por ti neste canto, em sofrência. 
***
Cidália Ferreira.

13 de junho de 2015

Bem vinda, Clarinha.

Olá a todos os visitantes e seguidores deste cantinho que, para mim é sagrado. Partilho convosco este momento lindo ...

Não sei se muito sabem, mas sei que sabem alguns, que, sou avó de uma menina diferente, com 10 anos, que é muito amada por todos e é a razão do meu viver, no entanto nunca terei o gosto de a ouvir chamar por mim. Mas e esperança não morreu. 

Quero aqui dar a boa nova, a felicidade que inundou o meu coração...No dia 11 nasceu  a minha segunda neta, da parte do meu filho. Pois... Até poderia estar muito feliz, mas de facto, não estou, é um misto de sentimentos entre a alegria e a tristeza...pois neste momento em que precisariam de mim, eu não estou lá...A vida difícil em que está este País, afastou-os de mim, embora estejam permanentemente no meu coração, e eu saiba que eles estão muito melhor... mas não é  a mesma coisa... Mas acreditem ela, é tão, mas tão linda.. loool

[Sou uma apaixonada pela minha Bruna, é uma menina diferente, que não fala, e depende de "nós" para tudo, ou seja, é uma bebé grande, mas é tão fofinha...Agora chegou a Maria Clara, não ocupa o lugar da Bruna, cada uma ocupa o seu espaço dentro do meu coração, que embora fraco e pequenino, se torna enorme.  Tal como o amor que tenho pelos meus filhos é igual] 
..."A Bruna é da minha filha e a Clarinha é do meu Filho"

Acreditem que neste momento estou a escrever emocionada, pelo facto de estar feliz, saber que um dia ouvirei chamarem-me de Avó, mas triste por não puder estar lá....

Obrigada a todos os que me lêem e seguem, pois são merecedores que partilhe convosco esta minha felicidade.

Por respeito ao meu filho e à minha Nora, e espero que entendam, preferimos  não mostrar o rosto da Bebé, por enquanto.


Assina: Avó Babada-Cidália Ferreira 

12 de junho de 2015

Sinto saudade da ilusão.

Sinto saudade da ilusão
Das palavras que ouvia
Que tanto me seduziam
E ficavam no meu coração,
Sentia, como se fossem ecos
Que enterneciam meu ser
Rasgavam o meu sorriso
E me faziam tremer
Com as palavras mais lindas
Que alguém poderia querer,
Mas no momento indeciso
Deixas que o sol se vá
Que arrefeça o meu canto 
Deixando-me em tal pranto
Banhada em desilusão,
Ferem-me as palavras secas
Que desconfortam meu coração.
***
Cidália Ferreira.

10 de junho de 2015

Entre raios se sol, que envergonhado.

Entre raios de sol, que envergonhados 
Se escondiam pelas nuvens flutuantes 
Dançam como aves em raios dourados
Os apaixonados, enamorados amantes
.
Cintilam as nuvens em minha carência
Sentimento roubado dum amor incerto
Vejo o passar do tempo em decadência
Como sol que se vai, mas volta deserto
.
Sou como a ave que voa sem liberdade
Guardo emoções e tanta cumplicidade
Deste mundo tão cruel que me magoou
.
Neste  espaço onde o voo sem esperança 
Mesmo que os raios me tragam a bonança
Nunca  será igual, o coração desmoronou.
***
Cidália Ferreira.

9 de junho de 2015

Num pôr do sol que parecia magia.

Num pôr do sol de magia
Fui procurando meus sonhos
Em que outrora era encanto,
O perfume fresco, a vaidade
O entusiasmo e a alegria
Os pensamentos com vitalidade
Me faziam feliz de verdade,
Ao contemplar o sol que brilha
Deixei de ver teu sorriso 
Que fazia parte do meu mundo
Que alegrava e aquecia meu dia,
Olho as ondas, respiro fundo
Imagino meu amor profundo
Que se afastou sem demora,
A areia seca aos meus pés
O pôr do sol vai-se embora
Os sonhos fugiram de mim,
Sinto que este amor
Sumiu no mar, é o meu fim.
Num pôr do sol que parecia magia.
***
Cidália Ferreira

8 de junho de 2015

Procurava no borbulhar da ondulação.

Procurava, no  borbulhar da ondulação
Pedaços de  carinho que um dia recebi
Mas que  se apagaram, foi  mera ilusão
De  uma  aragem passageira vinda de ti
.
A  lua esconde-se atrás das tempestades
Vê  passar as nuvens carregadas e tristes 
Brilhas para mim quando sentes saudades
E num sorriso que  me laçaste, sumistes 
.
Aprecio o brilhar  das águas  que dançam
Meus olhos tristes olham  não se cansam 
De  imaginar momentos, pura fragilidade
.
Recordo grandes momentos que me doem
E meus  pensamentos que só  me corroem
Tristes recordações...para mim é crueldade. 
***
Cidália Ferreira

7 de junho de 2015

Procurei nas páginas esquecidas.

Procurei nas páginas esquecidas
Já escritas e arrumadas 
Pelo teu nome
Que a tempestade levou,
Encontrei um canto em branco
Onde podia escrever
Pedaços dos meus desejos
De te sufocar com beijos
E provar do teu prazer,
Por entre todas as escritas
Antigas mas verdadeiras,
Mas a janela fechou
Deixando uma fresta aberta
Para poder respirar,
E na minha janela deserta
Imagino à minha beira
Teus sorrisos, carinhos, desejos
Em momentos de lealdade,
Nesta página já esquecida
Onde a esperança é amarrotada
E se sente esmorecida.
***
Cidália Ferreira

5 de junho de 2015

Regresso ao local onde deixei meu pensamento.

Regresso ao local onde deixei o meu pensamento
Pela areia molhada com brilhos de raios dourados
Caminho serenamente sem desfrutar do momento
Que meu coração anseia, como beijos açucarados

Flutuam os pensamentos em ondas que se afastam
Acalmam no seu esplendor, como o dia que acabou
Sussurros feitos às ondas, são momentos que calam
Meu coração  insatisfeito que procura o que deixou

Nas caminhadas incertas ficam marcadas na areia
Pegadas de um sentimento, procurando a verdade
Mas que as ondas levaram, meu coração devaneia

Olhar o horizonte e ver pedaços do nosso carinho
Perdidos na incerteza, mas que deixou na saudade
Que alimenta o meu eu e me faz seguir o caminho
***
Cidália Ferreira

3 de junho de 2015

Sinto que morri por dentro.

Sinto que morri por dentro
Que perdi todo o encanto
Não me consigo reerguer 
Desta dor que me domina 
Que me atirou para um canto
Ficado sim... sem querer.
.
Sinto-me como uma árvore
Ao deixar cair suas folhas
Velhas, ressequidas, cansadas
De quando e vez são pisadas
Porque farão suas escolhas.
.
Franqueando pouco a pouco
Pela mágoa e desilusão
Que solto o grito mais louco
De dentro do meu coração
Que outrora foi encanto, agora
Sinto que morri por dentro
***
Cidália Ferreira.

2 de junho de 2015

Mágoa de um sol que se esconde de mim.

Mágoa, de um sol que se esconde de mim
Que aparece, tão tristemente e desaparece 
Quais ondas dispersas molhando-me assim
Salpicando meu rosto que alguém esquece
.
Pelo areal deserto, sem destino, à procura
De um pedaço de mim, que alguém levou
Choram meus olhos em coração de tortura
Sussurrando às ondas que tristemente amou
.
O sol foi-se embora deixou-me a tristeza
E meu coração em momento de fraqueza
Imaginando, que  amanhã sinta  teu odor

Ondas tristes, banham meus pés descalços
Nunca se cansam de ultrapassar percalços 
E na mágoa, um sol que se foi, ficou a dor
****
Cidália Ferreira.

1 de junho de 2015

Feliz dia mundial da Criança

Hoje...Dia mundial da criança
De olhar para o lado, ter confiança
Não só hoje, mas sempre
Pensar, reflectir, ter esperança 
Que o amanhã seja diferente
Que todas as crianças sejam iguais
Sem preconceito de raça ou cor
Sem explorar, violar, nem maltratar
Como tantas crianças que sofrem,às mãos
Dos seus próprios progenitores,
É preciso mudar e respeitar
A inocência de tantas crianças
Que lutam para viver
São maltratadas
Deixam de ter alegria no rosto
Simplesmente vivem para sofrer,
São as crianças que sofrem hoje
Que viverão os traumas do amanhã.
É preciso mudar com perseverança...
Viva o dia Mundial da Criança.
***
Cidália Ferreira.

Olho a lua enquanto espero.

Olho a lua enquanto espero
Em praia de ondas revoltas
Com meu coração de esperança
Que espera, e não se cansa,
E enquanto tu não chegas
Vou apreciando as ondas
Que parecem sussurrar
Ao meu coração de criança
Com seu lindo borbulhar,
Sinto salpicos no rosto
Respiro fundo seu cheiro
Enquanto me lembro de ti,
Do momentos, das promessas
Das palavras mais perversas  
Das zangas, meras conversas
Que fazem chorar meus olhos,
Olho a lua e tu não chegas
Meu coração entristece 
Por não ver, quem não esquece
***
Cidália Ferreira.