27 de fevereiro de 2018

Tempestades...

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Não sei, se o caminho é o certo
Quando procuro um refugio
Local, onde sozinha possa falar
Rir, ou chorar
Ver o dia a terminar
Ouvir a chuva cair
Envolto das palavras que doem
Não sei, mas quero ficar no deserto
*
Imaginar a tempestade no mar
As ondas bravias enrolando a areia
O vento secando o meu rosto
A lágrima retida
Não sei o que quero, mas quero
Que tudo se apazigue
A verdade convença
E o nosso caminho continue aberto.
***
Cidália Ferreira.

26 de fevereiro de 2018

Fascinação exaltada...

É o nosso fascínio, o encanto da natureza
Das águas dançantes ou das ondas bravas
A brisa agreste ou a nossa modesta beleza
Ou simplesmente magia das tuas palavras
*
Fazemos do instante, ode aos nosso lábios
Mesmo que sejam num simples toque viril
Teus olhos falam do amor, palavras sábias
Mesmo que os tempos, sejam de águas mil
*
Na fascinação onde os gostos são diferentes
Os nossos olhares apaixonados, tão carentes
Sob uma sombrinha que nos observa o beijo
*
No silêncio das águas paradas, o teu abraço
O teu sussurro ao meu ouvido e o embaraço
Neste fascínio que nos exaltou para o desejo
****
Cidália Ferreira

25 de fevereiro de 2018

Notável jura de Amor... [ Poetizando...]

Havia-mos feito promessas, enquanto vivêssemos
Nosso amor era longo, desde a nossa adolescência
Jamais viveríamos separados e para onde fossemos
O nosso amor sempre presente e com competência
*
A felicidade era notável no nosso comportamento
Os anos passaram, e tu, sempre o meu único amor
Sonhei com enlace, eu seria a Alteza do momento
Onde trocaria toda a riqueza por todo teu glamour
*
E das nas nossa juras de amor resultaram no enlace
Surpreendeste-me, momento tão especial, a cavalo
Dizias ser a surpresa, sonho realizado e face a face
Selámos um caloroso beijo e cavalgámos em regalo
****
Cidália Ferreira.
*
Mais uma vez é com satisfação e orgulho que participo na iteração do Blogue da Profª Loures Duarte.   Espero ser de agrado de todos os meus leitores...
Excelente Domingo para todos .

24 de fevereiro de 2018

Por ti, irei até ao fim do mundo.

Você está a duas decisões
Na impaciência de uma viagem
Por veredas e sonhos
Levo na bagagem desejos
Que te quero entregar em mãos
Se eu ainda for a tempo
Porque o tempo é uma miragem
Onde me refugio dos momentos vãos.
*
Por ti, irei até ao fim do mundo
Conhecerás o meu lado mais profundo
Numa promessa que fiz
Quando me rendo ao teu sofrimento
Que me ceifa a alegria, o alento
Porque consigo sentir a tua dor
O que me impede de estar feliz.
***
Cidália Ferreira

22 de fevereiro de 2018

Sinto que não sei viver...

O tempo passa, sinto que não sei viver
Não sei viver, se não existir primavera
Se não existir o sol, para me devolver
A força necessitada, em louca quimera
*
Existem dias onerosos, lágrimas caídas
Como nuvens carregadas que desabam
Desabam à primeira paragem, diluídas
Num sentimento trivial que me abalam
*
Sinto que o meu tempo algures passou
Perdeu-se na natureza, quiçá iluminou
E me elucidou a mente que adormeceu
*
Viajei no tempo, de coração emudecido
Olhos lacrimantes, em tempo esquecido
O tempo passou e a tristeza prevaleceu.
****
Cidália Ferreira 

20 de fevereiro de 2018

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A vida nem sempre é fácil.  Como todos sabemos, é feita de altos e baixos.... Quando me encontrar psicologicamente melhor voltarei a escrever.  Obrigada a pela compreensão.

Pintei o imaginário...

Foto de Cidália Ferreira.

Pintei o nosso imaginário, em cor da paixão
As luzes iluminavam os olhares apaixonados
Imaginava, os nossos  momentos, de outrora
Por onde vagueava tantas vezes, em reflexão
Olhares comoventes, trémulos e embriagados
Imaginava os carinhos até ao romper d'aurora.
*
Neste imaginário afloram as amplas emoções
O meu coração é teu, mesmo que não o vejas
Senti-lo-ás, sempre, em teu imponente peito
Como me sinto certa nas minhas convicções  
Enlouquece-me a alma, sinto que me desejas
Mesmo, neste imaginário, de mutuo respeito.
****
Cidália Ferreira. 

18 de fevereiro de 2018

"Trabalho árduo... ao luar" ( Poetizando ...)

Olho o horizonte, silenciosa, atenta
À lua que se aproxima tão bela
Escoltando um barco, cansado
Duma distancia longínqua
Talvez vindo do outro lado
Do outro lado do Atlântico
Foram semanas, meses talvez
Em trabalho árduo em alto mar
Perigoso, porém proveitoso
Para quem no mar sente altivez
*
E por muito dura que seja a vida
Vale sempre a pena o momento
Porque o homem vive da labuta
E do seu puder corajoso
Olho o horizonte e a lua cheia
Ilumina o barco que chega
Em mar calmo, silencioso
Onde tantas vezes é sustento
De vidas que esperam sem certeza
Mas no horizonte avisto, a lua cheia de beleza.
***
Cidália Ferreira

Mais uma vez, é com orgulho que participo - ainda que muito simples - no Poetizando e Encantando  Pela sétima vez. Espero ser do agrado de todos. Nem sempre saem grandes poemas, mas o que sai é de coração.  

16 de fevereiro de 2018

Pudesse eu abraçar a Lua

Pudesse eu, ser capaz de abraçar a lua
Como é desejo realizar um sonho meu
Sentir-me-ia felizarda...mas vê-la nua
Faz-me perambular, nela, que tremeu
*
Pudesse eu, ter a aptidão em lhe tocar
Como ela me toca a beleza do coração
Quando em olhar soslaio a vejo chegar
É a magia que renasce, salutar emoção
*
Pudesse eu, numa magia, guarda-la-ia
No meu coração, que por ele encantou
Numa admiração, como a noite é o dia
*
Sendo a lua a mentora dos enamorados
As estrelas são o palco do meu silêncio
Onde as abraço com sorrisos venerados
****
Cidália Ferreira.

15 de fevereiro de 2018

Melancolia ao acordar...

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Neste acordar, exausta melancolia
Chove lá fora e dentro de mim
Dentro do meu peito
Dentro do meu coração cansado
Ao amanhecer em cada dia
Não ter o calor do carinho
Que preciso de qualquer jeito
Para que a chuva não me faça sentir
O coração triste...magoado.
*
Melancolia ao acordar, ver chover
Em meu corpo um frio se entranha
Tristeza, em estado febril, corpo a doer
Arrepiantes ecos da chuva que cai
Onde me sinto exausta, insistente tristeza
Neste dia de chuva mansinha
Palavras ausentes, sensação que se esvai
Ao acordar a saudade não mente
Mas a melancolia é a minha companhia
***
Cidália Ferreira. 

13 de fevereiro de 2018

Mundo atroz.

Foto de Cidália Ferreira.
Não é a desilusão que me afasta o pensamento
Nem as palavras frias...de quem não esperava
É um misto de revolta em constante tormento
Quando se vive em devaneio. Tão amargurada
*
Já não consigo sorrir, como o fazia em outrora
Já não sinto mais vontade de entrar em ilusões
Sei que esta mágoa que sinto pode ser a autora
Em momentos mais tristes causando desilusões
*
E na calada da noite, lembranças, desassossego
O silêncio, as lágrimas, são a minha companhia
Quando a mente me atraiçoa e se torna fantasia
*
Nesta quimera  isolada espero algum aconchego
No meio da multidão, apenas  ouço, uma só voz
Mas não entro em ilusões deste mundo tão atroz.
****
Cidália Ferreira.

11 de fevereiro de 2018

Feliz dia de Carnaval.

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Neste Domingo de Carnaval 
Todo o mundo sai à rua
Os que brincam, se divertem
Os que apreciam...aplaudem 
Mascarados, disfarçados
Cabeçudos e matrafonas
Sorrisos amarelados
Para os que são surpreendidos
E não estão preparados
Sorrir,  entrar na brincadeira
Porque é dia de diversão
Afinal,  acaba por ser saudável 
Porque ao sairmos de casa
Alegramos a alma, o ego
E enchemos de alegria
O rosto e o coração
Se a chuva que promete
Não estragar a folia.
***
Cidália Ferreira 
*
Tudo isto para vos desejar um super Domingo de Carnaval ... Vou estar em Família, fora de casa...Os "miminhos" fazem falta aos nossos filhos... (; 

10 de fevereiro de 2018

"Isolei-me de um mundo imperfeito" (Poetizando ...)

O frio não dava tréguas às minhas emoções
Que recebidas como golpadas fatais
Caíam, ignorando a minha sensibilidade
E em meus pensamentos baralhados
Fluíam sentimentos de revolta
Talvez por minha culpa, não tenha volta
E os sentimentos não sejam iguais
*
Isolei-me de um mundo imperfeito
Construí dentro de mim uma muralha
Que jamais deixará que o sofrimento entre
Foste a mais bela recordação, eras perfeito
Contudo, deixaste-me sozinha nesta batalha
Uma batalha, que eu espero vencer
Se este for o meu destino assim vou permanecer
*
Mas sozinha, desprevenida de tanta maldade
E neste ermo isolado, tão sombrio
Ouço baixinho os murmúrios do rio
Enquanto meus pensamentos exuberantes
Me atormentam, mas jamais me tiram a verdade
Por qual labuto, por uma vida como a dantes
Mesmo em tristeza e sozinha, vencerei a liberdade.
***
Cidália Ferreira.
Mais uma vez apresento uma simples poesia. A minha 6ª participação, no Poetizando e Encantado. No Blogue da Profª Lourdes Duarte.

8 de fevereiro de 2018

Deambulando em aflições.


Depois do nosso  desentendimento, a dois
Não há outra saída, a não ser,  deambular
Por mares, marés, intempéries, mas depois
Depois de algum tempo, pedes para voltar
*
Quero voltar, mas quero que me entendas
Quero que me valorizes pelo meu esforço
Não pelos maus momentos. Não emendas
Acabo perdendo a noção quando me forço
*
O meu pensamento volta atrás, e magoado
Correm lágrimas, dum sentimento culpado
Onde tantas vezes se baralham as emoções
*
Depois dum deambular por abandonado rio
Onde as lágrimas não secam, mas neste frio
Vagueio sozinha, acompanhada de aflições.
****
Cidália Ferreira

7 de fevereiro de 2018

Meditando nos teus afagos...

Espero serenamente o dia acabar
Num pequeno recanto do meu eu
Onde vislumbro a calma do mar
Em ondas desfeitas, qual rio parado
No deslumbramento do meu olhar
Que espera alguém que há-de chegar
*
A noite chega, eu ali sozinha
Acompanhada de um frio sem vento
E de um sol que se desvanece
Aprecia o meu olhar, um barco parado
Talvez sejas tu
Que haverás de chegar a qualquer momento
*
E na beleza de um sol dourado
Espelhando nas águas que esperam a noite
Serenidade de um tempo abençoado
Onde o silêncio é um precioso bem
Medito, agradeço a aragem amena
Olho o esplendor do pôr-do-sol radioso
Tu não chegas, mas mesmo serena
Espero os teus afagos... em jeito libidinoso.
***
Cidália Ferreira.

4 de fevereiro de 2018

"Esvoaços em fina candura" ...[Poetizando...]

Esvoaçavam  minhas vestes de fina candura
Ao deambular por riachos de águas agitadas
No horizonte as névoas passando apressadas
Eu me portento, da minha aprazível ternura
*
As águas agitadas pelos ventos que passam
Batem nas pedras já limadas, pela corrente
O azul das  águas, beijam o céu irreverente
Seguem seu destino por onde se dispersam
*
Cabelos ao vento e meu vestido esvoaçando
Por querer descer as pedras, e nele pegando
Para que possa sentir da água a sua têmpera
*
No momento inebriante, vibra meu coração
Ao contemplar uma paisagem em exaltação
D'uma natureza bela. Mas por vezes áspera.
****
Cidália Ferreira. 
Mais uma vez, é com orgulho que participo - pela 5ª vez - no Poetizando e Encantando.  No Blogue da Profª: Lourdes Duarte 

3 de fevereiro de 2018

Mensageiro do coração.

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Sopra um vento em palavras ocas
O sol  não aparece, sente-se o frio
Nas tuas  palavras, aqueço a alma
E nos teus pensamentos, eu sorrio,
E quando o vento surge sem calma
Lembram-me as coisas mais loucas
*
Sopra um vento em minha direção
Bate em meu rosto com suavidade
Por frio que seja já me conquistou
Sabendo, que é a tua sensibilidade
Passando suavemente, se declarou
Qual mensageiro, em meu coração
****
Cidália Ferreira.

1 de fevereiro de 2018

Fria ausência...

Foto de Cidália Ferreira.
Choro,
Choro, e já chorei vezes sem fim
Cansada de tudo nesta vida
Cansada de mim
Cansada que ignores a máscara,
Choro por dentro, não vês meu rosto
Mas guardo tanto
Guardo todos os sinais
Onde pareço não estar atenta
E onde esperava algo mais,
*
Mas choro...
Choro por dentro, o coração sente
Sente que o espetáculo pode acabar
E, tristemente, já não aguenta
Passam os dias, a frieza volta
E volta a fazer-me chorar
Choro dias e vezes sem fim, depois
Nestas quatro paredes, sozinha
Onde os meus soluços, são sentidos
Pela fria ausência, do amor a dois.
***
Cidália Ferreira.