31 de outubro de 2016

Olhei de perto as águas com serenidade

Olhei  de perto as águas com serenidade
Quando  pela tardinha  aqui me refugiei
Sentia a brisa duma passada tempestade
E de um sol que, querendo não encontrei
.
Meu olhar fixou-se nas águas ondulantes
No reflexos, a tua  imagem, é pura magia
Aconchegam-me tuas palavras instigantes
Que me fazem pensar e deixar a nostalgia
.
Olho  em volta, as águas  ondulam, serenas
Quiçá outrora, em  confissões  mais amenas
Onde me liberto, medito, deito fora o volátil
.
Pela tardinha, sozinha, penso se irás voltar
No horizonte avisto dificuldade em pensar
Mas meu olhar, mesmo sofrendo é versátil.
****
Cidália Ferreira.

30 de outubro de 2016

Na estrada da vida eu perdi, talvez.

As nuvens parecem voltar outra vez
Ao meu encontro, trazem tristeza
Sentimento de revolta, quanta culpa,
Avisto ermos solitários, tão escuros
Cheira a solidão com frieza,
Quando meus olhos do horizonte
Sentem o vento que sopra em meu peito
Meu rosto não consegue sorrir sozinho
As nuvens trazem dureza, respeito,
Na estrada da vida, eu perdi, talvez.
.
Talvez as nuvens não gostem de mim
Seguem meu coração, que entristece
Nesta caminhada onde tudo me acontece
Deixo de fazer sentido... vou embora,
No coração levo mágoas incompreendidas
E tantas recordações de outrora
Onde teu carinho era meu amanhecer
Qual sol, iluminando meu coração,
As nuvens voltaram a emudecer
E este corpo, invisível, caindo na solidão.
***
Cidália Ferreira,

28 de outubro de 2016

Amanheceu...

Amanheceu em silêncio, o sol na montanha
Sem preguiça, furando ramos a envelhecer
São energias positivas sobre a cor castanha
Desta bela natureza que nos faz fortalecer
.
A serenidade da manhã  a deixa perfumada
As cores raiadas, são como teu belo sorriso 
Que emana carinho, me deixa desorientada 
No meu silêncio, onde de ti, sempre preciso
.
O meu coração enternecido espera sozinho
Enquanto  não chegas, contemplo a beleza
Atenta aos teus passos sobre  meu caminho
.
Amanheceu e meditei sobre raios dourados
No sol da manhã, límpido, deixa a certeza
Que a espera é o balsamo dos apaixonados
****
Cidália Ferreira

26 de outubro de 2016

Existe sempre lealdade de sentimentos,

Numa fresta onde o sol me espreitou
Com o seu raio de luz me sorriu
Era frescura, aragem, tão límpida
Onde meu coração se enterneceu
E nos meus olhos felicidade existiu,
As nuvens são as mensageiras 
Que dão azo aos meus momentos
Ora canto, ora choro, ora sorrio
Mas sempre mostrando a verdade
E mesmo perdendo as estribeiras 
Existe sempre lealdade de sentimentos
.
Procuro seguir-te pelos raios do meu sol
Em que vive meu coração, imaginário lindo
Um sol dourado que guardo com carinho,
A fresta fecha-se quando o sol vai embora
E meu coração entristece pela demora
Olhando sempre se segues o meu caminho,
A demora faz a saudade acordar
A saudade aperta meu peito, impedindo
Sentimentos, que são pura realidade 
Este sol não é o mesmo de outrora
Mas meu coração espera-o com assiduidade.
***
Cidália Ferreira

24 de outubro de 2016

Na minha janela, sozinha, espero desanimada

Janela fechada, vidros molhados, embaciados
Nuvens carregadas de solidão em movimento
Num turbilhão de sentimentos que inacabados
Apertaram o meu coração em cruel sentimento
.
Olho a janela, vejo quem passa fica a tristeza
As vozes mudas ignoram um sentimento meu
Sinto que chuva me atrofia com muita dureza
Tua falta estremeceu meu coração e emudeceu
.
Passam dias, horas e os minutos  são gigantes
Deixei de ter o mesmo valor, que tinha dantes
Sinto-me a folha caída, envelhecida, enrugada
.
Quatro paredes fechadas onde o sol é passado
Tua falta no meu triste pensamento, magoado
Na minha janela, sozinha, espero desanimada
****
Cidália Ferreira

22 de outubro de 2016

Fechaste a porta ao olhar do meu coração


Fechaste a porta ao olhar do meu coração
Num sentimento profundo e triste
Nada é mais duro de lamentar
Que possa meu coração entender,
Quando esperava de porta entreaberta
Para que pudesse teu perfume entrar
Mas meu coração, fraco, por natureza 
Deixou-se cair sobre a porta, 
Que me foi fechada com dureza,
.
Por vergonha de toda esta demência
Deixo meu coração sufocar
Como um barco que quer naufragar
Em lágrimas derramadas em sofrência,
Não sou nada, nem ninguém, sou saudade
Sou o perfume das flores que já morreram
Sou o vento agreste, indesejado
Que faz fechar a porta na tempestade 
Silenciando meu coração destroçado.
***
Cidália Ferreira.

21 de outubro de 2016

Deambulam meus sonhos em folhas que caem

Deambulam meus sonhos em folhas que caem
Sentindo o seu perfume, ao passarem por mim
Aureolaras da natureza que mormente esvaem
Mas meu corpo a recebe qual aveludado cetim
.
A brisa me conduz, qual sentimento tão fugaz
Onde me exponho a sonhar em total liberdade
Sinto que me estás perto com o teu jeito voraz
Onde unimos os sentimentos  de reciprocidade
.
O sol brilha em meu rosto, ao ver numa folha
Teu sorriso comprometido, fizeste tua escolha
Deixando meu sentimento fluir nesta viagem
.
Deambulando na beleza d'um outono molhado
Como o sol e o  vento que espreita, enamorado
Sussurro-te meu  pensamento, doce mensagem.
****
Cidália Ferreira

19 de outubro de 2016

Da minha janela meus olhos observam

Da minha janela meus olhos observam
Minha mente voa, bem longe daqui,
A chuva cai desalmadamente
Lava vidraças e melancolicamente
Me deixa meditando nas coisas que passam
E que o tempo não faz esquecer,
Agitam-se as folhas que vão caindo
Como gotas que dos meus olhos caiem
Lavando meu rosto, enrugado
São as marcas que a vida obriga
Que me fazem pensar em silêncio,
.
Olho a janela, sente-se bater
A forte chuva que acompanha o vento
Penso seriamente no que me faz sofrer
Quando sinto o coração em alvoroço
Pela ausência do toque e do teu afecto,
Imagino-me dançando na chuva, vens-me ver
Roupa molhada, teu abraço de ternura
Sentimento inolvidável, minha loucura
A chuva cai, ouço o barulho das folhas
Que se perdem no meu silêncio
Enquanto tua ausência me faz padecer...
***
Cidália Ferreira

17 de outubro de 2016

Sinto calor da tua língua em movimento

Sinto calor da tua língua  em movimento
Quando  percorre o meu corpo  em desejo
Sinto que esta brisa me alivia o tormento
Quando  dos teus lábios  sinto o teu beijo
.
Ondulam em suaves remoinhos de doçura
Como nossos corpos dementes se desejam
Entregam-se em uníssono à doce loucura
Saboreando em cada poro que lacrimejam
.
Arrepiantes são teus dedos em  minha pele
Quando deles sinto o carinho  em interpele
Deixando marcas do teu calor no meu peito
.
Como a brisa que nos afaga sem cobrança
Onde os nossos  movimentos de esperança
Se entregam um ao outro sem preconceito.
****
Cidália Ferreira

15 de outubro de 2016

São pensamentos vãos, de agonia,

Neste caminho que tracei contigo
Onde a chuva vai caindo
São meus passos, o sentimento
Meus olhos rasos de água
De meu estado de momento,
Vou caminhando sozinha
Ouvindo o cair da chuva
Que me traz melancolia
Neste dia triste e duro
São pensamentos vãos, de agonia,
.
Neste caminho traçado a meu jeito
Mesmo com chuva ou frio
Sinto que neste meu peito
Que abro somente para ti
Apenas mora a tristeza
E sentimentos de calafrio,
A chuva estremece-me a mente
A tua ausência é a minha fome
És meu sol, mesmo ausente
De uma solidão que me consome.
***
Cidália Ferreira.

13 de outubro de 2016

Esperei o sol nascer na esperança de te ver

Esperei o sol nascer na frescura da manhã
Ainda tudo dormia  em descanso merecido
Vagueava meu  pensamento já enternecido 
Enquanto admirava a beleza da montanha 
.
Cada raio  de sol é um pedaço de ti, gosto
Quando me apareces assim surpreendente
És meu perfume, a minha  estrela cadente
Que me aquece e me deixa alegria no rosto
.
O sol vai subindo eu espero  pela chegada
D'alguém que me abrace, me deixe a sorrir
Na frescura da  natureza tão aconchegada
.
Esperei o sol nascer na esperança de te ver
Poder ter teu carinho, prometer-te cumprir
Porque minha  mente deseja-te, sem sofrer.
****
Cidália Ferreira 

10 de outubro de 2016

Porque juntos, somos cúmplices do mesmo carinho.

Esperava encantada pelo nascer do sol
De coração aberto para o receber,
Imaginando a tua chegada
De braços abertos para te abraçar,
E numa entrega de sentimentos
Sinto meu corpo a tremer
É o desejo de te querer
E de me sentir  amada,
São tão poucos os momentos
Mas duros, os sonhos na madrugada,
.
Ao contemplar tanta beleza
Que existia em meu redor
Onde a pureza do ar é amor
E o momento, é amar na Natureza,
Espero que não demores a chegar
Que se faça curto o teu caminho
Que me satisfaças mesmo com pouco
E aprecies a beleza que guardei para nós
Parece pouco, mas é tanto quando estamos sós,
Porque juntos, somos cúmplices do mesmo carinho.
***
Cidália Ferreira

8 de outubro de 2016

A noite caiu e o sol afastou-se de nós

A noite caiu e o sol  afastou-se de nós
As ondas beijam nossos pés descalços 
O vento acalmou as ondas, ficámos sós
A ouvir o som da maré, sem percalços 
.
O areal é parte da  emoção do passado
A brisa esfriou, o calor  foi-se embora
O sol escondeu-se, correndo apressado
Deixando saudade que chegou outrora
.
As ondas acalmam  trazendo saudade
Dos nossos pensamentos em liberdade
Ficam presos na maresia das emoções
.
A noite caiu e o sol deixou de aquecer
Entre nós a distancia quer encandecer 
Deixando saudade em nossos corações
****
Cidália Ferreira

5 de outubro de 2016

Procurei no silêncio da Natureza

Depois do teu sopro em meu corpo despido
Em sussurro mensageiro tão preciso
Onde meu corpo apenas sossegou
Quando tua voz se pronunciou à minha
E meu coração sorriu para a vida,
Adormeço agora com tranquilidade
Sabendo que és tu quem me acarinha
Com palavras sábias de lealdade
.
Depois do sufoco que me abalou
Onde nas noites tristes o sono faltou
As lágrimas acompanhavam cada momento
Dos pensamentos ingratos de solidão
Acordando, com tristeza no coração
.
Procurei no silêncio da Natureza
As palavras mais bonitas para te soletrar
Acreditei na minha convicção
Dizer numa só frase a palavra amar
Para que nunca se cerre entre nós
A cumplicidade e a pureza
Que nos une com alguma certeza
E nos faz caminhar em verdadeira união.
***
Cidália Ferreira.

3 de outubro de 2016

Preciso de ti, das tuas palavras, do teu calor

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Perdão;Uma palavra tão forte, verdadeira
Saída do meu coração, carente, o costume
Não é ciúme é perseverança, será doideira
É seres intocável. Gotas do meu queixume
.
Perdão; Um gesto, que sei não o merecer 
Um peso na consciência  por minha culpa
Entreguei-me a um destino  sem perceber
Que as palavras já ditas não tem desculpa 
.
Perdão; É o que te quero pedir de coração
Não abandones os teus sonhos... por favor
Não me condenes, mas aceita meu perdão 
Preciso de ti, das tuas palavras, do teu calor
****
Cidália Ferreira 

2 de outubro de 2016

Orgulho do meu coração.


A vida é feita de etapas, pequenos e grandes momentos. Somos crianças, adolescentes, e adultos. Casamos, temos filhos, que são o nosso bem mais preciso. Mas depois, depois a família aumenta. Saem dois, entram quatro. Depois vão chegando as nossas pérolas preciosas. Os Netos(as). Bruna Francisca, com quase 12 anos e a Maria Clara com quase 16 meses. Num dos seus momentos de ternura. A distancia é a maior tristeza. Mas olhando estas e outras fotos, enchem-me o coração de orgulho, por isso, partilho convosco.
.
Para todos vós, um excelente Domingo, de amor e Paz.


Ass: Cidália Ferreira