31 de agosto de 2015

Numa estrada longa de beleza, abrilhantada

Numa estrada longa de beleza, abrilhantada 
Onde os verdejantes arvoredos tão dançantes
Floridas sorridentes quais flores apaixonadas
Rolando pelo chão como os amados amantes

O silêncio dos arvoredos sentem-se agrestes
Os passos de quem procura amar a natureza
O encanto, as fragrâncias e flores silvestres 
Que nos entram no coração  pela sua beleza

Não existirá vento que destrua a felicidade
Enquanto desta aragem se respira afinidade
Levando-me pelos  caminhos mais discretos

Nesta estrada longa, onde caminho, enfrento
Uma solidão onde as árvores são meu alento
A minha força, para tornar meus dias seletos
****
Cidália Ferreira

29 de agosto de 2015

No silencio dos meus passos...

No silencio dos meus passos
Procurando meu  momento
Enquanto a lua me segue
Nos pensamentos mais puros,
E pelos degraus que descrevo
Subo e desço, sem canseira
Levo comigo segredos
 Fantasias, brincadeiras
Que me tiram das estribeiras,
*
No silencio dos degraus
Tenho sonhos que nunca vi,
Subo apressada, procuro
A fragrância sensual 
Da tua sombra, que a lua
Me oferece em ritual,
*
No silencio dos meus sonhos
São os degraus o motivo
Das tristezas, alegrias
Das lágrimas e fantasias
E meus momentos risonhos
Nos passos dados contigo.
***
Cidália Ferreira 

27 de agosto de 2015

Deambulando (...)

Deambulando, sem o porquê entender
A tua partida que me ficou na saudade
Procuro dentro de mim de alma a doer
A explicação para toda esta fragilidade

Flutuam nas águas meus pensamentos
Deixo-me levar pelo vento que acalma
Secam lágrimas, sentimentos  intensos 
Que permanecem  dentro d'minha alma

Deambulando, procurando o caminho
Que me foge, tirando-me  teu carinho 
Como ondas  que levam meus desejos

Deixo que o meu coração  liberte a dor
Respiro  maresia deixo vaguear o amor
Que deambula na fúria de meus ensejos.
****
Cidália Ferreira 

26 de agosto de 2015

...O silencio da água a cair.

Ao deixar passar o tempo
Por margens do pensamento 
Saltam pontos de desejo
De tudo aquilo que anseio,
Meu corpo deseja o teu
Como fonte de prazer
Adormecer no teu regaço
Deixar que bebas de mim
O amor em simples pureza,
Áh, com te queria satisfazer,
Neste sonho que já foi meu
Deixo que o desejo entre
Pelo puder dos abraços
Que sinto a desvanecer, 
Numa natureza a fluir
Pelas margens do pensamento
O silencio da água ao cair
Engrandece meu sentimento.
***
Cidália Ferreira 

24 de agosto de 2015

Mãos dadas à Solidão.

Sobrevivendo de mãos dadas à solidão
Turbulências das agrestes ventanias
Tento refugiar-me de toda a multidão
Sofrendo sozinha tamanhas agonias

Caiu a noite, minha saudade apertou
Os olhos lacrimejavam nos pensamentos
Soluça meu coração, que se magoou
Num tropeço nos encruzilhados ventos

Deu nó e no fundo da minha garganta 
Palavras agressivas lascaram meu olhar
Que se sente a mais e já não encanta
Sobrevivendo, andar aqui, por andar

De mãos dadas, esta constante tristeza
O sol já não aquece, nem  aparece
Parece dizer adeus, fica a certeza
Tristes dias que meu coração não esquece.
****
Cidália Ferreira

22 de agosto de 2015

Fui ao encontros do meu raio de luz

Fui ao encontro do meu raio de luz
Pelos campos floridos
Brisa natural, carinho que reluz
Encantos meus, sorrisos contidos
No meu olhar que te seduz,
Fui ao encontro
Pelos caminhos da natureza
Apreciando toda a beleza,
As árvores, já sem seus ninhos
As borboletas pelos caminhos
Posam com toda a leveza,
Sinto teu cheio a jasmim
Tão longe e tão perto de mim,
Ouço ecos da tua voz, num sussurrar
És meu encanto, meu raio de luz
És para sempre quem me conduz.
Até teu encanto eu encontrar.
***
Cidália Ferreira.

21 de agosto de 2015

No devanear de meu coração sem sentido.

No devanear de meu coração sem sentido
Existem partículas dele que te pertencem
Movimenta-se desorientado, esmorecido
Fraquejado, por saber que dele esquecem

Sente-se perdido como ares passageiros
Bate acelerado porque sente a tua falta
Dos acalorados momentos aventureiros
Sentimentos  reciprocos que nos exalta

Neste meu devanear onde sinto desalento
Saudade,  palavra chave, o mau momento
Onde precinto que tudo me causa  aflição

Batimentos sobressaltados e em segredo
Saber que te amo, perder-te, é meu medo
São devaneios que invadem meu coração.
****
Cidália Ferreira 

19 de agosto de 2015

Quem sou eu ?!

Quem sou eu? que um dia sorrio, outro, finjo sorrir, que um dia me sinto feliz, outro choro mágoas de saudade e nem só...Que um dia aconselho, outro, peço conselho... Mas muitas vezes escondo-me "atrás de uma máscara" e deixo que meu coração desabe em silencio a saudade que nele mora... que muitos nem sabem o que é...Afinal quem sou eu?

Sou como tantas outras, um pouco diferente, já fui lutadora, neste momento sinto-me sem forças para isso, deixei mesmo de o fazer. A vida encarrega-se de nos dar alegrias mas, também nos dar desilusões e tristezas...Vou sempre tentando contrariar as adversidades, mas nem sempre consigo, tenho medo!...Tenho medo do futuro...a idade vai passando e eu cada vez mais me desiludo com coisas que me dizem respeito,  é duro quando se ouve que " já tem muita idade para trabalhar" para não dizer, que é velha. 

Sinto que a vida me pregou uma partida. Tentei pregar uma partida à vida, mas não consegui. Longe, muito longe, estão partículas do meu coração, que vive em sobressalto, diariamente.

Sou humana, compreensiva, meiga, principalmente honesta, mas talvez muito revoltada e dura, por isso, por vezes a minha agressividade, que tanto luto para mudar...Por vezes, sinto que preciso de ajuda.

A escrita é o meu refugio, o meu alento, a minha alegria, é onde tantas vezes escrevo enquanto me caem as lágrimas...A escrita, é como um amor que tenho e que não quero largar...O cansaço vai chegando, mas meu coração diz-me para não desistir. Pois aqui, neste cantinho, sinto que nunca estou sozinha...Não vos vejo, mas sinto o vosso carinho.

Este, foi apenas um desabafo em forma interrogação...A saudade e a tristezas andam de mãos dadas comigo, daí por vezes não saber quem sou. 
De uma coisa tenho certeza, sou humana, erro como toda a gente e sou demasiado simples, sou eu, assim, desiludida com tantas coisas.

Obrigada por me dispensarem o vosso precioso tempo.

Cidália Ferreira 

18 de agosto de 2015

Nascia o sol serenamente.

Nascia o sol serenamente 
Depois da ausência 
Onde ventos e turbulências 
Impediam seu brilhar,
Por entre montes nascia
Beleza rara que enfeitiçava
As árvores com sua magia,
Voam folhas em decadência
Dos ventos com violência
E às folhas amareladas
Roubam a sua essência,
Vão caindo prematuras
Parecendo arte pintada
Que nos dá a Natureza,
São tão belas iluminadas
Pelo raios de sol d'aurora
Que alegram meu coração
Por sentir que aqui mora,
Nasceu e não vai embora.
***
Cidália Ferreira 

17 de agosto de 2015

Na minha janela de sonhos.

Esperava-te na minha janela de sonhos
Com meu olhar triste, cansado, ansioso
Tudo  que sinto lá fora, aos meus olhos
São conflitos do tempo, parece furioso

Esperava-te sem tempo para paragens
Olhando o mar que de longe apreciava
Com fúria, o sol beijava suas margens
Eu, apreciando, momento que sonhava

Esperava-te com a saudade no coração
O silencio abraçava-me com a emoção
Em mim existia a serenidade na mente

De quem espera um sorriso, um amor
Mas alma entristece, o olhar sente dor
Ao fechar esta janela silenciosamente.
****
Cidália Ferreira 

15 de agosto de 2015

Sentia a felicidade entrar.

Sentia salpicos no ar
De um lugar tão abençoado
Um mar que parecia falar
E nos meus olhos sentia um brilhar,
As ondas que em sintonia
Beijavam as pedras da maresia,
O sol aquecia meu coração
Deixando entrar energias,
Sorriam meus olhos para o horizonte
Vagueavam pelo longínquo 
Da tão saudável natureza,
Escutava as ondas do mar
No vaguear da minha mente
Sentia a felicidade entrar
Pelas frinchas, do amor
Que o meu coração sente.
****
Cidália Ferreira 

13 de agosto de 2015

Caminhava sobre pensamentos da alma.

Caminhava sobre pensamentos da alma
Desejo, saudades, sentimento de pureza
No meu caminhar passos de pura calma
Pelos encantos de quem vive a natureza

Salpicos de amor que me fazem reviver
Dentro do meu peito nasce a ansiedade
Procurando por ti neste meu entardecer 
Pelos  caminhos onde voo em liberdade

És para mim como uma fonte de vida
Confiança que enternece meu coração
Que nesta caminhada jamais te olvida

Sobre a saudade que me leva a sonhar
Tenho palavras de carinho em reflexão
Que levo de ti, em meu puro caminhar
****
Cidália Ferreira 

11 de agosto de 2015

Ao entardecer da noite fresca.

Ao entardecer da noite fresca
Sente-se o murmúrio 
Das água passando em silencio 
Acompanhadas da lua, sorrindo
Beijando nuvens que se entrelaçam
Reflectindo nas águas serenas
Com a beleza que nos encanta,
 Unem-se num só cantinho
Em sintonia e aplaudindo
Passadas do meu caminho,
No entardecer da noite calma
Entrego meu sonho à lua
Confessando carinhos, segredos 
E tudo aquilo que me acalma,
Entreguei ao entardecer
Pedaços da minha alma, à tua.
***
Cidália Ferreira

10 de agosto de 2015

Faço de ti minhas gotas de cristal.

Faço de  ti minhas gostas  de cristal
Que guardo em meu sincero coração
Protejo-te, e sempre serás magistral
Como palavras deixadas em reflexão

São pequenas gotas do  teu carinho
E simbolizam  tanto ou talvez nada
São como as luzes no meu caminho
Que me guiam até à porta encantada

Gota a gota, nos vamos iluminando
Pelo brilho dos  cristais  e ansiando
Que o  amor cristalino seque jamais

As tuas palavras  entram como gotas
Dos sentimentos que em mim brotas
Tenho em ti meus tesouros de cristais
****
Cidália Ferreira.

8 de agosto de 2015

Na calma do meu olhar

Na calma do meu olhar
Cai a lágrima do pensamento
Sobre meu rosto cansado
Entristecido, sofrendo
 Como pétalas apaixonadas,
Olhando águas que passam
De coração soluçando  
De uma saudade que dói,
O cheiro agreste do mar
Que me entra nos sentidos
Voa uma brisa marinha
Como pétalas a chorar,
Sinto a tristeza a meu lado
Como sol que desaparece
Na calma do meu pensar,
Há palavras que entristecem 
Um sentimento leal
Amores que nunca se esquecem 
Na calma do meu olhar!
***
Cidália Ferreira.

6 de agosto de 2015

Esperei por ti, em lençol de areia fina...

Esperei por ti, em lençol de areia fina
Vestida de carinho, esperando ao luar
Reflectindo numa palavra que defina
A minha beleza, que a sinto a flutuar

Ouvia na  serenidade águas dançantes
Escutava o som das aves que sorriam
Se escondiam entre nuvens brilhantes
Ao cair o dia, onde elas desapareciam

Sentia no ar teu cheiro a flor de jasmim
No ouvido, teus sussurros não terão fim
Enquanto  medito sobre a nossa paixão

Esperei por ti, neste espaço  enfeitado
De areias brilhantes e amor encantado
Fazendo delirar meu solitário coração.
****
Cidália Ferreira 

4 de agosto de 2015

Fazia da dança, o sonho.

Fazia da dança, o sonho 
Onde tudo era beleza
O carinho, a esperança
De te sentir no meu peito
Com teu jeitinho risonho,
E poder ter a certeza
Que sinto teu coração
Nesta dança sensual,
Vibram dois corpos, se unem
Se abraçam e se aquecem 
Deslizam na melodia
Que sonhavam ter um dia,
Cair sobre teus braços
Ver teu olhar sedutor
Levar meus lábios aos teus
E saborear o teu dom,
Fazia da dança, um sonho
Um lindo hino, ao amor.
***
Cidália Ferreira 

2 de agosto de 2015

Vagueava pelas pétalas perfumadas.

Vagueando pelas pétalas perfumadas
Deixadas  como  teu carinho, ausente
Deixavam-se cair, cores desanimadas
Como falta que meu coração te sente

Tinha  guardado como presente para ti
Eram as flores mais belas d'um jardim
Com tua espera foram caindo por aqui
Enfeitando o meu chão em tons cetim 

Tu não chegaste, a lágrima assim caiu
Sobre as pétalas teu  nome sobressaiu
Em perfumada beleza e de recordação

Vagueava  nas pétalas, minha saudade
Ver-te chegar, para acalmar ansiedade
É o meu desejo, perfumar teu coração. 
****
Cidália Ferreira